sábado, 30 de abril de 2016

ESTUDANTES VOLTAM AO FERNÃO DIAS E SÃO RECEBIDOS POR PMS COM ARMAS LETAIS



por : Mauro Donato
Na esteira da ocupação do Centro Paula Souza, a E.E Fernão Dias Paes foi reocupada por estudantes na madrugada deste sábado. Como de praxe, os alunos passaram corrrentes nos portões. Poucas horas depois, duas viaturas do GOE chegaram em frente à escola e policiais ostensivamente armados com submetralhadoras abordaram os adolescentes.
Quem os acionou? Nenhum policial respondeu objetivamente. É, no mínimo, estranho. Se o leitor avistar alguém pulando o muro de seu vizinho e telefonar para o número de emergência da polícia (190), será atendido pelo Centro de Operações da Polícia Militar (Copom). Uma viatura da PM virá em seguida. O que o GOE (Grupo de Operações Especiais) estaria fazendo ali?
Além de demonstração de força bruta, a ação tem um que de novidade que pode estar relacionado com o atual Secretário da Educação, José Renato Nalini. Substituto de Herman Voorwald, a nomeação de Nalini há tempos é vista com desconfiança.
Ex- presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo até o ano passado, Nalini teria uma rede de relacionamentos ‘interessante’ para coibir e reprimir ações estudantis e de professores.
Desde o início, o Secretário afirma que seu currículo no judiciário nada teve a ver com a nomeação e que não iria “haver troca de influência”. O GOE faz parte do Departamento de Polícia Judiciária da Capital (DECAP). Coincidência?
“É assustador isso, estarem aqui com arma letal diante de crianças”, declarou Luiz Braga que testemunhou a ação e ficou espantado. Ele faz parte do Comitê de Mães e Pais em Luta, que em janeiro deste ano esteve presente na Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA, em Washington, para relatar os casos de abuso e agressões da PM bem como a conivência do Governo do Estado durante as ocupações das escolas no ano passado.
“A gente já tinha receio de que esse novo Secretário iria acirrar ainda mais a situação. Ele já declarou que a prioridade para o estado não deveria ser Educação e sim Segurança e Justiça. Não sei se já não é esse o reflexo”.
A E.E. Fernão Dias foi a segunda escola a ser ocupada no ano passado e agora novamente promete ser a alavanca para uma retomada nas ocupações. “A gente vai ocupar São Paulo inteiro e o Brasil. Ceará, Goiás, Rio de Janeiro e Mato Grosso já estão na luta”, disse Camila Rodrigues.
As reivindicações dos estudantes permanecem as mesmas do ano passado, acrescidas do escândalo da merenda.
Diante do portão, o Dirigente Regional da Secretaria de Ensino, Nonato Assis de Miranda, rechaçava os motivos alegados: “Não está ocorrendo reorganização nem aqui nem em nenhuma escola do estado. Nessa escola, particularmente, todas as salas estão funcionando normalmente em sua plenitude”, afirmou. De lá de dentro, a aluna Luana confrontava-o, dizendo que pelo menos 3 salas da Fernão foram fechadas.
Os alunos irão aguardar a chegada dos colegas na segunda-feira e decidirão em assembléia os próximos passos da ocupação. A única certeza é que não há sequestradores ali e que os jovens precisam de material didático, merenda e respeito. Não submetralhadoras.






Gilmar Mendes ganha contrato de R$ 280 mil sem licitação de prefeito de Paulínia


Gilmar Mendes dará terceiro mandato consecutivo a prefeito de Paulínia?

No blog do Lilnetto

O prefeito de Paulínia - SP, José Pavan Júnior, ex PSB, recém ingresso no PSDB, já exerceu 
mandato no período 2009/2012 e em parte do período 2013/2016, estando atualmente em exercício.
Embora derrotado por Edson Moura Júnior (PMDB) na tentativa de reeleição em 2012, Pavan Júnior 
assumiu parte do mandato seguinte depois que o vitorioso nas urnas teve seus votos e diplomação 
anulados.
Acontece que ele considera que, por ter exercido apenas parte do atual mandato, teria direito a 
disputar um terceiro consecutivo, como se o atual não contasse, e, de quebra, poderia até disputar 
uma nova reeleição em 2020.
Para defender sua tese e seus supostos direitos, Pavan usou de um interessante ardil: contratou, a 
título de ministrar curso para os servidores municipais, o instituto IDP, de Gilmar Mendes, com aula 
inaugural do próprio ministro que, na ocasião, teria garantido ao prefeito que sua tese seria aprovada 
no TSE e viraria jurisprudência.
Parece que caso semelhante a esse, quando Alckmin cumpriu parte do segundo mandato do finado 
Mário Covas e exerceu posteriormente um mandato completo, para o qual foi eleito como titular, 
teve outro julgamento, oposto das intenções de Pavan Júnior.
Todas as teses, ou quase todas, em tese, são defensáveis, o estranho é o uso de artifícios esdrúxulos e 
até ilegais ou criminosos, como o da contratação, pelo erário e sem licitação, do ministro que vai 
julgar o caso, e que teria garantido a vitória ao prefeito.
O assunto veio à tona por iniciativa do próprio prefeito interessado, através da coluna "Deixe-me 
falar...", de Mizael Marcelly, no Correio Paulinense, que descreveu detalhes da operação, trazendo, 
por sua vez, links para o contrato e a publicação no Semanário Oficial do município.
Mizael trata da reunião reservada entre Pavan Jr. e Gilmar Mendes, do contrato de 280 mil Reais, 
sem licitação, e do anúncio da futura jurisprudência que dará ao prefeito a possibilidade de exercer 
quatro mandatos consecutivos.
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Disputa entre PF e MP por delação pode ter raiz em mais um escândalo da Lava Jato

Quem com ferro fere… Força Tarefa da Lava Jato pode 
tornar-se alvo de delação premiada

Marcelo Auler, em seu blog

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Parece algo surreal, mas é possível que ocorra. Na Operação Lava Jato, que ao longo dos últimos 25 meses apoiou grande parte do seu trabalho em 49 delações premiadas, conquistadas, segundo denúncias, com a pressão das prisões preventivas e de outras ameaças, o feitiço poderá virar contra o feiticeiro.
Amedrontada, Meire Bonfim da Silva Poza, a ex-contadora de Alberto Youssef que praticamente trabalhou como “infiltrada” para a Polícia Federal, como descreveu a revista CartaCapital, pensa em pedir segurança ao governo, para ela e a filha. Fala em ingressar em um programa de proteção a testemunhas. Caso concretize esta sua vontade, ela deverá narrar tudo o que sabe, para justificar o risco que diz correr. Falar, inclusive, da sua colaboração à Força Tarefa que, certamente, também será alvo das delações.
“Ela está meio assustada, pois há indícios de que o incêndio (do escritório dela) foi criminoso. Está pretendendo, inclusive, ir ao ministro da Justiça para, de certa forma, pedir que seja inserida em um programa de proteção de testemunha. Está bastante temerosa com relação à integridade pessoal e de sua filha”, explicou o advogado paranaense Haroldo Náter, que a representa na Justiça de Curitiba.
O incêndio, que destruiu todo o escritório na Avenida Santo Amaro, no bairro do Itaim-Bibi, zona Sul da capital paulista, ocorreu no dia 30 de março. Mas, o que deve ter levado Meire a pensar em pedir proteção foi a divulgação de uma série de mensagens que ela trocou com a Polícia Federal, servindo de informante da mesma na Operação Lava Jato.
Na agenda oficial do ministro da Justiça, o encontro com o advogado Haroldo Náter que, ao blog, disse não ter estado com Artagão.
Na agenda oficial do ministro da Justiça, o encontro com o advogado Haroldo Náter que, ao blog, disse não ter estado com Aragão.
Se ela pedirá mesmo proteção, só o tempo dirá. É tudo muito estranho, uma vez que Náter esteve com o ministro da Justiça. Eugênio Aragão, no dia 14 de abril, levado pelos deputados petistas Afonso Florence (BA) e Wadih Damous (RJ). Foi lá entregar os documentos que a cliente acumulou, durante os meses de colaboração com a Superintendência Regional do Departamento de Polícia Federal do Paraná (SR/DPF/PR). No entanto, ao blog, ele negou este encontro e disse que outro advogado é quem teria estado em Brasília. Da mesma forma que negou possuir os documentos, alegando que eles estavam em um computador que queimou no incêndio. Mas os entregou ao ministro, na audiência que consta oficialmente da agenda. Com Aragão, Náter não falou em proteção para a sua cliente.
CartaCapital apresenta os documentos que Meire Poza já fez chegar ao ministro da Justiça, mostrando métodos pouco ortodoxos de investigação, que beiram a ilegalidade.
CartaCapital apresenta os documentos que Meire Poza já fez chegar ao ministro da Justiça, mostrando métodos pouco ortodoxos de investigação, que beiram a ilegalidade.
Os papéis e o arquivo digital contêm conversas que ela manteve por aplicativos telefônicos com delegados e também procuradores do Ministério Público Federal de Curitiba. É o material que a revista CartaCapital também recebeu e publicou parte dele na edição que circulou a partir de sexta-feira passada (22/04), na matéria “Os segredos de Meire“.
Uma segunda reportagem está na edição que começou a circular nesta sexta-feira (29/04) em São Paulo, mas aescrever esta matéria, ainda não a tinha lido.
A primeira reportagem, assinada por Henrique Beirangê, apenas confirma o que alerto aqui no blog desde agosto quando pela primeira vez abordamos o assunto na matéria Lava Jato revolve lamaçal na PF-PR: a maior ameaça à operação que se propôs a passar o Brasil a limpo não vem de fora, mas da própria força tarefa de Curitiba.
Através das mensagens que Meire trocou com policiais e procuradores, notadamente com o então chefe da Operação Lava Jato no DPF, delegado, Marcio Anselmo Adriano, confirma-se – com riqueza de detalhes e novas revelações – que a Polícia Federal e o próprio Ministério Público Federal – pela Constituição, fiscal da lei e das atividades policiais – utilizaram métodos nada ortodoxos e até ilegais. transcrevo um trecho da reportagem:
CartaCapital obteve com exclusividade quase 200 páginas de transcrição de conversas e duas dezenas de e-mails que envolvem a contadora Meire Poza, ex-braço direito do doleiro Alberto Youssef. Os volumes revelam: Poza agiu como uma espécie de agente infiltrada durante um longo período e a força tarefa empregou métodos ilegais para valer-se da sua contribuição. Buscas e apreensões foram forjadas, parlamentares viraram alvo sem a autorização do Supremo Tribunal Federal, documentos acabaram vazados ilegalmente para a mídia. Tudo, conforme indicam as interceptações das mensagens (entre Meire e membros da força tarefa), com o conhecimento do Ministério Público Federal. Por muito menos, operações anteriormente restaram anuladas pela Justiça, entre elas a Castelo de Areia e a Satiagraha“, diz a revista.
Questionamentos da legalidade – Nas mensagens, segundo a revista, há referência a políticos investigados irregularmente, a começar pelos ex-deputados – hoje condenados – André Vargas (PT-PR) e Luiz Argolo (SD-BA). No blog também os apontamos como alvo das investigações ilegais, sem o conhecimento do Supremo Tribunal Federal (STF), na matéria Lava Jato: surge nova denúncia de irregularidade.
Eram os usuários dos celulares de cujos números os operadores da Lava Jato tentaram obter dados sobre as contas – como a relação das ligações feitas e recebidas – com o chamado “Alvará Metropolitano”. Trata-se de uma autorização do juiz estadual, José Orlando Cerqueira Bremer, ex-titular da Vara de Pinhais, aos policiais da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) para investigação do tráfico de drogas na região. Ao saber da tentativa de uso da sua autorização pelos operadores da Lava Jato, o juiz se disse traído. O que os policiais federais não contavam era a recusa da operadora em repassar as informações por serem celulares corporativos da Câmara, logo com direito a foro especial.
Com base nos diálogos travados entre a contadora e os operadores da Lava Jato, CartaCapitalrelacionou ainda como alvos da polícia federal do Paraná, sem autorização do STF, a então deputada Aline Corrêa, do PRB, e os senadores Cícero Lucena, do PSDB, e Gim Argello, do PTB. Argello acabou preso, no último dia 12 de abril, com um mandado de prisão expedido pelo ministro Teori Zavascki.
Pelo teor destas trocas de mensagens, não é difícil imaginar que Meire se sinta ameaçada e possa realmente querer proteção para si e para a filha. Todo este jogo é muito pesado. Ela já suspeita do incêndio que destruiu seu escritório. Por isso, aliás, há policiais sugerindo que ela faça a denúncia diretamente à Corregedoria, em Brasília, e grave tudo o que falar, para ter certeza que colocarão no papel. O que não parece mais restar dúvidas é que, como estamos afirmando há muito tempo, nos tribunais superiores a legalidade de, pelo menos, parte da Operação Lava Jato será questionada.
Como era previsível, tais documentos já foram levados pela defesa de Meire ao ministro Aragão. O ministro pediu ao próprio Departamento de Polícia Federal e à Procuradoria Geral da República que investiguem o caso. Acredite quem quiser que isto acontecerá pois, pelo exemplo do grampo achado na cela de Youssef no final de março de 2014, a maior perspectiva é que nada aconteça. Mas, o que é previsível é que tudo isso chegue aos tribunais superiores.
Corrupção imaterial – Antes falávamos apenas do grampo ilegal na cela de Alberto Youssef que a Superintendência da Polícia Federal do Paraná, o Ministério Público Federal daquele estado e o próprio juiz Moro tentam fingir que não existiu. Ou que não estava ativado. Até hoje, nem mesmo com a troca de ministro da Justiça, o Departamento de Polícia Federal (DPF) e sua Corregedoria Geral (Coger/DPF) foram capazes de apresentar o resultado da nova sindicância feita que, como dissemos na reportagem Surgem os áudios da cela do Youssef: são mais de 100 horas, teria confirmado que o grampo estava ativo e captou conversas de Youssef em sua cela. Esta sindicância, é bom lembrar, foi prometida ao juiz Moro em dezembro passado, tal qual noticiamos em novembro – Grampo da Lava Jato: aproxima-se a hora da verdade – e, posteriormente, em Lava Jato: Moro reacendeu as suspeitas do grampo ilegal na PF. Não a entregaram e ele não falou mais nisso. Não há interesse em mexer nesta questão.
Mostrando que a Polícia Federal usa dois pesos e duas medidas, a Corregedoria não apresenta o resultado da sindicância do grampo, mas levou a cabo a investigação em torno dos chamados “dissidentes” da Lava Jato. Indiciaram o delegado Paulo Renato Herrera, o ex-agente Rodrigo Gnazzo, e os advogados Marden Maués, que defendeu a doleira Nelma Kodama, e Augusto de Arruda Botelho, defensor do executivo Márcio Faria, ligado à Odebrecht, por crime de corrupção.
A delegada Tânia Fogaça, da Coger/DPF, não conseguiu provar que houve o tal dossiê que alegaram que os “dissidentes” tinham feito para vender para as defesas dos réus para, com ele, tentarem derrubar a Lava Jato. Mesmo com quebra de todos os sigilos dos investigados, também não provou nenhum pagamento ou movimentação financeira estranha em suas contas. Mas, ainda assim, indiciou Herrera por corrupção ativa alegando que seu ganho seria a “derrubada da direção da superintendência da Polícia Federal no Paraná”. Os demais envolvidos foram indiciados por contribuírem com este “crime”.
Às mensagens de Meire e ao já conhecido caso do grampo da cela de Youssef juntam-se outras suspeitas que, na Carta aberta ao ministro Eugênio Aragão por nós publicada em 22 de março, relacionamos ao falarmos do recado que o ministro mandou, logo após tomar posse, de que não admitiria vazamentos de informações:
Seu alerta também mostra aos agentes, no caso os operadores da Lava Jato, que agindo no estrito cumprimento legal jamais serão acusados de ilegalidades tais como colocar grampos sem autorização, forçar delações premiadas, tomar partido em investigações, optar por investigar A e esquecer B, faltar com a verdade, esconder fatos desabonadores, e tantas outras coisas que dificilmente o povo que aplaude quem combate a corrupção acreditaria que eles fossem capazes de fazer. E mais, jamais os apoiariam. O que o povo quer, é preciso acreditar, é o cumprimento de todas as leis, em todos os momentos da apuração da execrável corrupção. Ou haverá quem repudie o Estado Democrático de Direito? Não acredito.”
O bilhete entregue por Meire Poza não significa muita coisa. Aparentemente trata de uma possivel viagem da elação à presidente Dilma Rousseff. Mas, precisa ser investigado e quem pode fazer isso é o STF; Foto Reprodução
O bilhete entregue por Meire Poza não significa muita coisa. Aparentemente trata de uma possivel viagem da presidente Dilma. Mas precisaria ser investigado e quem pode fazer isso é o STF. Mas o bilhete não foi remetido ao STF. Reprodução da revista Isto É
Bilhete omitido – O queCartaCapital não comentou foi que através de Meire o delegado Marcio Anselmo recebeu um bilhete com o nome “Dilma”, também aqui noticiado em Lava Jato não mandou ao STF bilhete que cita Dilma, no último dia 2 de abril. É mais uma evidencia de que a força tarefa escondeu informações do STF. Na postagem, explicamos:
“Um bilhete divulgado, no último dia 11 de março, pela revista Isto É, na reportagemO bilhete que liga o doleiro a Dilma, pode demonstrar mais uma estratégia dos Operadores da Lava Jato: esconder do Supremo fatos que deveriam levar para aquela corte. Embora o bilhete, aparentemente, não comprometa a presidente, o simples fato de se seu nome ser citado ali obrigaria a que o caso fosse mandado para o STF. Mas isto não aconteceu.
O papelucho, entregue ao delegado Marcio Anselmo Adriano, que chefia a equipe da Polícia Federal em Curitiba responsável pela investigação, em abril de 2014, jamais foi anexado a qualquer processo, como informou a própria revista. Mas ele teria sido usado como forma de pressão junto ao ex-ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e ao líder do governo no Senado, Humberto Costa (PT-PE), pela Associação dos Delegados da Polícia Federal (ADPF), segundo narrou Luis Nassif, na reportagem postada no JornalGGN: O xadrez da polícia Federal na era das corporações“.
Acordo branco” – Para quem lida com a Operação Lava Jato desde o início, essa “participação” de Meire nas investigações não chega a ser uma novidade. O curioso é ela, até hoje, ser apenas testemunha. Tanto em juízo, quando prestou depoimento como testemunha, como ao falar na Comissão Parlamentar Mista de Investigação (CPMI) da Petrobras, do Congresso Nacional, ela admitiu ter participado da emissão de notas frias para cobrir propinas pagas pelas empreiteiras e ter vendido pelo menos um bem de Youssef, sem lhe repassar o dinheiro, jamais ter sido denunciada. Seu advogado diz que o dinheiro pagou despesas das empresas do doleiro. A defesa de Youssef contesta.
Nos processos iniciais da Operação Lava Jato, notadamente aqueles em que apareciam doleiros como Youssef e os irmãos Leandro e Leonardo Meireles, todos eles ligadíssimo a Meire, houve cobranças com relação à participação dela como colaboradora da Polícia Federal ou, usando o termo da CartaCapital, infiltrada. Há petições, inclusive da defesa de Youssef, questionando “um possível ‘acordo branco’ entre ela e a Polícia Federal”. Logo, a questão não é estranha ao juiz Sérgio Moro. Tampouco seria ao MPF.
Haroldo-Náter
Haroldo Náter, sem explicações jurídicas para a situação da sua cliente. Foto: reprodução da internet.
O próprio advogado da contadora, Náter, reconheceu, em conversa com o blog, a estranha situação da sua cliente:
Sobre o ponto de vista legal não existe justificativa (para ela não responder a processos). Sobre o ponto de vista legal não existe, porque não foi formalizada uma colaboração pré-processual, uma colaboração premiada que se desse durante o inquérito policial. O MPF, a força tarefa aqui do Paraná, acha que só é possível ao Ministério Público realizar delação premiada. Mas, a Lei 12850/2013 fala que a própria Policia Federal pode realizar este termo de colaboração. Aqui no Paraná a força tarefa acha que só quem vai realizar o termo de colaboração é o Ministério Público Federal. Então, ela fez um acordo com os delegados da polícia, foi com a Polícia Federal, uma instituição,  queiram ou não queiram. Ela provavelmente tratou com várias pessoas dentro da polícia, com vários delegados e agentes. O Ministério Público Federal estava sabendo disso“, explicou
carta nelma EDITADA
No bilhete encaminhado por Nelma Kodama ao desembargador Gebran, em maio de 2015, ela já denunciava o interesse dos delegados e procuradores em informações sobre os políticos, desde a primeira fase da Operação Lava Jato, em março de 2014. (Reprodução do bilhete editada)

Os interesses da Lava Jato – Situação parecida é a da doleira Nelma Kodama. Embora já com a condenação confirmada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, ela se beneficia de favores da polícia. Atualmente, junto com sua companheira, cumpre pena na custódia da superintendência do DPF, em Curitiba, ainda que o juiz Moro tenha dito que a custódia é apenas uma passagem dos presos, não local para cumprimento da condenação. Mas, Nelma foi peça importante na investigação contra os “dissidentes”.
Ela endossou a tese de que estaria sendo feito um dossiê, com a participação do então seu advogado Maués. O dossiê, como dissemos acima, nunca apareceu. Nelma, porém, continua na carceragem da SR/DPF/PR. Provavelmente temem o que ela possa falar caso seja devolvida para a penitenciária, onde esteve por alguns meses.
Foi da penitenciária que ela mandou um bilhete para o desembargador Pedro Gebran Neto reclamando que quando se recusou a colaborar com uma delegada federal, foi imediatamente transferida para o presídio onde teve a cabeça raspada e perdeu 13 quilos.
No bilhete, que não foi levado em conta pelo desembargador ao analisar o processo dela, ela não só revelou a pressão para se tornar “colaboradora”, mas mostrou que desde o início da Operação Lava Jato – ela foi a primeira a ser presa quando embarcava para Milão, na Itália, dois dias antes de deflagrarem a primeira fase – delegados e procuradores queriam pegar os políticos, mesmo sem nada comunicarem ao Supremo.
“Quando cheguei à Superintendência da Polícia Federal de Curitiba, fui ouvida pelo delegado Márcio Anselmo, os procuradores Deltan Dallagnol e Orlando Martelo, os quais me perguntaram: A senhora tem algum político, ou negócio com trafigo de Drogas? Algum fato novo? Porque se a Sra. só tiver operaçõezinhas com chinezinhos não é do nosso interesse(sic)
Também Náter, advogado de Meire, fala de interesses dos operadores da Lava Jato ao citar um questionamento que fez aos procuradores sobre a contadora:
“Nós estávamos com receio de que a Meire fosse denunciada. Surgiu uma conversa, lá por novembro de 2015, que ela ia ser denunciada. Aí eu tive uma audiência na Procuradoria da República, na época era o Orlando Martelo e o Sérgio Bruno e eles disseram que ela não era uma prioridade”.
Questionado sobre estes “interesses”, ele não titubeou ao reconhecer:
Não são nada republicanos“.

FHC NÂO TEM APÉ EM PARIS, MAS O TRIPLEX E O SITIO SÃO DO LULA ....KKKKKKK................



FHC Brasif, segundo o amigo navegante Tristão de Athayde, é uma cruza de Tartufo com Falstaff.
Rodou, rodou, rodou e foi encerrar a cambiante carreira num Golpe de republiqueta das bananas - e 
na Polícia Federal!
Foi depor na Policia Federal para se defender da acusação da mãe do filho que não é dele de que a 
sustentava e ao filho que não é dele com dinheiro lavado na Brasif.
Triste fim de um Príncipe!
Um guardião da Moral!
Do Gengis-Khan do combate ao lulo-petismo!
E na Polícia Federal disse que o apartamento que frequenta, há anos, na Avenue Foch, em Paris, não 
é dele, mas da família do governador Abreu Sodré.
Na verdade, é de um genro do Abreu Sodre, o muy famoso Jovelino Mineiro, cuja especialidade é 
sair atrás do FHC para limpar as sujeiras que deixa no caminho.
Como aquela fazendola em Minas, que adquiriu em sociedade com o Serjão Mota, imediatamente 
após deixar (pobre) a Presidência.
É claro que essa "investigação" da PF não vai dar em nada.
A PF se tornou uma instituição partidária sob a desastrosa jestão do zé Cardozo e, não fosse isso aqui 
uma republiqueta, a PF teria que responder criminalmente pelo que fez com uma delatora e que
Beirangê denunciou na Carta Capital.
Mas, a PF é um caso perdido.
Foi o centro da sedição contra Dilma.
E, agora, vai absolver o FHC e provar que o Lula é dono do sitio do filho do Jacó Bittar e do triplex 
no Guarujá, que não é dele.
Mas, calma, amigo navegante!
A PF não ousará chegar perto do triplex que fica ao lado do triplex que não é do Lula.
Porque, ali ao lado está a Mossack Fonseca, da Globo.
E dali o Juiz Moro e sua turma do MPF e da PF saíram correndo como coelhinhos de desenho 
animado.

Paulo Henrique Amorim
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Contra o golpe, estudantes paralisam 100 universidades em 18 estados


100 universidades em 18 Estados – mais de 70 cidades – do país participaram ontem 
(28) do Dia Nacional de Paralisação nas Universidades, convocado pela UNE contra o golpe na 
democracia em curso no país

Os principais atos foram registrados em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Curitiba, Fortaleza e Belo Horizonte, cidades onde estudantes fecharam ruas, avenidas e promoveram debates sobre o processo que vai ser votado no Senado no mês que vem.
Em Curitiba, a UNE segue na luta hoje: é um dos movimentos sociais a integrar o protesto em favor dos professores da rede estadual paranaense, que lembram um ano do massacre que sofreram pela Polícia Militar do Estado no Centro Cívico, em 29 de abril do ano passado.
Na capital paulista, o ato dos estudantes de universidades como a UNIP e a UNINOVE fechou a Rua Vergueiro, na zona central da cidade, no início da noite. A via é um dos principais corredores universitários da cidade, por onde passam diariamente cerca de 100 mil estudantes. Os participantes gritaram palavras de ordem contra o golpe e estenderam faixas lembrando da ditadura militar.
Pela manhã, a aula pública do professor Reginaldo Nasser que acontecia no campus Memorial da UNINOVE, na Barra Funda, foi interrompida pela Polícia Militar.
“Foi um absurdo o que aconteceu, estávamos pacificamente em frente a universidade assistindo uma aula, e a PM sem mais nem menos chegou pedindo o RG do professor e dos estudantes. Essa é a PM que tem resquícios da ditadura militar sob o comando do governo do PSDB”, afirmou o diretor de Comunicação da UNE, Mateus Weber, que presenciou tudo.
RIO DE JANEIRO CONTRA A REDE GLOBO
No Rio, além das paralisações em universidades públicas e particulares, os estudantes migraram para a redação do jornal O Globo, no centro da cidade, para protestarem contra o apoio da organização ao golpe. Lideranças da UNE estiveram no encontro, que teve faixas lembrando do apoio do canal de televisão ao golpe militar de 1964 e bolas de tinta nas paredes do prédio, enquanto os estudantes gritavam: “O povo não é bobo. Abaixo a Rede Globo”. Em uma faixa, se podia ler: “A Rede Globo não fala por nós”.
UNB PARALISADA
Em Brasília, o ato – chamado de Assembleia Conjunta dos Cursos: Estudantes da UnB contra o golpe – teve a presença da presidenta da UNE, Carina Vitral, que chamou os estudantes a lutarem contra o golpe promovido por Cunha e Temer. Os estudantes passaram o dia reunidos em vários ambientes do campus realizando diversas atividades, como debates e oficinas de cartazes pela democracia. O corredor do Instituto Central de Ciências (ICC) da universidade, conhecido como Minhocão, foi trancado por algumas horas pelos manifestantes.
FORTALEZA E PERNAMBUCO TAMBÉM NA LUTA
Estudantes fecham a esquina da Avenida 13 de Maio com a Avenida da Universidade, em Recife - Foto: Allan Taissuke
Em Fortaleza, no Ceará, os estudantes da Universidade Federal do Ceará (UFC), da Universidade de Fortaleza (UNIFOR) e da Universidade Estadual do Ceará (UECE) promoveram uma aula pública com os estudantes, um cortejo que caminhou por diversas ruas e avenidas da cidade e o trancamento da Avenida 13 de Maio, uma das vias mais importantes da capital cearense.
Flor Ribeiro, representante da UNE em Recife, conta que universitários de diversas faculdades do Estado se juntaram para protestarem contra o golpe em curso no Brasil e pedirem um posicionamento do governo estadual, de Paulo Câmara (PSB).
“Tivemos atos em Caruaru, Vitória e em Recife com universitários de vários lugares. Fizemos um ato de rua, chamado Juventude contra o golpe, que andou pelas ruas da capital e foi até o palácio do governador cobrar uma postura contra o golpe. Reivindicamos que não haja retrocessos aos nossos direitos”.
ESTUDANTES PARALISAM 12 CIDADES NO PARANÁ
No Paraná, Estado que reuniu o maior número de cidades para protestar contra o golpe, doze no total, os estudantes compareceram em peso a todos os eventos marcados. Fecharam ruas em municípios como Cascavel, Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão, Pato Branco e União da Vitória.
Em Curitiba, todos se encontraram no pátio da reitoria da Universidade Federal do Paraná (UFPR), no centro da capital, para uma aula pública e um cortejo pelas ruas.
OCUPAÇÕES NO SUL E EM MINAS
Em Erechim (RS), no interior do Estado, estudantes ocuparam o prédio da Universidade Federal Fronteira Sul (UFFS) em protesto contra o golpe. Eles colocaram correntes nas portas das salas e nos portões de entrada da faculdade.
A Universidade Federal de Viçosa (UFV), em Minas Gerais, também teve a reitoria ocupada pelos alunos em protesto ao processo de impeachment sem base legal.
A UNE ainda organizou atos em Manaus, no Amazonas; Belém, no Pará; Macapá, no Amapá; Rio Branco, no Acre; Natal, no Rio Grande do Norte; Teresina, no Piauí; em São Luiz, no Maranhão; em Florianópolis, Santa Catarina; Porto Alegre, no Rio Grande do Sul e em Cuiabá, no Mato Grosso.

A MARCHA DOS PROFESSORES EM MEMÓRIA DO MASSACRE DE 29 DE ABRIL NA REPUBLICA DAS BANANAS DE CURITIBA




MASSACRE DE 29 DE ABRIL: 30 MIL PESSOAS MARCHAM CONTRA BETO RICHA

A marcha da memória sobre o massacre de 29 de abril reuniu cerca de 30 mil pessoas hoje. 
Professores, estudantes, trabalhadores, relembravam o descaso do governador Beto Richa que 
atropelou o funcionalismo público para aprovar suas pedaladas.
Apesar da incessante tentativa do governador Beto Richa em querer silenciar e desmoralizar os 
educadores, o povo não tolera esse abuso que ficou marcado como uma das maiores barbáries já 
registradas no Estado do Paraná.
#29deAbril
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O PACOTE É ESSE!


Não pode ser vendido separadamente 

O impeachment não pode ser vendido separadamente. O pacote é este, inteirinho

No ódio simplório que se implantou neste país, um argumento parece bastar.
“Fora Dilma, Fora, Lula, Fora PT” foi bradado com um uma “chave mágica” para qualquer coisa.
Crise econômica, preço do petróleo, corrupção na política, vírus zika, preço do tomate, da cebola, da 
batata, 7 a 1 da Alemanha…E olha que a ciclovia do Eduardo Paes só não entrou na conta porque 
caiu depois da votação do impeachment.
Os milhões de dólares do Paulo Ruberto Costa, do Barusco, do Yousseff já não vêm ao caso: sitio 
com pedalinho e apartamento no Guarujá tomaram o lugar da saúva na cota de “os males do Brasil 
são”.
O maior período de prosperidade que este país já viveu, por andar uns meses cambeta (até porque 
Dilma fez, afinal, o que o “mercado” pedia dela), é solenemente atirado ao lixo, lá onde vão ficar 
cheios de moscas o Bolsa Família , o Minha Casa Minha Vida, o pré-sal, o Pro-Uni…
Fernando Henrique assumiu anunciando, 50 anos depois, o fim da “Era Vargas”. Agora, sem 
confessar, mas babujando de apetite, não gastam nem um ano a tentar destruir a Era Lula. 
Pretendem, seguindo a máxima de Maquiavel aos que ascendem ao principado pelo crime, ” 
determinar as ofensas que precisa executar, e fazê-las todas de uma vez”.
Não tem, porém, condições políticas, porque só uma brutal ditadura armada o teria e isso se 
vivêssemos ainda uma quadra mundial onde isso fosse viável.
Lamento informar aos que acham defender a entrada de um “governo técnico”, aos que acreditam 
que a Justiça funcionará plenamente e que a serenidade voltará a imperar na vida brasileira que, 
infelizmente, isso é impossível.
Não pode haver um governo ético que se instituiu sob o signo da traição, da dissimulação, da 
associação com todo tipo de delinquente com este objetivo.
Não pode haver justiça nem direito quando se julga nem com orgasmos de tribuna nem com gélida 
fixação nazista.
E muito menos haverá administração honrada se esta se erige sob a sobra de um ganster que se 
adonou da república e que tem, como é de seu estilo e natureza, um caixote de granadas para ser o 
homem-bomba se tiverem a veleidade de “deixarem um amigo na beira da estrada”.
A charge de Aroeira aí em cima é o que é o governo brasileiro.
O resto serão seus estafetas.
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APARECEU ENFIM O ADVOGADO QUE INSULTOU ZÉ DE ABREU. ELE É UM PIB — PERFEITO IDIOTA BRASILEIRO


Prova de analfabetismo....

por : Paulo Nogueira

Apareceu nas redes sociais uma mensagem no Facebook do advogado que provocou Zé de Abreu 
num restaurante em São Paulo.
O nome dele é Thiago Marçal.
A mensagem, endereçada logo depois da treta a Reinaldo Azevedo, rei dos analfabetos políticos e 
midiotas, é chocante.
Não por conter palavrões, obscenidades ou coisa do gênero. Mas pela ignorância desumana revelada 
pelo autor. São seis linhas escritas num português de semianalfabeto.
Como o doutor Marçal conseguiu se formar é um mistério.
Seu despreparo fumegante ilustra o nível dos antipetistas fanáticos cultivados pela imprensa.
Ele não fala apenas por si: se manifesta por toda uma tribo que tem extrema dificuldade em juntar 
duas frases e, pior, em expor uma ideia. Vídeos feitos nas manifestações antigoverno mostraram 
quantos Thiagos Marçais estavam nas ruas, metidos em camisas da CBF e falando disparates.
Thiago Marçal, em si, é um sujeito claramente sem leitura, sem lastro intelectual e sem noção do 
ridículo que é discutir política sem ter conhecimento nenhum das coisas. Num texto que escrevi há 
alguns anos, retratei o PIB, o Perfeito Idiota Brasileiro, aquele que de manhã ouve a Jovem Pan ou a 
CBN, depois lê o Globo ou a Folha, e à noite vê o Jornal Nacional e em seguida o Jornal da Globo. 
(Aqui, meu texto.)
Zé de Abreu também não falou por si apenas no restaurante. Ele representa um público de esquerda 
altamente politizado.
Ali no restaurante se travou um combate entre dois Brasis: um embotado mentalmente, o do 
advogado. Outro intelectualmente sólido, o de Zé de Abreu.
Marçal, em sua estupidez desumana, confessa que partiu dele a briga. Ele diz que Zé de Abreu “ficou 
ofendido ao ser interpelado”.
Ora, ora, ora.
Quem teria outra reação ao ser interpelado – a palavra certa é insultado – num restaurante? Zé de 
Abreu estava com a mulher, em busca de algum sossego e conforto em dias particularmente cruéis 
para alguém como ele.
Você pensa que vai respirar e um imbecil começa a xingar você. Dois imbecis, aliás: Marçal e a 
namorada, que chamou a mulher de Zé de Abreu de vagabunda, como mostra um vídeo com imagens 
da briga.
Que você faz?
Exatamente o que Zé de Abreu fez. A cusparada saiu barata. Uma bofetada seria mais adequada às 
circunstâncias.
Para Reinaldo Azevedo, mestre espiritual dos Thiagos deste Brasil, o advogado disse que queria 
saber os motivos pelos quais Zé de Abreu fora ao restaurante.
(Arrumei o monstruoso português do rábula. Ele escreveu os motivos pelo qual.)
Quer dizer: é da conta dele, ou de qualquer outra pessoa, a razão pela qual o casal Abreu decidiu 
jantar num determinado restaurante?
Mas mentecaptos como Marçal, estimulados pela mídia, acabaram se achando nos últimos anos no 
direito de perguntar a figuras como Zé de Abreu por que eles estão comendo aqui ou ali.
Marçal falou que a conta, “uma fortuna”, foi paga pelos “bobos contribuintes”. Gente como ele não 
pode ver um artista engajado sem invocar, às cegas, sem fundamento nenhum, a Lei Rouanet.
Fora a calúnia em si, é como se um ator do calibre de Zé de Abreu, com meio século de carreira 
vitoriosa, não fosse capaz de frequentar pelos próprios meios um restaurante entre cujos clientes 
estava, ou está, um advogado sofrível como ele mesmo, Marçal.
Estavam ali, repito, dois Brasis. O do advogado Thiago Marçal é um desgraça, superpovoado de 
PIBs, Perfeitos Idiotas Brasileiros.
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FORA WLAD !! O ESCRACHE DA JUVENTUDE A UM GOLPISTA DO PARAZINHO


Fotos: Daiane Coelho

Ontem em Belém do Pará, o Levante Popular da Juventude realizou um escracho na Doca de 
Sousa Franco, a principal rua de um bairro nobre da cidade, em frente o prédio onde mora o 
deputado Wladimir Costa - o deputado confete.

O Levante Popular da Juventude organizou uma manifestação contra um dos piores políticos do
Pará, o deputado  Wladimir Costa, acusados de corrupção. 
Apontado pelos jovens como o pior dos golpistas que envergonharam o Estado do Pará na votação
na Câmara dos deputados contra a Presidenta Dilma, O Wlad, como é conhecido nos rincões dos
municípios que o elegeu, acabou "benzido" pelo Escracho da Juventude, que o acusa de trair, roubar
e enganar o povo humilde do estado.







DRAUZIO VARELLA E A VOTAÇÃO DO GOLPE: SENTI VERGONHA DE SER BRASILEIRO


"Pela primeira vez em 70 anos senti vergonha de ser brasileiro. Culpa da TV, que me manteve 
hipnotizado na frente da tela, enquanto transmitia a votação do impeachment na Câmara, 
duas semanas atrás", diz o médico e escritor Drauzio Varella, sobre a votação de 17 de abril; 
"Todos sabem que é lamentável o nível da maioria de nossos deputados, mas vê-los em 
conjunto despejando cretinices no microfone foi assistir a um espetáculo deprimente 
protagonizado por exibicionistas espertalhões, travestidos em patriotas tementes a Deus"

247 – O dia 17 de abril de 2016, em que a Câmara dos Deputados, liderada pelo deputado Eduardo 
Cunha (PMDB-RJ), votou o impeachment da presidente Dilma Rousseff fez com o médico e escritor 
Drauzio Varella sentisse vergonha de ser brasileiro.
"Pela primeira vez em 70 anos senti vergonha de ser brasileiro. Culpa da TV, que me manteve 
hipnotizado na frente da tela, enquanto transmitia a votação do impeachment na Câmara, duas 
semanas atrás", diz ele, em artigo publicado neste sábado (leiaaqui).
"Não posso alegar desconhecimento, ingenuidade ou espanto, vivo no Brasil e acompanho a política 
desde criança. Todos sabem que é lamentável o nível da maioria de nossos deputados, mas vê-los em 
conjunto despejando cretinices no microfone foi assistir a um espetáculo deprimente protagonizado 
por exibicionistas espertalhões, travestidos em patriotas tementes a Deus", afirma. "Votavam o 
impeachment de uma presidente da República como se estivessem num programa de auditório, 
preocupados somente em impressionar suas paróquias e vender a imagem de mães e pais 
amantíssimos."
Segundo ele, acreditar na democracia brasileira agora passa a ser um ato de fé. "E pensar que aqueles 
homens brancos enfatuados, com gravatas de mau gosto, os cabelos pintados de acaju e asa de 
graúna, com a prosperidade a transbordar-lhes por cima do cinto, passaram pelo crivo de 90 milhões 
de eleitores que os escolheram para representá-los. Para aqueles que não viveram como nós as trevas 
da ditadura, manter a crença na democracia brasileira chega a ser um ato de fé", afirma.
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sexta-feira, 29 de abril de 2016

DILMA RENOVA MAIS MÉDICOS E ADVERTE A USURPADORA


Nesta manhã, a presidente Dilma Rousseff assinou Medida Provisória, em que renovou o 
programa Mais Médicos, garantindo a permanência de 7 mil profissionais no programa neste 
ano; na cerimônia, ela voltou a atacar o golpe parlamentar de que é vítima; "O processo que 
está em curso no Brasil tem nome e seu nome é golpe", disse ela; "Trata-se de uma eleição 
indireta, coberta pelo manto do impeachment, daqueles que não tiveram votos nas urnas"; ela 
afirmou que não luta apenas para preservar seu mandato, mas também para garantir 
conquistas sociais, como o Mais Médicos; "Hoje, atendemos 63 milhões de pessoas, muitas das 
quais jamais haviam tido atendimento médico"; ela também criticou proposta do vice Michel 
Temer na área de saúde; “Qualquer um que propõe fazer ajuste fiscal diminuindo as despesas 
com saúde da população está propondo um grande retrocesso. Muito pior ainda se ousar 
eliminar a vinculação obrigatória e constitucional dos gastos com a área de saúde, prevista 
emenda 29 da Constituição”, afirmou

Dilma critica proposta do PMDB de desvincular gastos com saúdePaulo Victor Chagas - 
Repórter da Agência Brasil

A presidenta Dilma Rousseff criticou as propostas do vice-presidente Michel Temer de acabar com 
as vinculações constitucionais para os gastos em saúde e disse se sentir orgulhosa de ter ampliado os 
investimentos sociais.
Dilma fez referência indireta ao programa lançado em outubro do ano passado denominado Uma 
Ponte para o Futuro, do PMDB, partido do qual Temer é presidente nacional licenciado. Nas 
próximas duas semanas, o processo de impeachment contra ela será analisado pelo Senado, o que 
vem sendo constantemente classificado por ela de “golpe”.
“Qualquer um que propõe fazer ajuste fiscal diminuindo as despesas com saúde da população está 
propondo um grande retrocesso, indo na contramão do interesse da população. Muito pior ainda se 
ousar eliminar a vinculação obrigatória e constitucional dos gastos com a área de saúde, prevista 
emenda 29 da Constituição”, afirmou a presidenta.
Ao discursar hoje (29), no Palácio do Planalto, durante evento do programa Mais Médicos, Dilma 
voltou a repetir que não cometeu crime de responsabilidade, que não é acusada de corrupção e que 
não possui contas no exterior.
Direitos básicos
Segundo ela, “além de rasgar” os preceitos constitucionais, a proposta “fere os direitos básicos do 
povo brasileiro. “Alguns me acusam de ter ampliado os gastos sociais. Eu me sinto orgulhosa por 
estar cumprindo o papel de ampliação de gastos sociais. Aliás, é obrigação do presidente eleito por 
voto direto da população”, disse.
A presidenta fez as declarações durante cerimônia no Palácio do Planalto em que assinou medida 
provisória que prorroga a participação de profissionais no programa Mais Médicos por mais três 
anos. Com a proposição, que tem força de lei, os médicos estrangeiros e os brasileiros formados no 
exterior vão poder permanecer atuando no país sem a necessidade de revalidar o diploma.
Dilma elencou os seis decretos que assinou e que embasam o pedido de impeachment, dizendo que 
não são suficientes para afastar um presidente. “A minha luta, como hoje aqui, é para garantir e 
preservar conquistas históricas da população brasileira, como é o Mais Médicos, como é o SUS 
[Sistema Único de Saúde], e para garantir que a democracia tenha um sentido substantivo.
"Tenho clareza que é muito importante que a gente perceba que conquistas sociais, programa de crescimento e ferimentos à democracia estão sendo praticados nesse momento no Brasil. Acredito que ter clareza disso é algo que nós devemos para o presente e para o futuro”, disse.
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A EMBAIXADORA DOS EUA E O GOLPE....

 
“O controle político da Suprema Corte é crucial para garantir impunidade dos crimes 
cometidos por políticos hábeis. Ter amigos na Suprema Corte é ouro puro”.

Por Caco Schmitt, no blog RS-Urgente:

A afirmação não é de agora e nem de quem critica o STF por não prender o Cunha, por enrolar a posse do Lula etc. Foi feita há cinco anos pela pessoa que hoje é a embaixadora dos Estados Unidos no Brasil, Liliana Ayalde. A diplomata exercia o cargo de embaixadora no Paraguai (de 2008 a 2011) quando se reportou ao governo norte-americano, relatando a situação do país. Ela deixou o cargo poucos meses antes do golpe que destituiu o presidente do Paraguai, Fernando Lugo, mas deixou o caminho azeitado. Aqui no Brasil, no cargo desde outubro de 2013, esta personagem é cercada de mistérios e sua vinda pra cá, logo após o golpe parlamentar paraguaio, não foi gratuita.
Liliana Ayalde assumiu seu posto no Brasil cinco meses antes da Operação Lava Jato começar a fase quente. Chegou discretamente, sem entrevistas coletivas, em meio à crise provocada pela denúncia do Wikleaks de que os norte-americanos espionavam a presidenta Dilma, o governo brasileiro e a Petrobras. Segundo Edward Snowden, “a comunidade de espionagem dos USA e a embaixada norte-americana têm espionado o Brasil nos últimos anos como nenhum outro país na América Latina. Em 2013 o Brasil foi o país mais espionado do mundo”, afirmou o ex-funcionário da CIA e ex-contratista da NSA.
A mídia brasileira, por óbvio, já preparando o golpe, de modo totalmente impatriótico, não divulgou para o povo brasileiro. E escondeu a grave denúncia de Snowden, que afirmou: “NSA e CIA mantiveram em Brasília equipe para coleta de dados filtrados de satélite. Brasília fez parte da rede de 16 bases dedicadas a programa de coleta de informações desde a presidente Dilma, seus funcionários, a Petrobras até os mais comuns cidadãos, foram controlados de perto pelos Estados Unidos”.
Liliana Ayalde veio ao Brasil comandar a embaixada de um país que fortalecia o bloco chamado BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), contrário aos interesses do grande capital norte-americano; e de um país que exerce forte influência sobre os países sul-americanos com governos populares, todos contrários aos interesses militares dos Estados Unidos na América do Sul. A vinda da embaixadora pode ser mera coincidência?
Não. Segundo informações oficiais da própria Embaixada norte-americana, Ayalde chegou ao Brasil com 30 anos de experiência no serviço diplomático. Trabalhou na Guatemala, Nicarágua, Bolívia, Colômbia e, recentemente, como subsecretária de Estado adjunta para Assuntos do Hemisfério Ocidental, com responsabilidade pela supervisão das relações bilaterais dos Estados Unidos com Cuba, América Central e Caribe. Anteriormente serviu como vice-administradora sênior adjunta da USAID no Bureau para América Latina e Caribe. Entre 2008 e 2011 ela serviu como embaixadora dos Estados Unidos no Paraguai”. Ou seja: sabe tudo de América Latina…
As “pegadas” reveladas
Na internet encontramos vários textos e análises feitas depois do golpe no Paraguai de 2012 que hoje ficam mais claros e elucidam os fatos. Vejam o que escreveu o jornalista Alery Corrêa , no Brasil em 5 Minutos: “O golpe de Estado contra Fernando Lugo, presidente paraguaio, começou a ser orquestrado em 2008, mesmo ano de sua eleição, a qual colocou fim ao reinado de 60 anos do partido Colorado, mesmo partido do antigo ditador Alfredo Stroessner… A mesma Ayalde assumiu em agosto de 2013, sem muito alarde, a embaixada brasileira. Segundo a Missão Diplomática dos Estados Unidos no Brasil, ‘a embaixadora Liliana Ayalde vem ao Brasil com 30 anos de experiência no serviço diplomático’. Em um momento de intenso acirramento político e disputa de poder. O impeachment entra em pauta. A imprensa mais agressiva do que nunca. Não se tratasse de política, diríamos que foi mero acaso. Mas sabemos que não existe falta de pretensão quando se trata dos interesses norte-americanos. Na verdade, eles veem crescer a oportunidade de colocar as mãos no pré-sal brasileiro e estão conscientes da chances reais que possuem com e sem o PT em cena. E certamente, todas as possibilidades já foram avaliadas pelo imperialismo norte-americano”.
Outro texto é da jornalista Mariana Serafini, no Portal Vermelho. “Em um despacho ao departamento de Estado do dia 25 de agosto de 2009 – um ano depois da posse de Lugo – Ayalde afirmou que ‘a interferência política é a norma; a administração da Justiça se tornou tão distorcida, que os cidadãos perderam a confiança na instituição’. Ou seja, apesar da agilidade do processo de impeachment, a embaixadora já monitorava a movimentação golpista três anos antes do julgamento político. No mesmo despacho afirmou que o ‘controle político da Suprema Corte é crucial para garantir impunidade dos crimes cometidos por políticos hábeis. Ter amigos na Suprema Corte é ouro puro’. ‘A presidência e vice-presidência da Corte são fundamentais para garantir o controle político, e os Colorados (partido de oposição ao Lugo que atualmente ocupa a presidência) controlam esses cargos desde 2004. Nos últimos cinco anos, também passaram a controlar a Câmara Constitucional da Corte’, relatou a embaixadora dos USA no Paraguai”.
No Paraguai, a embaixadora não ficou indiferente ao processo de impeachment, como ela mesma disse no relatório confidencial: “Atores políticos de todos os espectros nos procuram para ouvir conselhos. E a nossa influência aqui é muito maior do que as nossas pegadas”.
E deixaram muitas pegadas, segundo artigo de Edu Montesanti: “No Paraguai, os golpistas agiam em torno da embaixadora. Em 21 de março de 2011, a embaixadora recebeu em sua residência blogueiros paraguaios a fim de ‘conversar’ sobre paradigmas e diretrizes para aqueles setores societários que já estavam desempenhando importante papel na sociedade local. Em tese, para conhecer melhor o trabalho deles, discutir a importância dos blogs na sociedade e a importância da aproximação deles com os governos”.
Laboratório de golpes
Blogs, movimentos de internet, Senado, Suprema Corte… qualquer semelhança entre o golpe em curso no Brasil e o golpe paraguaio não é mera coincidência. O golpe no Paraguai é considerado um dos mais rápidos da história, consumado em 48 horas. O presidente Fernando Lugo foi derrotado no Senado por 39 votos favoráveis ao impeachment e quatro contra. Caiu em 22 de junho de 2012. Uma queda rápida, mas que teve uma longa preparação… Assim como no Brasil, cujo golpe começou a ser gestado não no dia das eleições presidenciais de outubro de 2014, quando a oposição questionou a seriedade das urnas e queria recontagem de votos, mas bem antes. Quando? Depois que o modelo paraguaio de golpe deu certo, conseguindo afastar pela via parlamentar um presidente democraticamente eleito pelo voto.
No seu artigo de junho de 2015, o jornalista Frederico Larsen afirma: “a destituição de Lugo, em 2012, foi o melhor ensaio realizado a respeito do que se conhece como golpe brando, o golpe de luva branca. Trata-se de um método para desbaratar um governo sem a intervenção direta das Forças Armadas ou o emprego clássico da violência. Para alcançar isto, basta gerar um clima político instável, apresentar o governo em exercício como o culpado pela crise e encontrar as formas de dobrar a lei para derrubá-lo. Foi isto o que, três anos atrás, aconteceu no Paraguai”.
E José de Souza Castro, em artigo no blog O Tempo, em 5 de fevereiro de 2015, profetizou: “Dilma pode sentir na pele o golpe paraguaio”. E destacou o papel da embaixadora Liliana: “No Paraguai, ela preparou, com grande competência, o golpe que derrubou o presidente Fernando Lugo”.
É o que acontece agora no Brasil: um golpe parlamentar, com apoio da mídia golpista. Um golpe paraguaio.
O Paraguai foi um dos países que mais sofreram com a ditadura militar patrocinada pelos Estados Unidos, nos 35 anos do general Alfredo Stroessner (1954 – 1989). Foi a primeira democracia latino-americana a cair. Depois caíram Brasil, Argentina Chile e Uruguai. No Paraguai foi testado o modelo do combate à guerrilha a ser usado, os métodos cruéis de tortura trazidos dos USA pelo sádico Dan Mitrioni e ali nasceu a famosa Operação Condor, um nefasto acordo operacional entre as ditaduras. A CIA transformou o Paraguai no laboratório que testou o modelo de golpe militar a ser seguido e que derrubou governos populares e assassinou milhares de pessoas. Agora, o Paraguai serviu novamente de laboratório de um novo tipo de golpe está em curso no Brasil.
O que nos aguarda
Se o golpe se concretizar, o Brasil “paraguaizado” terá um destino trágico. São raros os estudos sobre o que mudou no país vizinho pós-golpe parlamentar e jurídico, mas o artigo de um ano atrás de Frederico Larsen joga uma luz sobre as verdadeiras intenções do golpe: “Suas primeiras medidas se basearam em outorgar poderes especiais ao Executivo, especialmente em matéria de segurança. Deu vida à Lei de Segurança Interna, que permite ao governo, sem aprovação do Parlamento, a militarização e declaração de Estado de Sítio em regiões inteiras do país com a desculpa da luta contra a insurgência do Exército do Povo Paraguaio (EPP). Os movimentos camponeses denunciam que com esta lei, os militares efetuam despejos e violações aos direitos humanos, favorecendo ainda mais a concentração da terra. Conseguiu aprovar a lei de Aliança Público-Privada (APP), que permite a intervenção de empresas nos serviços que são providos pelo Estado, como infraestrutura, saúde e educação. Em especial, deu um estrondoso impulso à produção transgênica no setor agrícola”.
A publicação Diálogo – revista militar digital – Forum das Américas, de 14/05/2010, manchetou a exigência da embaixadora Ayalde: ““Devem ser repudiados todos os fatos que atentem contra a vida das pessoas e contra a propriedade privada”. Portanto, os deputados golpistas representantes da oligarquia rural, senhores da terra, e da UDR que pressionam o golpista Temer para que o Exército cuide dos conflitos de terra já estão adotando o modelo paraguaio contra os movimentos sociais.
Se o golpe paraguaio vingar no Brasil, retrocederemos em todas as áreas e, mais uma vez, gerações terão seus sonhos abortados, projetos adiados e a parcela fascista, preconceituosa e enfurecida da direita virtual sairá dos computadores e ganhará, de fato, poder nas ruas…
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