quinta-feira, 31 de março de 2011

Bombardeios “cirúrgicos” matam dezenas na Líbia, diz bispo

Manifestação em tripoli contra os bombardeios

Agora é uma voz do bispo Giovanni Innocenzo Martinelli, representante do Vaticano em Tripoli disse que pelo menos 40 civis foram mortos por ataques aéreos de forças ocidentais em Trípoli.
“Quanto à ação da coalizão, não me venham dizer que se bombardeia para defender a população civil.
Por mais que sejam precisos os bombardeamentos contra objetivos militares, claramente envolvem também os edifícios civis circunstantes.
Sei que pelo menos dois hospitais sofreram danos indiretos dos bombardeamentos. Foram destruídas portas e janelas e os pacientes estão chocados. Saiba-se que as ações militares estão causando vítimas entre os mesmos civis que se quer proteger com estas ações militares”, disse D.Martinelli á agência católica Fides.
Ele condenou a possibilidade aventada pela secretária de estado Hillary Clinton de entregar armamento americano aos rebeldes: “Quer-se prosseguir a guerra. Agora, os rebeldes estão nas portas de Sirte, mas passá-la não será certamente fácil. Armar uma parte da população líbia não me parece uma solução moral”.
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Perereca vai ao CNJ na semana que vem para conter abusos de poder de integrantes do Judiciário paraense contra blogueiros e jornalistas

No Blog da Perereca 

O blog solicita aos colegas blogueiros e jornalistas que encaminhem, com urgência, todas as denúncias que tiverem conhecimento (em relato pormenorizado e, é claro, identificado) de ameaças às liberdades de expressão e de informação, devido a decisões abusivas, contrárias à Constituição, tomadas por integrantes do Poder Judiciário e que tiveram por alvo jornalistas ou blogueiros. 
O mais tardar na semana que vem, a Perereca deve encaminhar denúncia, reclamação, pedido de providências e o que mais couber, ao Supremo Tribunal Federal e ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), acerca de tais ilegalidades. 
Se apressem, por favor. 
O email é anaceliapinheiro@hotmail.com 
Mandem, por gentileza, cópia do processo. 
Vamos proclamar o Estado Democrático de Direito no estado do Pará!
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Nem Jarbas Passarinho atura Bolsonaro

Do Terra Magazine

por Claudio Leal

O repórter pronunciou o nome "Jair Bolsonaro" e, do outro lado da linha, o ex-ministro Jarbas Passarinho abusou do fôlego de 91 anos para bendizer o deputado federal: "Ah, esse homem eu nunca pude suportar!".
Desafeto de Passarinho, Bolsonaro protagoniza uma polêmica comportamental e política desde que declarou seu desapreço por um hipotético namoro de seu filho com uma negra, em entrevista ao programa humorístico "CQC". Bolsonaro responderá a um processo por racismo, movido por 20 deputados.
Passarinho pega a contramão e desconstroi o discurso de Bolsonaro. "Ele irrita muito os militares", garante. Para definir seu interlocutor ideal, recorre, ora vejam só, à escritora francesa Simone de Beauvoir.
- Já tive com ele (Bolsonaro) aborrecimentos sérios. Ele é um radical e eu não suporto radicais, inclusive os radicais da direita.
Pior ainda os da direita, porque só me lembram o livrinho da Simone de Beauvoir sobre "O pensamento de direita, hoje": "O pensamento da direita é um só: o medo". O medo de perder privilégios.
Ex-ministro do Trabalho, da Educação e da Previdência no regime militar, além de ocupar o ministério da Justiça no governo democrático de Fernando Collor, Jarbas Passarinho presidiu o Congresso Nacional e personalizou uma parcela dos militares moderados.
Depois de um ano de repouso, voltou a escrever artigos para a imprensa. Nesta entrevista a Terra Magazine, aceitou falar, a contragosto, daquele que Nelson Rodrigues poderia chamar de "personagem da semana": Jair Bolsonaro, um homem que ele nunca conseguiu suportar. 

Terra Magazine - O que o senhor acha da polêmica de Jair Bolsonaro? Ele sempre diz que representa os militares. Isso é real?
Jarbas Passarinho - Nem todos os militares estão ligados a ele, mas como ele é o único que aparece falando... Os militares, inclusive depois do meu silêncio por doença, perderam espaço. Eu perdi meu espaço no "Estado de S. Paulo", no "JB" (Jornal do Brasil), que infelizmente faliu, no "Correio Braziliense", no "Estado de Minas". Então, desapareceu essa voz que tinha uma penetração na área mais nobre da mídia. Ele irrita muito os militares também, porque quando está em campanha, em vez de ele ir ao Clube Militar, como oficial, ele vai pernoitar no alojamento dos sargentos (risos). Pra ganhar a popularidade dele. Quando eu fui ministro da Justiça, recebi a visita de uma viúva de um brigadeiro de quatro estrelas. Ela era pensionista, portanto. Sabe que a pensão dela, naquela ocasião, no governo Collor, era o que um cabo recebia na ativa? O Collor me autorizou a tentar fazer uma modificação daquilo, pra ter pelo menos um pouco mais de dignidade. Ele (Bolsonaro) me viu fazendo isso. Ficou calado, veio com a esposa dele lá do Rio (de Janeiro), e em seguida ele foi pra tribuna e deu aquilo como projeto de lei dele. Por aí tu vês qual é a pessoa.
No programa do CQC, ele disse que considerava uma "promiscuidade" um hipotético namoro do filho dele com uma negra, e atacou os homossexuais.
Se alguém me procurar sobre isso, eu me recuso a dar opinião. Recuso porque eu tenho por ele uma verdadeira idiossincracia. Foi mau militar, só se salvou de não perder o posto de capitão porque foi salvo por um general que era amigo dele no Superior Tribunal Militar (STM). O ministro (do Exército), que era o Leônidas (Pires Gonçalves), rompeu com esse general por causa disso (em 1986, Bolsonaro liderou um protesto pelo aumento do soldo dos militares). Ele começou a se projetar quando aluno da escola de aperfeiçoamento de capitães. Deu uma entrevista falando dos baixos salários que nós recebíamos.
Quem era o general que o apadrinhava?
Já morreu. Comandou o II Exército, um general de muito respeito entre nós todos.
E o Bolsonaro...
Todos se aproveitam, usam como um modo de currículo. Com base nesse currículo, recebem votos.
As ideias de Bolsonaro são representativas para a maior parcela das Forças Armadas?
Não tem. Alguns sujeitos (apoiam), mas é raro. Tem um jornal mineiro, chamado Inconfidência de Minas... É o único grupo ativo de militares da reserva. Então, pela primeira vez ele pôs um artigo lá. Daqui a pouco, nem isso ele põe. Porque o pessoal recebe com restrição. Agora, claro que não vai botar contra ele.
Ele causa mal-estar nas Forças Armadas?
Não posso dizer isso, porque seria uma opinião pessoal. Ele já teve um aborrecimento comigo. Um cadete meu, que depois foi paraquedista e fez parte da luta contra a guerrilha do Araguaia, Lício Maciel, que esteve à morte, uma guerrilheira atirou na boca dele... Quase foi o fim. E o Lício Maciel foi na conversa do Bolsonaro, que o levou para uma sessão (no Congresso). Ele entrou e levou o Lício, que foi na conversa dele e começou a dizer: "(José) Genoíno, você tenha a coragem de dizer aqui na minha frente que foi torturado... Você mente! Você foi preso por mim, pelo meu grupo". Depois eu soube, por uma mulher da esquerda, que ele (Genoíno) confessou que lá ele não foi torturado, mas depois.
Então, Bolsonaro submeteu esse rapaz a um vexame, porque ele entrou numa sessão do Congresso. Eu escrevi um artigo e mostrei a total imprudência e irresponsabilidade do deputado. Submeter um oficial brilhante, digno, que tinha exercido sua atividade contra a guerrilha sem nunca ter participado de uma violência física, e ao contrário, sofreu, para depois ser expulso de uma sala da maneira vergonhosa como foi!... Ele escreveu para o "Correio Braziliense" me metendo o pau. Era a primeira vez que ele tinha coragem, depois de tantos atritos. Ele (Bolsonaro) me insultou, dizendo que eu era um escondido da esquerda, um infiltrado, não sei o quê. E mais ofensas de natureza pessoal. O "Correio" não publicou. Ele ficou indignado. Eu não gosto nem de falar sobre ele, porque tudo isso vem à mente.
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CHARGE

Mino Carta: PiG implorou pelo Golpe Militar





O messianismo e a soberania

Há sempre uma causa "nobre" 

Por Mauro Santayana

O pretexto para a intervenção militar na Líbia é a defesa dos “direitos humanos”.
O argumento para as cruzadas foi o da defesa “dos lugares santos”. A causa alegada para uma intervenção estrangeira na Amazônia é a defesa do meio ambiente e dos direitos dos indígenas.
Contra o princípio secular da não intervenção nos assuntos internos, ergue-se o espírito de missão de alguns países que, sentindo-se poderosos, dispõem-se, isoladamente ou mediante coalizões, a invadir o território alheio.
A soberania dos estados é a extensão da inviolabilidade do lar. A razão que o homem usou, para construir uma casa em que se protegesse e protegesse a família das intempéries e dos predadores, é a mesma que orienta a criação dos estados. Jean Bodin, pensador francês do século 17, resume a idéia, ao identificar os estados como societates quae superiorem non recognoscunt. 
Em suma, o estado exerce, sobre seus súditos e seu território, a summa potestas, não admitindo  poder  superior. A  eventual violação desse princípio por um súdito ou por um príncipe, não empenha o estado em sua situação pura. 
No caso em que haja  submissão a outro estado, ela só pode ser compreendida como  concessão temporária de soberania, atendendo a uma conveniência recíproca, ou adesão ideológica ou religiosa, como no caso dos estados teológicos, entre eles os muçulmanos e os pontifícios.  Ou, a fatalidade da derrota militar.
A lógica da sensatez indica que só as guerras defensivas são justas. Quando os submarinos alemães afundaram navios brasileiros na costa de Sergipe, em águas nacionais, tínhamos  que  declarar guerra ao Eixo. O mesmo ocorreu na Guerra do Paraguai: revidamos a uma agressão.
Um terceiro país pode ir ao socorro do  agredido, daí os pactos militares conhecidos, as ententes e as grandes e pequenas coalizões. A doutrina da intervenção para impor a ordem interna dos outros só pode ser definida com a frase crua de Perón: “la fuerza es el derecho de las bestias".
Como qualquer outra locução adjetiva, direitos humanos dependem da escolha de cada um.  Os direitos se associam à vontade e à liberdade individual, dentro da visão de Stuart Mill, de que “liberty is to make a choice”. 
Os meus direitos, eu os escolho, e serão legítimos, se não violarem os alheios.  
Eu posso ter o direito de, se quiser, fazer-me escravo de outra pessoa – o que é freqüente nas relações amorosas – ou de uma idéia, ou mesmo de uma seita.
A única intervenção de terceiros contra essa servidão voluntária é pregação libertária, que, nas sociedades laicas e inteligentes, se exerce a partir da educação.
Há dias em seminário na Amazônia, americanos como Bill Clinton e o vezeiro James Cameron receberam de líderes  indígenas apelo aberto à intervenção estrangeira contra a construção da usina de Belo Monte. 
A simples presença de Mr. Clinton e de Mr. Schwarzenegger, em Manaus para discutir os problemas amazônicos, já constitui  intervenção intolerável. 
Suponha o leitor que, em resposta, os americanos decidam bombardear as usinas hidrelétricas brasileiras. Ou que, “comovidos”, alguns paises ricos com a situação de miséria de nossas crianças, resolvam enviar tropas a fim de salvá-las. 
Pensar nisso hoje pode parecer absurdo, como absurdo era imaginar que, depois de 1945, ainda houvesse expedições militares messiânicas, como as do “Libertador” Hitler contra o Leste da Europa.
Em 1936, quando Franco, com tropas estrangeiras (marroquinas), e o apoio dos nazistas, levantou-se contra o governo legítimo da República, a França e a Inglaterra esquivaram-se de intervir, em nome da soberania espanhola. Como se vê, as doutrinas mudam de acordo com a conveniência. Na Espanha não há petróleo. 
E, antes que alguém lembre o episódio, tive a mesma posição quando, em 1968,  o Pacto de Varsóvia invadiu a Tcheco-Eslováquia, com o pretexto de “salvar o socialismo”. 
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A denúncia dos marajás da Vale

Preso Curió, militar emblemático de 1964

Detenção ocorreu na busca de documentos da guerrilha... Outro remanescente emblemático do golpe de 64 o ex-deputado Sebastião Curió de Moura (ARENA/PDS-PA), o Major Curió, foi preso esta semana.
De posse de mandados de prisão expedidos pela 1ª Vara da Justiça Federal, o Ministério Público em Brasília apreendeu documentos, um computador e uma arma de fogo nas residências do coronel da reserva do Exército.
"As buscas são uma tentativa de localizar documentos que possam revelar o paradeiro de corpos de militantes políticos que participaram da guerrilha", disse à imprensa a procuradora Luciana Loureiro. Curió (como major na ativa) foi um dos líderes da repressão à guerrilha do Araguaia (1972-1975) na região conhecida como Bico do Papagaio, tríplice fronteira Pará-Tocantins-Maranhão.
Curió foi preso em flagrante numa de suas residências por porte ilegal de arma - ou seja, desrespeito a lei, marca do golpe militar que ele defendeu e que rasgou a Constituição em 1964 e várias vezes durante os 21 anos da ditadura.
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O que estão escondendo em Fukushima?

O especialista japonês Hirose Takashi propõe a solução sarcófago para Fukushima, enterrar tudo sob cimento, como se fez em Chernobyl.
Para ele, Tóquio e Osaka correm um perigo real. Ele critica o comportamento do governo e dos meios de comunicação que não estariam informando à população da gravidade real do problema em Fukushima.
"Todo mundo sabe quanto tempo demora um tufão a passar pelo Japão; geralmente leva uma semana. Isto é, com um vento de 2m/s, pode levar cinco até que todo o Japão fique coberto de radiação. E não estamos a falar de distâncias de 20 ou 30 km, mas sim de 100 km. Significa, Tóquio, Osaka", adverte Takashi.
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Legacy: foi Lula quem desligou o transponder

Os "santinhos" do Legacy...

Saiu na pág C5 da Folha: 

Piloto do Legacy nega ter desligado o transponder.

Trata-se do desastre da Gol em que morreram 154 brasileiros.
Na GloboNews se sabe, segundo o advogado do Escritório José Carlos Dias – notável Jurisconsulto que se inscreve em mármore no panteão dos ministros da Justiça – que a culpa é do Lula.
O Escritório do notável Jurisconsulto tenta demonstrar que a culpa é da infra-estrutura da aeronáutica civil brasileira.
Ao mesmo tempo se sabe que o piloto do Legacy aceitou pilotar do Brasil aos Estados Unidos sem JAMAIS ter pilotado um avião Legacy.
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A tese do Escritório do notável jurisconsulto Dias, por incrível coincidência , é a mesma do PiG .
Foi Lula quem desligou o transponder.
Como foi Lula quem não puxou o freio do avião da TAM em Congonhas.
Nessa batalha – do “caosaéreo” – se notabilizaram a também notável colonista Eliane Catanhêde, uma especialista em assuntos do AR;
A urubóloga Miriam Leitão , que entrava ofegante, ao vivo, na CBN, para testemunhar o “caosaéreo”;
E um repórter da Globo – ele vai longe ! – Rodrigo Boccardi, autor de memorável “reportagem” – no jn, ele provou que, quando chove e se forma uma poça da espessura de uma moeda de um real a pista de Congonhas – construída por Lula – conduziria qualquer avião para fora da pista.
O “caosaéreo” provocou a substituição do grande brasileiro Waldyr Pires pelo Nelson Johnbim.
Na transmissão do cargo, Johnbim mostrou o que era: um trêfego, como deu a entender o embaixador americano com quem costumava dialogar.
Ele destratou Pires de forma jamais vista em cerimônias do tipo.
O “caosaéreo” é apenas isso: uma tentativa de Golpe.
De que esses pilotos americanos são apenas a face rotineira do problema: a impunidade dos criminosos do colarinho brancos (no Brasil).

Viva o Brasil ! 

Paulo Henrique Amorim
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Usina de Fukushima deve ser desativada, diz primeiro-ministro japonês

O primeiro-ministro do Japão, Naoto Kan, disse nesta quinta-feira (31/03) que a Usina Nuclear de Fukushima Daiichi deve ser desativada. Ele não informou, porém, quando isso ocorrerá. As autoridades japonesas estão com dificuldades de consertar os reatores da usina que, desde o terremoto seguido de tsunami no último dia 11, foram parcialmente destruídos. Em decorrência dos estragos, houve explosões e vazamentos radioativos.
A Tokyo Electric Power Company (Tepco), que administra Fukushima Daiichi, informou ser “inevitável” desativar quatro dos seis reatores. Os quatro reatores passam por um processo de resfriamento há 20 dias, sem apresentar avanços.
O presidente da Tepco, Tsunehisa Katsumata, sinalizou ontem que os reatores 5 e 6 deverão ser poupados da desativação. As primeiras instalações de Fukushima Daiichi foram construídas há mais de 40 anos na costa do Pacífico, a 250 quilômetros de Tóquio.
O presidente da França, Nicolas Sarkozy, propôs hoje em Tóquio uma reunião das autoridades nucleares dos países do G20 para definir uma “norma de segurança nuclear internacional”. Segundo ele, o ideal é realizar a reunião em maio.
“Pedimos às autoridades independentes dos países do G20 para se reunir, se possível em Paris, para definir uma norma de segurança nuclear internacional”, disse Sarkozy .“É absolutamente anormal que essas normas internacionais de segurança não existam”, afirmou ele, que foi à capital japonesa prestar "solidariedade” às autoridades.
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Vídeo revelador: Maria do Rosário enfrentou Bolsonaro

Vídeo publicados pelo Tijolaço do Brizola Neto, que voltou melhor do que nunca

O fim dos "cabeças de planilha"



Na semana passada, o seminário "Repensando a política macroeconômica", organizada pelo FMI com os economistas David Romer, Joe Stiglitz e Michael Spence e com seu economista-chefe Olivier Blanchard ,decretou oficialmente o fim da era dos "cabeças de planilha" - tipo de analista que contaminou o mercado financeiro nas últimas décadas, com simplificações que desmoralizaram o que se entendia por ciências econômicas.
Munidos de suas planilhas, e com conhecimento insuficiente em política, análise setorial, ciências sociais, psicologia social, e mesmo correlações básicas de economia, esses economistas julgaram ter descoberto o equilíbrio universal, o fim dos riscos sistêmicos. Qualquer questionamento à sua falsa ciência era tratado com superior desprezo. O encontro promovido pelo FMI é a pá de cal nesse tipo de pensamento cabeção, primário, manipulador, insuficiente.
Um dos princípios era a visão monofásica de que cada instrumento de política econômica deveria visar apenas um objetivo.
Por exemplo, para inflação em alta, aumento das taxas básicas de juros. Esse aumento impactava a dívida pública, apreciava o real, causava desequilíbrio nas contas externas que, mais à frente, provocava uma maxidesvalorização do real que comprometia o próprio combate à inflação.
Pouco importava: juros só devem se preocupar com a inflação.
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O QUE A INVEJA NÂO FAZ !! Aleluia do DEM envia carta ao reitor de Coimbra contestando título de Doutor a Lula

“CARTA ABERTA AO PROF.JOÃO GABRIEL SILVA, MAGNÍFICO REITOR DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA 

José Carlos Aleluia, professor universitário, Membro da Comissão Executiva do Democratas e Presidente da Fundação Liberdade e Cidadania 
http://www.josecarlosaleluia.com.br/website/?a=11&cod=38212

Na condição de professor universitário venho perante Vossa Excelência manifestar a minha perplexidade — e porque não dizê-lo–, indignação, diante da concessão do título de doutor honoris causa, pela instituição que ora Vossa Excelência representa, ao ex-Presidente da República do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva. 
Tomando como referência o significado que tem, para nós brasileiros, a Universidade de Coimbra, entendo que a iniciativa destoa aberta e completamente de toda a sua tradição. Aprendemos que as personalidades que lideraram o processo da Independência e que assumiram os destinos do novo país –a começar do Patriarca, José Bonifácio– formaram seu espírito na Universidade de Coimbra. Aplaudimos com entusiasmo a concessão daquele título a ilustres representantes da contemporânea cultura brasileira, a exemplo do saudoso Miguel Reale. Em eventuais excursões a Portugal, todo membro da comunidade acadêmica brasileira sente-se no dever de conhecer a instituição que consideramos parte integrante de nossa história. 
A concessão do mencionado título contraria frontalmente toda a idéia que nós fizemos da Universidade de Coimbra pelo fato, sobejamente conhecido, de que o ex-Presidente sempre se vangloriou de não haver freqüentado qualquer curso. Insistentemente, perante a nossa juventude, buscou inculcar a noção de que o sucesso pessoal independe de qualquer esforço no sentido de aprimorar o conhecimento. E, sobretudo, por uma administração desastrosa em matéria educacional.
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Cotista de Medicina responde a Bolsonaro


O Conversa Afiada publicou este e mail e fotomontagem da Maiara.

Sr. Bolsonaro,

Venho atraves deste e-mail exercer o meu Direito de Resposta relativo as suas afirmações no programa CQC. 
http://www.conversaafiada.com.br/video/2011/03/29/preta-gil-vai-processr-bolsonaro-nao-nao-somos-racistas/
Sou cotista de medicina com muito orgulho, graças ao presidente Lula.
Caso o senhor tenha o infortunio de sofrer um acidente algum dia e cair nas minhas mãos em um pronto socorro, terei o maior prazer em atendê-lo, pois só vendo o senhor viver é que terei a certeza de que continuará sofrendo ao ver a diversidade de raças e a prosperidade do povo mestiço brasileiro.
Vai um presente para o senhor. Imprima, coloque numa moldura e se delicie olhando para os seus herois, por que os nossos… os nossos são outros e o senhor sabe muito bem quem são.

Maiara Silva

Ps. “Favor não confundir com aquela Mayara das eleições, a afogadora de nordestinos.”
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Padre que abençoava voos da morte é denunciado durante missa


O padre alberto Angel Zanchetta, que em 2009 se aposentou como capitão de fragata e capelão da Marinha, é acusado de ter abençoado os voos da morte por meio dos quais presos políticos e desaparecidos eram lançados ao mar durante a última ditadura argentina. No último domingo, Zanchetta foi denunciado publicamente por jovens militantes peronistas e familiares de desaparecidos enquanto rezava missa em uma paróquia de Buenos Aires. Os moradores da região pediram sua remoção imediata da paróquia.
Um padre que abençoava militares argentinos e os voos da morte por meio dos quais a ditadura jogava presos políticos-desaparecidos vivos no mar, foi localizado por jovens militantes em uma paróquia de San Martín, na província de Buenos Aires, e denunciado publicamente enquanto rezava a missa. O padre Alberto Angel Zanchetta, que em 2009 foi aposentado como capitão de fragata e capelão da Marinha, continua exercendo o sacerdócio em paróquias da capital argentina e arredores, apoiado pelo cardeal Jorge Bergoglio.

Lula: doutor 'honoris causa'

No Blog do Nassif

Caro Nassif e amigos do blog,

Sou estudante do mestrado em Economia e Finanças da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, e hoje presenciei a titulação 'honoris causa' do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva, um dos maiores estadistas do Brasil.
O discurso de Lula foi bem afinado, retratou a evolução dos 8 anos que esteve a frente do Brasil, destacando a assaz relevante revolução social e os maciços investimentos em educação. Em traço geral, o ex-presidente asseverou que a missão de Dilma é investir 7% do PIB em educação e dar continuidade ao processo de mudança social no Brasil, não se esquecendo da pujança econômica tupiniquim e do fortalecimento do mercado interno em seu mandato. Ademais, Lula ressaltou que o povo brasileiro recuperou a auto-estima e voltou a acreditar em seu potencial, os diversos estudantes brasileiros que presenciavam a cerimônia aplaudiam o grande homenageado, quebrando qualquer protocolo acadêmico da tradicional instituição e o silêncio profundo que reina na sala dos Capelos.

Lula: doutor 'honoris causa'
Lula: doutor 'honoris causa'
Lula: doutor 'honoris causa'
Lula: doutor 'honoris causa'

quarta-feira, 30 de março de 2011

A Reunião do PiG Mundial !

Conseguimos uma imagem exclusiva de uma reunião dentro da nave espacial do império, na qual estavam presentes os representantes dos três partidos do império e alguns colaboradores brasileiros. 
 
  
Objetivos: Discutir a eleição passada e o pré-sal… (erros, acertos, providencias, etc.)

ATA DA REUNIÃO (ultra-hiper secreta, o PIG não noticiou!)  

Sentado a extrema direita do imperador, está Mr. Zé Agri-DeMor. Ele ficou a maior parte do tempo tentando localizar, lá embaixo, alguns dos seus currais eleitorais no RN. 
Ao seu lado, sentou-se uma figura misteriosa “moreno claro”. Provavelmente algum líder ferido que não podia ser abandonado a troco de nada. 
O senhor que está derramando o chá na mesa, é o Mr. Farol. Sempre trapalhão, mas pronto para explicar (em ingrês), a relação entre a bolinha de papel e a derrota histórica. 
Sentado ao centro o representante do DEMo americano. Gritou muito com um dos convidados, pedindo explicações para as bolinhas de papel, encontradas pela sua segurança, nos sapatos do mesmo. 
À esquerda do ihbama, sentou-se a SaraPálida, lider mundial do Tea Party. Ela disse, em gestos inconfundíveis, que já mudou de candidato a presidencia para 2014 (deve sobrar para ele apenas alguma prefeitura). 
Em pé, o Mr. ArBushto, o representante republicano dos Rednecks confederados. Ele tem muita experiencia em lidar com estrangeiros na fronteira do Texas e prontificou-se a ajudar o Padim na construção de uma cerca para proteger São Paulo dos …  Ele aproveitou para orar com o dedo à  moda do Padim. 
Por ultimo, o Padim Cerraferato não conseguiu achar palavras para justificar aos representantes do império a perda das eleições e do pré-sal. 
OBS: Como podemos ver nesta reunião, todos os convidados tiraram os sapatos com naturalidade! 

Enjoy! 

July
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EUA financiam ONGs para desestabilizar governo cubano

 Membros do governos dos EUA e integrantes de ONGs norte-americanas estariam tentando desestabilizar o governo usando o pretexto de levar “ajuda humanitária” ao país caribenho. A denúncia foi feita pelo cardiologista infantil José Manuel Collera Vento, que concedeu nesta segunda-feira (28/03) entrevista ao programa Ajudas Perigosas, transmitido pela televisão oficial cubana.
Segundo Collera, o objetivo das ONGs era influenciar politicamente os cubanos em favor de uma visão contrária ao regime comunista, estabelecer vínculos para se infiltrar na Venezuela e obter informações secretas dos hospitais locais.
Collera, que segundo o site oficial Cuba Debate, atuou por mais de 30 anos paraogoverno cubano como um agente infiltrado de codinome Gerardo, conviveu desde 2000 com pessoas próximas a organizações dos EUA, assim como diplomatas ligados ao Escritório de Interesses de Washington em Havana. O órgão funciona, na prática, como a embaixada norte-americana no país.
“Em uma conversa que tive com uma organização não governamental, vinculada com a medicina, a Miami Medical Team Foundation, pediram para buscar informações sobre hospitais que trabalhavam com isótopo radioativo”, contou Collera. Na entrevista, ele não especifica qual era a finalidade dessa solicitação. Na oncologia, o isótopo radioativo pode ser usado tanto no diagnóstico quanto no tratamento de tumores.
Os vínculos de Collera com os norte-americanos começaram no ano 2000, quando ele foi apresentado a eles por Gustavo Pardo Valdés, que trabalha no Escritório de Interesses. De acordo com Collera, eram pessoas que estavam sempre presentes nos encontros com as ONGs.
O cubano contou também que, desde então, foi “sistematicamente contatado por representantes do governo norte-americano, que manifestaram abertamente interesse em mudar o sistema político da ilha”. A orientação é, segundo Collera, organizar uma rede de pessoas que pudesse receber medicamentos e outras doações com a finalidade de conseguir aproximação e, por fim, exercer influência política e “subverter internamente” o regime cubano.
"Por meio da visita ao país de alguns de seus representantes, e pelas costas das autoridades cubanas, estas ONGs têm a missão de realizar avaliações da situação política cubana e instruir, organizar e abastecer a contrarrevolução", relatou o médico.
Além da Miami Medical Team Foundation, o programa menciona a EchoCuba, a Fupad (Fundação Pan-Americana para o Desenvolvimento) e a  canadense Fundação Donner como organizações que "escondem sua essência subversiva por meio de uma suposta ajuda humanitária".
De acordo com dados oficiais, Cuba mantém 593 projetos em colaboração com 143 ONGs. O programa televisivo esclareceu que o governo cubano permite e acolhe organizações estrangeiras como a Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) e Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento). O pré-requisito, ressalta, é demonstrar apoio "sob o princípio da não ingerência".
A organização de entidades – formadas tanto por cubanos oposicionistas como por norte-americanos – com objetivo de desestabilizar o governo cubano não é uma iniciativa recente. A primeira tentativa foi registrada em agosto de 1959, oito meses após a revolução que tirou o ditador Fulgêncio Batista do poder e implantou o atual regime.
Na ocasião, um avião da Força Aérea da República Dominicana aterrissou na pista aérea da cidade de Trinidad, na província cubana de Las Villas. A bordo havia armas e agentes anticastristas, alguns deles, ex-militares do governo de Batista. O episódio, que ficou conhecido como Conspiração Trujillista, tinha apoio dos EUA e objetivo de destruir o recém-construído governo cubano.
Nos anos seguintes, de acordo com dados oficiais cubanos, foram registradas subsequentes violações do espaço aéreo, roubo de aviões, incêndio em plantações e atentados terroristas em regiões turísticas de Cuba, com intenção de prejudicar o governo.
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Radiação supera 3.355 vezes o limite no mar em Fukushima

O nível de iodo radioativo em águas do mar próximo à usina nuclear de Fukushima supera 3.355 vezes o limite de segurança, o que representa a concentração mais alta até o momento, informou nesta quarta-feira (30/03) a Agência de Segurança Nuclear do Japão.
As amostras recolhidas ontem a 330 metros ao sul de uma saída de água próxima aos reatores 1 a 4 da central revelaram um considerável aumento do isótopo 131 do iodo na comparação com os índices registrados no fim de semana, quando chegaram a ser 1.850 vezes superiores ao normal. 
Cinquenta metros ao norte da usina, perto dos reatores 5 e 6, o nível de iodo radioativo detectado na terça-feira era 1.262 vezes superior aos padrões legais, também o índice mais alto até o momento.
O isótopo 131 do iodo se degrada à metade em oito dias, pelo que o risco de afetar a vida marinha na região é pequeno, segundo a Agência de Segurança Nuclear, que lembrou ainda que está proibido pescar nas águas próximas à central.
Os técnicos da Tokyo Electric Power Company (Tepco), operadora da usina de Fukushima Daiichi, estão estudando várias maneiras de evitar que a radioatividade vaze para o mar, especialmente os isótopos mais longevos do iodo e o próprio plutônio.
A Agência de Segurança Nuclear disse nesta quarta-feira que não há perigo para as pessoas, já que um raio de 20 quilômetros ao redor da central foi evacuado e porque o iodo 131 se diluirá e degradará progressivamente no oceano.
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Delfim: réquiem para os neoliberais. Snif, snif. Já vão tarde

Bye-bye Pinochet e os Chicago Boys

Neoliberalismo nasceu, como se sabe, na ditadura de Pinochet, no Chile, com os Chicago Boys.
Floresceu com Margaret Thatcher, Ronald Reagan (que dupla, hein, amigo navegante ?) e construiu sua Suma Teológica nos mandamentos do “Consenso de Washington”, escrito por um economista de organização americana que trabalhava para bancos.
Aqui, brotou no Governo Collor.
Atingiu a maturidade e, simultaneamente, a senilidade no espaço de oito anos em que o Brasil viveu sob a treva planejante de  Padim Pade Cerra e a liderança do Farol de Alexandria, aquele que iluminou a Antiguidade e foi destruído num terremoto.
Agora, realizam-se as exéquias do neoliberalismo.
O filme “Trabalho Interno”, onde Obama se destaca, revela alguns dos aspectos mais fulgurantes da lógica neoliberal.
Deu no que deu: 2008.
É imperdível.
Ontem e hoje, no Valor, na página dois, e hoje na Folha (*), também na página 2, Delfim Netto se refere a um trabalho sob a regência de Olivier Blanchard (economista chefe do FMI), financiado pelo FMI.
Pelo FMI, amigo navegante !
E aqui os neoliberais pensam que o FMI ainda é aquele, aquele, do tempo em que o Fernando Henrique pedia a bênção ao Clinton – clique aqui para assistir ao vídeo memorável em que Clinton desmoraliza FHC em público e ele não defende o Brasil nem a si próprio.
O trabalho a que Delfim se refere – “Repensando a Política Econômica”, reúne palestras de dois prêmios Nobel: Joseph Stiglitz e Michael Spence, entre outros parvos (bom mesmo é aquele colonista do jornal da Globo que usa gráficos e bissetrizes para defender o Agnelli em nome do sacrossanto “livre mercado”).
Conclusões do estudo que enterra de vez Urubologia:
1) Entre o mercado e o Estado, o pêndulo avançou em direção ao Estado (urubóloga vai ter um troço!)
2) É preciso regular os reguladores;
(Não é à toa que o presidente do BankBoston, o Meirelles, outro falcão neoliberal, pediu “independência” ao embaixador americano.)
3) Aumentar os juros não basta. É preciso levar o PIB (aqui, na terra do Nunca Dantes, se chama de Pibão) em conta;
4) “Política fiscal” é muito mais do que “gastos” menos “receitas”.
5) Nós não sabemos o que é “liquidez”;
Logo, quando os colonistas (**) do PiG falam em “excesso de liquidez” para aumentar os juros, caia na gargalhada !
6) Qual é o problema de aplicar “controle de capitais” ou “política industrial” – desde, é claro, que os jenios do BNDES não queiram inventar outra BrOi – clique aqui para ver como ela afundou gloriosamente.
7) Para onde vamos ?
Só a urubóloga e o colonista do jornal da Globo sabem.
Os autores desse estudo não têm a menor idéia.
Por isso, recomendam pragmatismo e medidas cuidadosas, de pequenos avanços.

Que descansem em paz.
E não nos amofinem mais !

Paulo Henrique Amorim
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Flora: "O mundo está louco. Tem de Irmã Dulce a Hitler"

Claudio Leal, Terra Magazine

"A produtora Flora Gil se assustou com a "loucura do mundo" ao abrir sua caixa de e-mails, na manhã desta terça-feira, 29, para ler uma mensagem de Preta Gil, vítima de racismo do deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ)
No programa CQC, da Band, Preta perguntou a Bolsonaro se ele deixaria seu filho namorar com uma negra. O líder da extrema direita militar reagiu: "Preta, não vou discutir promiscuidade com quer que seja. Eu não corro esse risco, e meus filhos foram muito bem educados e não viveram em um ambiente como, lamentavelmente, é o teu"
Mulher do compositor Gilberto Gil, Flora conta que Preta "está muito abalada com essa história". Mas prefere relatar sua reação ao episódio
- O mundo está louco, a gente tem de Irmã Dulce a Hitler, passando por Mussolini e muitos outros mais. Todos viveram, todos passaram por nós. Basta dizer quem a gente admira, quem a gente não admira.”
Matéria Completa, ::Aqui::
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terça-feira, 29 de março de 2011

Deputado Parsifal Pontes condena censura à Perereca

 No Blog da Perereca

Em excelente postagem, o deputado estadual Parsifal Pontes condenou, na manhã de hoje, a censura imposta a este blog, desde o último dia 24, pela juíza Danielle Silveira.

A Perereca concorda com o deputado: não se discute o direito de quem quer que seja recorrer à Justiça, caso se sinta ofendido por qualquer publicação.
O problema é a censura, que atenta contra direitos elementares de qualquer ser humano, cidadão, sociedade.
Aqui o link da postagem do deputado:

Volto à noite (tenho de sair para ver um advogado) até para agradecer devidamente as manifestações de solidariedade que tenho recebido de todos os que lutam pelas liberdades de expressão e de informação na blogosfera paraense. 
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Adeus Companheiro !

“Todo mundo era bom depois de morrer. Alencar era bom em vida”, chorou Lula

Foi em prantos que a presidenta Dilma e Lula falaram da morte de José Alencar, pouco depois de serem informados pelo médico do ex-vice-presidente. “Todo mundo era bom depois de morrer. Alencar era bom em vida”, chorou Lula. A visita de ambos a Portugal foi encurtada. Lula dedicará a Alencar o título de doutor honoris causa na Universidade de Coimbra, na manhã de quarta-feira, e ambos voltam ao Brasil em seguida. A presidenta cancelou a agenda oficial em Portugal que deveria ocorrer na quarta-feira à tarde.
A presidenta informou que a família de Alencar aceitou que o corpo seja velado no Palácio do Planalto. O governo decretará luto oficial de sete dias.
(com informações do Valor)
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A vida eterna de José Alencar

No Blog da Cidadania

José Alencar Gomes da Silva  (Muriaé,1931 + São Paulo, 2011) foi senador por Minas Gerais e vice-presidente do Brasil de 2003 a 2011. Foi um dos maiores empresários de Minas Gerais. Construiu um império no ramo têxtil, sendo a Coteminas sua principal empresa. Elegeu-se vice-presidente da República na chapa de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003, conseguindo a reeleição em 2006.
Filho de Antônio Gomes da Silva e Dolores Peres Gomes da Silva, começou a trabalhar com sete anos de idade, ajudando o pai em sua loja. Tinha 14 irmãos e irmãs. Quando fez quinze anos, em 1946, foi trabalhar como balconista numa loja de tecidos conhecida por “A Sedutora”. Em maio de 1948, mudou-se para Caratinga para trabalhar na “Casa Bonfim”.
Notabilizou-se como grande vendedor, tanto neste último emprego, quanto no anterior. Ainda durante sua infância, tornou-se escoteiro. Aos dezoito anos, iniciou seu próprio negócio. Contou com a ajuda do irmão Geraldo Gomes da Silva, que lhe emprestou quinze mil cruzeiros.
Em 1950, abriu a sua primeira empresa, denominada “A Queimadeira”, localizada na cidade de Caratinga. Vendia diversos artigos: chapéus, calçados, tecidos, guarda-chuvas, sombrinhas, etc. .
Em 1953 iniciou seu segundo negócio na área de cereais por atacado, ainda em Caratinga. Logo em seguida participou – em sociedade com José Carlos de Oliveira, Wantuil Teixeira de Paula e seu irmão Antônio Gomes da Silva Filho – de uma fábrica de macarrão, a “Fábrica de Macarrão Santa Cruz”.
No final de 1959, seu irmão Geraldo faleceu. Assumiu então os negócios deixados por ele na empresa União dos Cometas. Em homenagem ao irmão, a razão social foi alterada para Geraldo Gomes da Silva, Tecidos S.A.
Em 1963, constituiu a Companhia Industrial de Roupas União dos Cometas, que mais tarde passaria a se chamar Wembley Roupas S.A.
Em 1967, em parceria com o empresário e deputado Luiz de Paula Ferreira, fundou, em Montes Claros, a Companhia de Tecidos Norte de Minas, Coteminas. Em 1975, inaugurava a mais moderna fábrica de fiação e tecidos que o país já conheceu.
A Coteminas cresceu e hoje são onze unidades que fabricam e distribuem os produtos: fios, tecidos, malhas, camisetas, meias, toalhas de banho e de rosto, roupões e lençóis para o mercado interno, para os Estados Unidos, Europa e Mercosul.
Na vida política, foi presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais, presidente da FIEMG (SESI, SENAI, IEL, CASFAM) e vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria. Candidatou-se às eleições para o governo de Minas Gerais em 1994 e, em 1998, disputou uma vaga no Senado Federal, elegendo-se com quase três milhões de votos.
No Senado, foi presidente da Comissão Permanente de Serviço de Infra-Estrutura – CI, membro da Comissão Permanente de Assuntos Econômicos e membro da Comissão Permanente de Assuntos Sociais.
Foi, ao início, um vice-presidente polêmico, ao assumir o cargo em 2003, tendo sido uma voz discordante dentro do governo contra a política econômica defendida pelo ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci, que mantém os juros altos na tentativa de conter a inflação e manter a economia sob controle.
Já a partir de 2004, passou a acumular a vice-presidência com o cargo de ministro da Defesa. Por diversas oportunidades, demonstrou-se reticente quanto à sua permanência em um cargo tão distinto de seus conhecimentos empresariais, mas a pedidos do presidente Lula, exerceu a função até 2006. Na ocasião, renunciou para cumprir as determinações legais com o intuito de poder participar das eleições de 2006.
José Alencar tinha um delicado histórico médico. A partir de 2000, enfrentou um câncer na região abdominal, tendo passado por mais de 15 cirurgias – uma delas com duração superior a 20 horas. Em sua longa batalha contra o câncer, submeteu-se a um tratamento experimental nos Estados Unidos, com resultado inconclusivo. Em 2010, após repetidas internações e intervenções médicas, decidiu desistir de se candidatar ao Senado, por considerar uma injustiça com os eleitores.
No final de seu mandato como vice-presidente, em 2010, apresentou o complexo estado de saúde, sendo até mesmo necessário interromper o tratamento contra o câncer. No dia 22 de dezembro de 2010, foi submetido a uma cirurgia para tentar conter uma hemorragia no abdômen. Voltou a ser internado em março de 2011, vindo a morrer no dia 29 devido a parada cardíaca e falência múltipla dos órgãos.
São poucos os políticos brasileiros que nos fazem chorar quando morrem. José Alencar é um deles.
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Não tenho medo da morte, mas da desonra

QUEM É BOLSONARO



Morre José Alencar. Um lutador incansável

 No Tijolaço

No momento triste da morte de José Alencar, vice-presidente de Lula, nos dois mandatos, reproduzo as palavras ditas sobre ele, em janeiro deste ano, pela Presidenta Dilma Rousseff, que expressam melhor que qualquer texto o significado desta figura que conquistou admiração e respeito de todos, independente de ideologias, pelo seu amor ao Brasil, por sua discreta sinceridade e, sobretudo, por sua tinhosa luta com uma doença que inevitavelmente o derrotaria, mas jamais conseguiu dobrar sua alma e seu otimismo.


 Queria cumprimentar o nosso vice-presidente da República e homenageado hoje, meu querido José Alencar. Ele hoje é, de fato, a figura do protocolo mais importante aqui presente. Importante para cada um de nós, brasileiros e brasileiras que convivemos com ele, e para todos os brasileiros e brasileiras que ao longo de todos esses anos assistiram, vivenciaram a luta tenaz de um homem que não só sobrevive com honradez, vive com energia mas, sobretudo, dá um exemplo de dignidade que deve ser seguido e que é um exemplo para cada um de nós. (…)
Eu estou aqui hoje como presidenta da República, mas, sobretudo, como cidadã brasileira, para homenagear uma pessoa que todos nós sabemos que tem uma profunda dimensão humana. E que todos nós, todo nosso povo, aprendemos a respeitar e admirar.(…)
Eu acho que a gente deve reconhecer a importância deste homem, que saiu de baixo, que construiu um império econômico no Brasil, mas que não perdeu jamais o seu compromisso com a soberania do país e, sobretudo, com o resgate de milhões de brasileiros da pobreza e da miséria. Eu tenho certeza de que, neste momento, nós estamos homenageando um exemplo para as novas gerações do nosso país, no sentido de que o Brasil produz pessoas com essa dimensão, com essas características e com esse caráter.
Ele foi, sem dúvida nenhuma, um grande vice-presidente, ao lado de um grande presidente. Os dois presidentes que não tinham diploma universitário mostraram um compromisso com a educação, como diz o nosso querido presidente Lula, “nunca dantes visto na história deste país”. Lá de Minas, lá do fundo do nosso estado, ele trouxe também aquela sabedoria cotidiana de perceber que o país devia, podia e ia crescer, e foi um parceiro nessa trajetória.
Eu experimentei junto com o José Alencar essa extraordinária experiência, que foi participar do governo do presidente Lula, e convivi diariamente com ele, com a sua generosidade, mas com a sua verve também, com o seu espírito crítico, com a sua capacidade de ajudar cada um de nós e de, junto conosco, construir esse grande desafio que era fazer o Brasil voltar a crescer e, sobretudo, fazer com que o Brasil assumisse uma posição em relação ao conjunto das nações, e, sobretudo, encontrasse aqui dentro do Brasil um lugar para todos os brasileiros e brasileiras.”
Um beijo, José Alencar, muito fraterno, e um grande abraço”.
Que José de Alencar esteja como disse hoje o seu médico, Raul Cutait, um pouco mais cedo:
“O presidente está em uma fase se preparando para descansar. Ele está dormindo, sem dores, confortável com a família dele.”
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AMERICANOS "DEFENDENDO" OS "DIREITOS HUMANOS" NO AFGANISTÂO

As fotos são chocantes e impróprias para menores e pessoas mais sensíveis. 
O pior de tudo é que isso não é novidade. Eles cansaram de fazer isso no Vietnã, na República Dominicana; fazem  no Iraque. Isso para ficar nas regiões em que os yankees atuaram de forma direta. 

É isso que eles querem fazer na Líbia

Quando não praticaram pessoalmente, ensinaram suas técnicas de barbárie a terceiros, como se viu no Chile, na Argentina, na Indonésia, no Congo, na Grécia, no Brasil, etc, etc, etc... 
Para ver fotos da barbárie atual, clique aqui.
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A CORAGEM DA OAB NO PARÁ

A jornalista Ana Célia Pinheiro, do blog A Perereca da Vizinha, que está sendo processada nos juizados cível e criminal pelo desembargador Mílton Nobre, conselheiro do CNJ, não consegue advogado. 
Nem como dativo da OAB/PA, onde ela foi pedir ajuda. 
O Sindicato dos Jornalistas está mudo e quedo

Viva o Pará !!
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O “bocão” de Agnelli na Vale. Mais de R$ 1mi por mês

No Tijolaço

O incansável Paulo Henrique Amorim dá conta, hoje, que Roger Agnelli está tentando evitar que se conheça quanto ganha como presidente da Vale.
A história é provocada pela resolução CVM nº 480/09, que prevê que as companhias abertas – portanto, com ações ao público – divulguem a maior e menor remuneração de suas diretorias.
Os executivos de finanças obtiveram uma liminar suspendendo a regra da Comissão de Valores Mobiliários e a CVM a derrubou, em julho do ano passado. A última informação que obtive é que estaria correndo – ou se arrastando – embargos de declaração à decisão que restaurou a eficácia da resolução.
Mas o PHA está quase certo quando diz que sabe quanto ganha a diretoria da Vale: R$ 80 milhões por ano, como o informou um navegante.
Está quase certo porque este chato tijoleiro aqui já achou o valor exato:  foram pagos, em 2011, exatos R$ R$ 79.418.354 (isso mesmo, quase R$ 80 milhões) aos sete diretores da empresa, entre salários, benefícios em dinheiro e bônus. Não é futrica nem conversa, é documento da Vale, que você pode baixar aqui.
Trocando em miúdos – ou em graúdos – isso dá R$11.345.479,14 por ano para cada um, em média ou a bagatela de R$ 945.456,56 para cada um dos 12 meses do ano. Ah, sim, isso não inclui carro, motorista, plano de saúde, etc, etc…
Mas a imprensa só se interessa em matérias sobre o “escândalo” dos salários dos diretores da petrobras, que ganha 30 e poucas vezes menos que os diretores da Vale. Cerca de R$ 30 mil, bem abaixo do mercado de altos executivos.
E como o D. Roger Agnelli, como presidente, deve ter uma remuneração maior que os demais diretores, é modesto estimar que a boca rica lhe rende algo acima de R$ 1,3 milhão por mês.
Dá para entender agora como é forte a “relação afetiva” de Agnelli com o cargo?
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Preta Gil vai processar Bolsonaro.

No programa CQC,  da Band. 

A cantora Preta Gil, filha do grande Gilberto Gil, perguntou o que ele faria se um de seus filhos casasse com uma negra. Bolsonaro respondeu que os filhos dele são bem educados e “não viveram num lar promíscuo como o dela”. 
Porque promíscuo? Porque era de negros, como Gil? 
Bolsonaro, como deputado, não está acima das leis. E, graças a Deus, uma das leis é a que faz do racismo um crime inafiançável. 
A Constituição que este senhor jurou diz que racismo é crime. 
Se não é crime, meu Deus, defender como ele faz a tortura, a prisão e o homicídio políticos praticados pela ditadura, então que seja crime o racismo. 
Ou vamos ter de ver os deputados da direita dizerem que não estão criticando os negros, mas os “morenos escuros”, como disse outro dia um parlamentar do DEM em relação ao Ministro Joaquim Barbosa, do STF?
Nem sei se uma retratação do Deputado Bolsonaro, a esta altura, é suficiente. Vejamos se o Ministério Público, tão cioso da letra da lei ao enfrentar a esquerda, tem a coragem de enfrentar a direita… 

PS. Vejo, pelo Twitter, que Preta Gil já acionou advogados para processar Bolsonaro. Parabéns, é a atitude digna e civilizada. Conte com meu apoio militante.

Assista ao vídeo que poderia se intitular “Não, não somos homofóbicos nem racistas”:

O petróleo, ainda ele

por Tiberio Alloggio (*)

Quando o muro de Berlim caiu, até aqueles como eu, que achavam que sua queda não fosse apenas o resultado da fome de democracia, mas sim da globalização, não tiveram nenhuma saudade de Stalin, Breznev e do Império Soviético.
Por isso, da mesma forma, não vamos hoje chorar por Kadafi, mesmo sabendo que amanhã poderemos nos acordar com mais um fantoche parido por mais uma guerra “humanitária” do imperialismo norte-americano.
Portanto, além de prestar nossa maior solidariedade à rebelião na Líbia, que se somou a esperança da “primavera árabe”, devemos também redobrar nossa atenção para os movimentos imperiais das grandes potências. Afinal no Egito, a nova constituição não correspondeu em nada às exigências das mobilizações populares. Enquanto na própria Tunísia, ainda persiste um clima de confusão em relação aos desfechos democráticos. Infelizmente, em ambos os países, a rebelião ainda está longe de se tornar uma “revolução”.
Nesse contexto, o drama líbio aparece ainda mais complicado. E a piorar a situação, eis aí a intervenção militar, apesar da oposição de Alemanha, Rússia, Índia, China e do Brasil.
Sem chorar para Kadafi, então, mas também sem as hipocrisias que preenchem as análises dos meios de comunicação, nessa guerra ideológica e midiática que acompanha a batalha pelo controle do petróleo da Líbia.
Isso ficou claro nas palavras do presidente Obama quando, em terra brasileira, deflagrou o conflito declarando: “Não estamos entrando numa guerra, apenas estamos cumprindo uma ação humanitária autorizada pelo Conselho de Segurança da ONU”. Foi dessa forma hipócrita que começou a verdadeira guerra da Líbia.

De novo aquele velho cheiro de enxofre, exalado da nação supostamente “mais democrática do mundo”, que embora use e abuse de “desodorantes”, continua entupindo o nosso nariz com seu prepotente fedor.
Se o Brasil teve a coragem de se abster na ONU contra mais uma loucura do Império, o “Prêmio Nobel” Barack Obama, em plena visita ao Brasil, teve a insolência de ordenar os bombardeios na Líbia. Uma afronta ao Brasil.
Uma chuva de “bombas humanitárias” justificada como proteção ao povo líbio, mesmo na evidência que nunca houve negociação com a Líbia, e sem nenhuma missão diplomática da ONU. Enfim, na total ausência de uma pressão diplomática real, que impusesse o cessar dos combates em solo líbio.
Uma enorme desproporção entre as palavras e os fatos, que obrigou a Liga Árabe a voltar atrás, colocando em discussão a “interpretação” dada ao artigo 41 da resolução que autorizou a missão militar.“O que queremos é a proteção dos cidadãos, não o bombardeio de outros cidadãos”.
Uma fúria essa dos Obama, Sarkozy e Cameron da vida, que não se justifica com a queda de ditador nenhum e ainda mais com a defesa dos direitos humanos. Se essa é a defesa dos “direitos humanos” por que não bombardeiam também o Yemen? E o Bahrein?
A sorte da Líbia de ter o petróleo se tornou agora a sua desgraça, especialmente hoje, após o apocalipse nuclear japonês, que tornou “ouro negro” ainda mais vital para a economia do Império.
É a revigoração do velho imperialismo, para o qual o petróleo tornou-se um produto maximamente imperial, desencadeando a cobiça de norte-americanos e anglo-franceses.
Se até ontem a Líbia de Kadafi não passava de um empecilho (como tantos outros) que o Império podia suportar, agora, na onda da rebelião líbia, tornou-se uma gorda ocasião para fechar a parêntese kadafiana. Uma oportunidade única para a “redistribuição” do “ouro negro” entre os “libertadores”.
Ainda não dá para para dizer como se dará a repartição do butim líbio entre as grandes potências, pois temos consciência que “para o pior, nunca existe fim”.
Mas uma coisa já dá para afirmar: Barack Obama não passa de um George W. Bush Jr. disfarçado atrás de um sorriso sonso. A lógica é a mesma. A única diferença entre eles é a cor da pele.
O Brasil, que se cuide. Amazônia e pré-sal estão aqui. Arnold Schwarzenegger também.
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* Sociólogo, reside em Santarém. Escreve regularmente no Blog do Jeso.
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Lula no Uruguai: ‘Norte pode estar no Sul’

No Escrevinhador

Recebo de uma pesoa muito próxima, que é funcionária de carreira do Itamaraty e ajuda a construir na prática a integração latino-americana, o histórico discurso de Lula no aniversário de 40 anos da Frente Ampla.
Vale a pena ser lido na íntegra. É um aperitivo do que Lula pode fazer nos próximos anos. Enquanto Dilma ocupa o centro, Lula entra de cabeça nas articulações da esquerda sul-americana. Lula é um líder maior do que o Brasil. E tem consciência do papel que pode exercer.
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Queridos companheiros e companheiras
Estou profundamente honrado por ter sido convidado para dirigir-lhes a palavra neste ato de comemoração dos 40 anos da Frente Ampla.
Quero iniciar recordando um dezembro de 1993, quando vim pela primeira vez ao Uruguai. Estava me preparando para ser, pela segunda vez, candidato a Presidente da República. Precisei concorrer mais duas vezes para ser eleito!
Naquele dezembro de 1993, quando tive a oportunidade de sentir de perto a afetuosa hospitalidade deste país, conheci muitos companheiros frenteamplistas, que hoje aqui estão, como os fraternos amigos Tabaré Vázques e Pepe Mujica. Mas conheci, igualmente, um grande companheiro, que não mais está entre nós.  Refiro-me ao inesquecível Líber Seregni, a quem presto hoje minha homenagem, como um dos maiores valores da Frente Ampla, da história do Uruguai e de toda a América Latina.
Dirigentes e militantes da Frente Ampla, nestas últimas décadas, a Frente Ampla mudou o panorama da política uruguaia, até então dominado por um sistema bi-partidário que não mais correspondia à evolução da sociedade. Sua presença na cena nacional deu à política deste país uma nova qualidade. Sei que seus militantes pagaram muitas vezes um alto preço por sua coerência e determinação durante o regime ditatorial, que infelicitou este país nos anos setenta e oitenta. Mas sei, também, que a Frente foi fator decisivo no processo de democratização política do Uruguai, já muito antes de conquistar a Presidência da República.  Suas mobilizações foram fundamentais para impedir que a onda neo-liberal, que se abateu sobre todo nosso continente, prevalecesse no Uruguai.
Não fosse a luta da Frente Ampla, não fosse a resistência do movimento sindical e dos movimentos sociais, o Estado uruguaio teria sido desmontado pelos insensatos adoradores do mercado. Aqueles senhores que, em grande parte da América Latina, conseguiram privatizar o patrimônio público, desorganizar nossas economias, aumentar a pobreza e comprometer a soberania nacional. Aqui, felizmente, eles não tiveram o êxito que esperavam. Em muitos de nossos países, eles deixaram um rastro de estagnação econômica e exclusão social. Pior do que isso, agravaram a inflação que pretendiam combater e aprofundaram  nossa vulnerabilidade externa.
O povo uruguaio, com a intervenção crucial da Frente Ampla, não permitiu que isso acontecesse. Que fosse entregue às gerações futuras deste país um Estado raquítico, incapaz de regular democraticamente a economia e de promover o desenvolvimento. Mas nossa região mudou.
 Hoje, há uma nova América do Sul. Um continente que ergueu a cabeça, libertou-se das tutelas internacionais e resgatou a sua soberania. Um continente que recuperou a autoestima e voltou a acreditar em si mesmo, em sua capacidade de tornar-se cada vez mais próspero e justo.
Leia a matéria completa »
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A homenagem a Lula em Lisboa


O ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva vai receber hoje na Assembleia da República, em Lisboa, o Prémio Norte-Sul, atribuído pelo Centro Norte-Sul do Conselho da Europa. A homenagem, que Lula receberá ao lado de Louise Arbour, presidente do International Crisis Group, a outra galardoada, antecederá outra importante distinção, a de doutor honoris causa pela Universidade de Coimbra.
O Prémio Norte-Sul distingue anualmente personalidades que, pela sua acção e exemplo, contribuem para a promoção da solidariedade e interdependência mundiais. Lula foi escolhido este ano, segundo o Centro Norte-Sul, pelo dinamismo que imprimiu às relações Sul-Sul e por ter conduzido uma política externa apostada em promover à escala mundial a luta contra a pobreza, o desenvolvimento económico e a igualdade social.
Amanhã, Lula receberá em Coimbra o doutoramento honoris causa pela Faculdade de Direito, uma honra que, há anos, seria inimaginável para um operário pobre e pouco instruído. Um dos símbolos dessa ligação definitiva que Lula passará a ter com uma das mais antigas universidades europeias é um anel de ouro português. Criado pelo joalheiro António Cruz, o anel, maior do que o usual para estes casos, tem 13 gramas de ouro e um rubi cor de sangue de pombo, remetendo para as insígnias vermelhas do Direito.
A seu lado, amanhã, Lula terá outra mulher que faz história no mundo, a actual presidente do Brasil. Dilma Rousseff efectua uma visita de três dias a Portugal, a convite do homólogo Cavaco Silva. A presidente visita hoje, a título particular, a Universidade Coimbra, estando também presente amanhã na cerimónia de doutoramento do seu antecessor. De regresso a Lisboa, Dilma encontra-se com o presidente da República e com o primeiro-ministro José Sócrates.
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segunda-feira, 28 de março de 2011

Chávez, pelo próprio Chávez

Em baixo, uma fala do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, sobre a ação militar na Líbia.
Clara, precisa, inquestionável.
Embora seja apresentado quase como um louco, Chávez se expressa de uma maneira simples, lúcida, didática e direta. 

RELAXE E GOZE

Japoneses e Alemães pedem fim do uso de energia nuclear

Primeiros protestos em Tóquio e Nagoya pedem o encerramento de todas as centrais nucleares no Japão.

Os manifestantes pediram ao governo que mude de política e adote fontes de energia renováveis em vez da energia nuclear.

Exigiram também que seja divulgada mais informação sobre o acidente nuclear e que se assumam mais responsabilidades por aquilo que aconteceu desde o sismo e o tsunami que abalaram o país a 11 de Março.

Nas quatro maiores cidades da Alemanha, mais de 200 mil pessoas foram às ruas protestar contra o uso da energia nuclear.
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PT do Pará perde INCRA

No Blog do Hiroshi Bogéa

A nomeação do agrônomo Celso Lacerda, paulista de Tupã,  para ocupar a presidência do Incra, não impõe apenas derrota ao PT paraense que brigava, em Brasília, para emplacar Cassio Pereira. O novo dirigente recebeu recomendação expressa de Dilma Roussef para modernizar a estrutura administrativa do instituto.
Há, inclusive, circulando entre alguns técnicos do Incra, minuta de texto explicitando detalhes de algumas mexidas, entre elas, a necessidade de manter sob total controle as superintendências regionais da instituição.
É provável que os futuros superintendentes não sejam mais nomeados por indicação política.
O próprio Lacerda, em sua primeira entrevista, assegurou ter recebido missão da Presidência da República para mudar tudo dentro do Incra, transformando-o em órgão eficiente voltado a liderar um dos programas de combate à miséria.
 Se isto ocorrer, a farra de distribuição sem critérios de recursos para a Reforma Agrária,  chegou ao fim.
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Urânio empobrecido, a estranha forma de proteger os civis líbios

No Carta Capital: David Wilson, no Stop the War Coalition

Nas primeiras 24 horas de bombardeios a Libia, os aliados gastaram 100 milhões de libras esterlinas em munição dotada de ponta de urânio empobrecido. Trata-se de um resíduo do processo de enriquecimento de urânio que é utilizado nas armas e reatores nucleares, sendo uma substância muito valorizada no exército por sua capacidade para atravessar veículos blindados e edifícios.  

Esse urânio empobrecido pode causar danos renais, câncer de pulmão, câncer ósseo, problemas de pele, transtornos neurocognitivos, danos genéticos em bebês e síndromes de imunodeficiência, entre outras doenças
“Os mísseis que levam pontas dotadas de urânio empobrecido se ajustam à perfeição à descrição de uma bomba suja...Eu diria que é a arma perfeita para assassinar um monte de gente” Marion Falk, especialista em física e química (aposentada), Laboratório Lawrence Livermore, Califórnia (EUA).
Nas primeiras vinte e quatro horas do ataque contra a Líbia, os B-2 dos EUA lançaram 45 bombas de 2 mil libras de peso cada uma (um pouco menos de uma tonelada). Estas enormes bombas, junto com os mísseis de cruzeiro lançados desde aviões e navios britânicos e franceses, continham ogivas de urânio empobrecido.
O DU (urânio empobrecido, na sigla em inglês) é um resíduo do processo de enriquecimento de urânio que é utilizado nas armas e reatores nucleares. Trata-se de uma substância muito pesada, 1,7 vezes mais densa que o chumbo, muito valorizada no exército por sua capacidade para atravessar veículos blindados e edifícios. Quando uma arma que leva uma ponta de urânio empobrecido golpeia um objeto sólido, como uma parte de um tanque, penetra através dele e depois explode formando uma nuvem quente de vapor. Esse vapor se transforma em um pó que desce ao solo e que é não só venenoso, mas também radioativo.
Um míssil com urânio empobrecido quando impacta algo sólido queima a 10.000°C. Quando alcança um objetivo, 30% dele fragmentam-se em pequenos projéteis. Os 70% restantes se evaporam em três óxidos altamente tóxicos, incluído o óxido de urânio. Este pó negro permanece suspenso no ar, e dependendo do vento e das condições atmosféricas pode viajar a grandes distâncias. Se vocês pensam que Iraque e Líbia estão muito distantes, lembrem-se que a radiação de Chernobyl chegou até Gales.
É muito fácil inalar partículas de menos de 5 micra de diâmetro, que podem permanecer nos pulmões ou em outros órgãos durante anos. Esse urânio empobrecido inalado pode causar danos renais, câncer de pulmão, câncer ósseo, problemas de pele, transtornos neurocognitivos, danos genéticos, síndromes de imunodeficiência e estranhas enfermidades renais e intestinais. As mulheres grávidas expostas ao urânio empobrecido podem dar à luz a bebês com deformações genéticas. Uma vez que o pó se vaporiza, não cabe esperar que o problema desapareça. Como emissor de partículas alfa, o DU tem uma vida média de 4,5 milhões de anos.
No ataque da operação “choque e pavor” contra o Iraque foram lançadas, somente sobre Bagdá, 1.500 bombas e mísseis. Seymour Hersh afirmou que só o terceiro comando de aviação dos Marines dos EUA lançou mais de “quinhentas mil toneladas de munição”. E tudo isso carregava pontas de urânio empobrecido.
A Al Jazeera informou que as forças invasoras estadunidenses dispararam 200 toneladas de material radioativo contra edifícios, casas, ruas e jardins de Bagdá. Um jornalista do Christian Science Monitor levou um contador Geiger até zonas da cidade que sofreram uma dura chuva de artilharia das tropas dos EUA. Encontrou níveis de radiação entre 1.000 e 1.900 vezes acima do normal em zonas residenciais. Com uma população de 26 milhões de habitantes, isso significa que os EUA lançaram uma bomba de uma tonelada para cada 52 cidadãos iraquianos, ou seja, uns 20 quilos de explosivos por pessoa.
William Hague, Secretário de Estado de Assuntos Exteriores britânico, disse que estávamos indo a Líbia “para proteger os civis e as zonas habitadas por civis”. Vocês não têm que olhar muito longe para ver a quem e o que está se “protegendo”.
Nas primeiras 24 horas, os aliados gastaram 100 milhões de libras esterlinas em munição dotada de ponta de urânio empobrecido. Um informe sobre controle de armamento realizado na União Europeia afirmava que seus estados membros concederam, em 2009, licenças para a venda de armas e sistemas de armamento a Líbia no valor de 333.357 milhões de euros. A Inglaterra concedeu licenças às indústrias bélicas para a venda de armas a Líbia no valor de 24,7 milhões de euros e o coronel Kadafi pagou também para que a SAS (sigla em inglês do Serviço Especial Aéreo) para treinar sua 32ª Brigada.
Eu aposto que nos próximos 4,5 milhões de anos, William Hague não irá de férias ao Norte da África.

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Síria: revolta popular e violência continuam. 7 mortos em Latakia

Wálter Fanganiello Maierovitch, Terra Magazine

“A família Assad está no poder há 40 anos.

Dois anos depois do golpe militar promovido na Líbia pelo capitão Muammar Kadafi, o então general Hafez el Assad chegou, pela força e apoio do grupo alawita do partido Baath, a chefe de estado e de governo da Síria.
Foram diversas as causas que conduziram ao poder Kadafi e Hafez.
Na Líbia, o rei não sabia como tratar em favor do seu povo a questão comercial do “ouro negro”, ou seja do petróleo. Na Síria, o regime era frágil a ponto de ter perdido, humilhantemente, uma batalha contra as tropas blindadas do rei Hussein da Jordânia.
Hafez el Assad chegou ao poder em 1970 mediante golpe militar chamado “ Revolução Corretiva”.
De câncer, Hafez faleceu no ano 2000. Mas, deixou a sucessão traçada para o seu filho Bashar Assad, nascido em 11 de setembro de 1965 e então estudante de oftalmologia em Londres. O escolhido pelo pai, inicialmente, era o primogênito Bassel Assad, morto num acidente.
A chamada “Primavera Árabe” começou na Tunísia e, num efeito dominó, derrubou também o ditador do Egito.
As revoltas estão sendo sentidas, ainda, no Yemên, Omã, Arábia Saudita, Jordânia, Líbia, Marrocos, Argéliae Bahrein e Síria.
Na Síria, o foco inicial da revolta popular por reformas democráticas ocorreu na cidade de Dera´a. Os manifestantes destruíram a estátua de Hafez el Assad, considerado pelo regime como o “pai da pátria síria”. Da cidade de Dera’a, o inconformismo popular se espalhou para Damasco, Jabla, Latakia, Sleibe, Hama, Homs e Sanamayn.”
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