sábado, 30 de novembro de 2013

DATAFALHA DEVE TRAZER BOAS NOTÍCIAS A DILMA


Pesquisa que será divulgada na edição de amanhã da Folha de S. Paulo e no fim da tarde de 
hoje no Uol  apurou que a presidente abriu mais cinco pontos de vantagem, tomando espaço de 
Aécio Neves e Eduardo Campos.

247 - A presidente Dilma Rousseff está prestes a receber uma ótima notícia, neste sábado. Pesquisa Datafolha, que estará amanhã na edição da Folha de S. Paulo e hoje ainda no portal Uol, revelará que ela abriu mais cinco pontos de vantagem em relação a seus principais adversários na corrida presidencial, o tucano Aécio Neves e o socialista Eduardo Campos.
Na pesquisa anterior, divulgada no dia 12 de outubro pelo Datafolha, Dilma tinha 42%, contra 21% de Aécio Neves e 15% de Eduardo Campos. Ela já vencia no primeiro turno, mas por uma margem não tão confortável.
O que se sabe, neste momento, em relação ao levantamento que será divulgado hoje, é que ela cresceu, tirando votos tanto de Aécio como de Campos.
Sabe-se ainda que, nas simulações do Datafolha com outros candidatos, como Marina Silva e José Serra, o quadro não se altera. Dilma também os venceria em primeiro turno.
Ainda hoje, os números oficiais serão divulgados aqui.
Para Dilma, essa nova vantagem chega num momento importante, em que ela amarra com o PMDB as alianças regionais e os palanques em todos os estados – neste sábado, ela se reuniu com o ex-presidente Lula, com o vice Michel Temer e com o presidente do PT, Rui Falcão, para definir esses acordos.
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Ex-diretor do Metrô acusado de corrupção recebeu R$ 33 mi de governos do PSDB por ‘consultoria’


ASSALTANTES DE TRENS

A Focco Tecnologia, empresa de ex-diretores da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) suspeitos de envolvimento com o cartel metroferroviário em São Paulo, foi a segunda maior doadora da campanha do vereador tucano Mário Covas Neto, o Zuzinha, em 2012.
A consultoria também deu dinheiro, em menores quantidades, a outros políticos do PSDB na campanha de 2010, que hoje estão no primeiro escalão do governo Geraldo Alckmin (PSDB): o secretário estadual de Meio Ambiente e deputado estadual licenciado Bruno Covas e o secretário estadual de Energia e deputado federal licenciado, José Aníbal.
Sócios da empresa, os ex-diretores da CPTM João Roberto Zaniboni e Ademir Venâncio de Araújo foram indiciados pela Polícia Federal sob suspeita de corrupção, lavagem de dinheiro, formação de cartel e crime financeiro. Zaniboni foi condenado pela Justiça da Suíça por lavagem de dinheiro.
A Focco já recebeu R$ 32,9 milhões do governo paulista entre 2010 e 2013 por serviços de consultoria. Ela assinou contratos para "supervisão de projetos" com CPTM, Metrô, Agência Reguladora de Transportes do Estado (Artesp), Secretaria de Transportes Metropolitanos e Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU).
A PF aponta Zaniboni e Araújo como "intermediários no pagamento de propinas" para beneficiar cartel no sistema metroferroviário suspeito de atuar nos governos tucanos de Mário Covas, Geraldo Alckmin e José Serra.
Zuzinha e Bruno Covas são, respectivamente, filho e neto do ex-governador Mário Covas. Este era o governador em 1998, ano em que a multinacional alemã Siemens sustenta ter começado a operar o cartel no setor metroferroviário do Estado. Covas morreu em 2001, foi sucedido pelo então vice, Alckmin, atual governador, que terminou o seu mandato.
A Focco doou R$ 50 mil para Zuzinha em 2012, ano da primeira campanha do filho de Covas. Era a segunda maior doadora do total de R$ 904,7 mil que o vereador declarou ter recebido. Ele ficou em oitavo lugar nas eleições, com 61 mil votos, e assim conquistou uma das 55 cadeiras do Legislativo municipal.
Em 2010, a consultoria de Zaniboni e Araújo já havia doado para as campanhas do sobrinho de Zuzinha, Bruno Covas, e de José Aníbal. Bruno acabaria se tornando o deputado estadual mais votado, com 239.150 votos. Ele contou com uma doação de R$ 2 mil, e Aníbal com uma de R$ 4 mil.
O atual secretário de Energia do Estado ainda recebeu uma doação de R$ 2 mil do consultor Arthur Teixeira, apontado pelo Ministério Público como lobista do cartel. Aníbal foi eleito como o 19.º deputado federal mais bem votado, com 170.957 votos.
Desligamento. Zaniboni e Araújo, sócios da Focco, foram os primeiros agentes públicos a serem indiciados pela Polícia Federal no inquérito que investiga o cartel dos trens - há outros indiciamentos envolvendo o cartel, mas no setor de energia.
Zaniboni foi diretor de Operações e Manutenção da CPTM entre 1999 e 2003, e Araújo foi diretor de Obras e Engenharia da estatal entre 1999 e 2001. Zaniboni se tornou sócio da Focco em 2008, quando já estava fora da estatal do governo tucano. Após ter seu nome envolvido com o escândalo do cartel, em agosto deste ano, ele deixou a sociedade com Araújo.As informações são do jornal O Estado de São Paulo
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ACADÊMICOS DA UFOPA PROTESTAM NA RUA. O XÔ AO ALDO E SEIXAS COMEÇOU.


Acadêmicos da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) interditaram, na tarde de sexta-feira (29), a avenida Mendonça Furtado, em frente ao campus Amazônia, no bairro Caranazal.
Eles interromperam o trânsito colocando um carro atravessado na avenida. A Polícia Militar esteve no local para manter a ordem.
A manifestação foi em protesto contra a demora na homologação do resultado da consulta acadêmica para a escolha da nova reitora, que elegeu Raimunda Monteiro, da chapa “Gestão participativa com excelência” como nova reitora da instituição.
Os acadêmicos decidiram ocupar o prédio da instituição na próxima semana.
Em nota enviada à imprensa na quinta-feira (28), o reitor da Ufopa e presidente do Conselho Universitário (Consun), Seixas Lourenço, esclareceu que a reunião do dia 25 de novembro, que tinha a finalidade de homologação do processo eleitoral e elaboração da lista tríplice, foi suspensa por decisão judicial até o julgamento de todos os recursos. Na nota, o reitor informa que recebeu na quinta-feira (28), as contrarrazões da chapa vencedora “Gestão participativa com excelência”, contestando o recurso da chapa perdedora “Orgulho de ser Ufopa” que foram encaminhadas ao relator designado para apresentar um parecer conclusivo.
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A opinião pública como gado

Arquivo
O documentado condomínio entre o PSDB, cartéis e a prática sistêmica de sobrepreço nas 
licitações do metrô paulista era do conhecimento da mídia desde 2009.

por: Saul Leblon 

A régua seletiva da emissão conservadora vive mais uma quadra de exibição pedagógica.
Vísceras, troncos e membros do grupo proprietário do Hotel Saint Peter, em Brasília, no qual trabalhará o ex-ministro José Dirceu, por apreciáveis R$ 20 mil, diga-se – se fossem R$ 5 mil ou R$ 10 mil as suspeitas seriam menores?-- estão sendo trazidos a público em cortes sugestivos.
Chegam desossados e moídos.
Salgados e pré-cozidos, basta engolir, sendo facilmente digeríveis em sua linearidade.
Sem guarnição, recomenda o chef.
Assim costuma ser, em geral, com as informações que formam o cardápio de fatos ou acusações relacionados ao PT.
Uma farofa seca de areia com arame farpado.
E assim será com o exercício do regime semiaberto facultado ao ex-ministro.
A lente da suspeição equivale desde já a um segundo julgamento.
Com as mesmas características do primeiro.
Recorde-se o jornalismo associado ao crime organizado que não hesitou em invadir o quarto de hotel do ex-ministro, em Brasília, para instalar aparelhos de escuta, espionar gente e conversas no afã de adicionar chibatadas ao pelourinho da AP 470.
O cenário esquadrejado em menos de uma semana –o emprego foi contratado na última 6ª feira— diz que não será diferente agora.
O dono do hotel é filiado a partido da base do governo (PTN), revela a Folha. Tem negócios na área da comunicação. Uma de suas emissoras, a Top TV, com sede em Francisco Morato (SP), conquistou recentemente o direito de transferir a antena para a Avenida Paulista.
Suspeita.
A Anatel informa que não, a licença foi antecedida de audiência pública. Sim, mas a Folha desta 5ª feira argui tecnicalidades, cogita riscos de interferência em outros canais etc
Não só.
Dono também de rádios, o empregador de Dirceu operou irregularmente uma antena instalada em terraço do Saint Peter, diz o jornal ainda sem mencionar o andar.
Deve ser o 13º.
A mesma Folha investiga ainda encontros do empresário --membro de partido da base aliada-- com o ministro Paulo Bernardo. Da Comunicação. A esposa do ministro é pré-candidata ao governo do Paraná..
Vai por aí a coisa.
Alguém com o domínio de suas faculdades mentais imaginaria que o ex-ministro José Dirceu, um talismã eleitoral lixiviado há mais de cinco anos no cinzel conservador, obteria um emprego em qualquer latitude do planeta sem a ajuda de aliados ou amigos?
O ponto a reter é outro.
Avulta dessa blitzkrieg uma desconcertante contrapartida de omissão: quando se trata de cercar pratos compostos de personagens e enredos até mais explosivos, extração diversa, impera a inapetência investigativa.
O braço financeiro da confiança de José Serra, Mauro Ricardo, seria um desses casos de inconcebível omissão se as suas credenciais circulassem na órbita do PT?
A isso se denomina jornalismo de rabo preso com o leitor?
Tido como personalidade arestosa, algo soberba, Mauro Ricardo reúne predicados e rastros que o credenciariam a ser um ‘prato cheio’ do jornalismo investigativo.
O economista acompanha Serra desde quando o tucano foi ministro do Planejamento (1995/96); seguiu-o na pasta da Saúde (1998/2002), sendo seu homem na Funasa, de cujos funcionários demitidos Serra ganharia então o sonoro apelido de ‘Presidengue’, na desastrosa derrota presidencial de 2002.
Nem por isso Mauro Ricardo perdeu a confiança do chefe, sendo requisitado por Serra quando este assumiu a prefeitura de São Paulo, em 2004/2006, ademais de acompanha-lo, a seguir, no governo do Estado.
Quando o tucano foi derrotado pela 2ª vez nas eleições presidenciais de 2010, Mauro Ricardo voltou ao controle do caixa da prefeitura, sob a gestão Kassab.
Esse, o trajeto da caneta que mandou arquivar as investigações contra aquilo que se revelaria depois a maior lambança da história da administração pública brasileira: o desvio de R$ 500 milhões do ISS de São Paulo, drenados ao longo do ciclo Serra/Kassab por uma máfia de fiscais sob a jurisdição de Mauro Ricardo.
O que mais se sabe sobre esse centurião?
Muito pouco.
Seus vínculos, eventuais negócios ou sócios, círculos de relacionamento e histórias da parceria carnal com o candidato de estimação da mídia conservadora nunca mobilizaram esforço investigativo equivalente ao requisitado na descoberta de uma antena irregular num terraço do Hotel Saint Peter, em Brasília.
Evidencia-se a régua seletiva.
Que faculta ao tucano Aécio –e assemelhados- exercitar xiliques de indignação ante as evidências de uma fusão estrutural entre o tucanato de SP, cartéis multinacionais e a prática sistêmica de sobrepreço nas compras do metrô paulista - desde o governo Covas.
Dados minuciosos do longevo, profícuo matrimônio, são conhecidos e circulam nos bastidores da mídia, de forma documentada, desde 2009.
Quem confessa é o jornal Folha de SP desta 5ª feira.
Repita-se, o repórter Mario Cesar Carvalho admite, na página 11, da edição de 28/11/2003 do jornal, que se sabia desde 2009 da denúncia liberada agora pelo ‘Estadão’ –cujo limbo financeiro pode explicar a tentativa de expandir o universo leitor com algum farelo de isenção.
Por que em 2009 esse paiol não mereceu um empenho investigativo ao menos equivalente ao que se destina aos futuros empregadores de José Dirceu?
O calendário político da Folha responde.
Em 2010 havia eleições presidenciais; o jornal preferiu investir na ficha falsa da Dilma a seguir os trilhos do caixa 2 tucano em SP.
No seu conjunto, a mídia tocava o concerto do ‘mensalão petista’. Dissonâncias não eram, nem são bem-vindas.
Transita-se, portanto, em algo além do simples desequilíbrio editorial.
Temas ou versões conflitantes com a demonização petista mereceram, ao longo de todos esses anos, o destino que lhes reserva a prática dos elegantes manuais de redação: ouvir o outro lado, sem nunca permitir que erga a cabeça acima da linha da irrelevância.
Assim foi, assim é.
Só agora – picados e salgados os alvos em praça pública-- o pressuroso STF lembrou-se de acionar o Banco do Brasil para cobrar o suposto assalto aos ‘cofres públicos’ da AP 470.
Pedra angular das toneladas de saliva com as quais se untou os autos do maior julgamento-palanque da história brasileira, só agora, encerrado o banquete, cogita-se do prato principal de R$ 70 milhões esquecido na cozinha?
O esquecimento serviu a uma lógica.
Até segunda ordem, perícia rigorosa providenciada pelo BB ofereceu uma radiografia minuciosa de recibos e provas materiais dando conta do uso efetivo do dinheiro nas finalidades de patrocínio e publicidade contratadas.
O documento capaz de trincar a abóboda da grande narrativa conservadora, nunca mereceu espaço à altura de seus decibéis no libreto dominante.
Ao mesmo tempo, o que a Folha admite agora, como se isso mitigasse o escândalo do metrô (‘Papéis que acusam o PSDB circulam há mais de quatro anos’) corrobora a percepção de que estamos diante de uma linha de coerência superlativa.
Ela traz a marca de ferro do que de pior pode ostentar quem se evoca a prerrogativa da informação isenta.
‘Cumplicidade’ diz o baixo relevo inscrito nas páginas e na pele daqueles que ironicamente, destinaram à opinião pública, durante todos estes anos, o livre discernimento que se dispensa ao gado na seringa do abate.
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O legado da família Perrella para o futebol e a sociedade mineira



O texto abaixo, da Placar, é de autoria do jornalista Breiller Pires, que cobre o futebol mineiro para a revista.

O curioso caso do helicóptero que transportava 445 kg de pasta base de cocaína fez o nome da família Perrella voltar às páginas dos jornais.
Depoimentos preliminares do piloto, do senador Zezé e do deputado Gustavo, dono da aeronave, apontam que a droga pertence… ao helicóptero! Intrigante.
Enquanto o helicóptero não apresenta sua versão, vale relembrar parte do legado dos Perrella para a sociedade e o futebol mineiro:
• Após uma dinastia de 17 anos, revezando-se com irmão Alvimar no poder do Cruzeiro, Zezé deixou o clube em 2011 à beira do rebaixamento e um rombo de mais de 30 milhões de reais nas finanças.
• Em julho do mesmo ano, ele havia assumido uma cadeira no Senado depois da morte de Itamar Franco, com salário de 26 723 reais. Remuneração insuficiente para fazê-lo atuar com vigor no Congresso. Passou mais de um mês desfrutando da boa vida de suplente.
• Além de ter usado o Cruzeiro como plataforma eleitoral, deu uma mãozinha para o filho Gustavo, que foi nomeado vice de futebol no fim de 2009, posou ao lado de reforços e simplesmente desapareceu do clube depois de ser eleito deputado estadual em 2010.
• O feito mais notório de Gustavo na Toca da Raposa foi ter fechado uma parceria com o Nacional de Nova Serrana. Coincidência ou não, a cidade tornou-se seu segundo maior reduto eleitoral depois de Belo Horizonte, onde conquistou 6 300 votos.
• Na Assembleia, Gustavo utilizou sua posição para agradar apoiadores de longa data do pai. Empregou o atual vice-presidente do Cruzeiro, José Maria Queiroz Fialho, em seu gabinete, com salário superior a 5 000 reais. Fialho, a propósito, é sócio do tio Alvimar em uma empresa do setor alimentício.
• A prática de empregar conhecidos era comum na gestão de Zezé Perrella no Cruzeiro. Um de seus apadrinhados mais conhecidos foi o ex-diretor de futebol Dimas Fonseca, que recebia aproximadamente 90 000 reais do clube. Não por acaso, o gasto celeste com funcionários bateu recordes em sua administração: 60 milhões de reais por ano.
• Sobre apadrinhamentos, Perrella disse à revista PLACAR em 2012: “Eu não faço média. Prefiro colocar uma pessoa em quem eu confio para trabalhar comigo”.
• Durante os últimos quatro anos sob gestão de Zezé, a dívida do Cruzeiro subiu de 85 para 112 milhões de reais. Embora conseguisse arrecadar mais de 30 milhões por ano com venda de jogadores, seu mantra no futebol, o cartola não conseguiu evitar déficits anuais em cifras igualmente graúdas. De quebra, saiu para o Senado como o maior fiador do clube, depois de avalizar em seu nome cerca de 30 milhões de reais em empréstimos. Ainda assim, ele declarou à Justiça Eleitoral ter um patrimônio de 500 000 reais.
• Quando assumiu o cargo de senador, Perrella acumulava três inquéritos: um por suspeita de lavagem de dinheiro na venda do zagueiro Luisão, em 2003, e outros dois por suposta ocultação de patrimônio, já que, juntamente com os filhos, é dono de uma fazenda no interior de Minas avaliada em 60 milhões de reais.
• Deputado estadual entre 2007 e 2010, Zezé gastou pelo menos 26 000 reais em verba de gabinete para abastecer dois de seus jatinhos particulares, segundo levantamento de O Globo. Nesse período, também foi um dos parlamentares mais ausentes da casa: 89 de 101 reuniões.
• Como dirigente, liderou a implosão do Clube dos 13, em comunhão com o ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira. Recentemente, atuou como lobista no Senado para a retirada de assinaturas do requerimento de CPI para investigar as contas da Confederação.
• Dias antes, ele havia batido à porta da entidade, acompanhado do também senador e cruzeirense Aécio Neves – um antigo aliado, que o fez até esquecer a rivalidade com o Atlético nas eleições. Eles apelaram por efeito suspensivo da punição imposta pelo STJD, que impediria o Cruzeiro de jogar no Mineirão em contra o Grêmio pelo Brasileirão. Foram atendidos.
E, depois de todo esse esforço da família Perrella pelos mineiros, ainda há a possibilidade de Zezé sair candidato a governador do estado em 2014 – mas, se a confissão de culpa do helicóptero ainda render pano para a manga, o plano de voo pode ir pelos ares.
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Dilma relembra seus três anos presa e diz como se dar bem na cadeia



Em viagem a Fortaleza no dia 22, Dilma discorreu sobre os três anos em que ficou presa durante o regime militar e, diante de ministros e congressistas, falou sobre o que a experiência lhe ensinou para evitar problemas na prisão.
Além de auxiliares do primeiro escalão, estavam a bordo do avião presidencial o líder do PT na Câmara, José Guimarães, Genoino, preso na Papuda com Dirceu e o ex-tesoureiro Delúbio Soares.
Ela manifestou, mais uma vez, preocupação com a saúde de Genoino. Operado para uma correção na artéria aorta recentemente, ele teve um pico de pressão e foi hospitalizado. Agora aguarda decisão sobre seu destino na casa de um parente.
Dilma recomendou aos petistas que as visitas sejam breves para não irritar os familiares dos demais presos, com acesso mais restrito às áreas de segurança e sempre submetidos a controle rígido para conseguir entrar no local.
O mandato assegura aos congressistas visitas fora dos dias convencionais. Mas a caravana de políticos irritou familiares dos presos que formam filas nas madrugadas dos dias de visita e gerou críticas. Para Dilma, episódios assim podem gerar animosidade desnecessária na Papuda contra os petistas presos.
“Eu estive lá, sei como é”, disse a presidente, conforme relatos de participantes da viagem a Fortaleza, relembrando seus anos na Torre das Donzelas, apelido da ala onde ficava no antigo presídio Tiradentes de 1971 a 1974.
Dilma afirmou que a regra básica no cárcere é conquistar a confiança dos outros presos. Também é “fundamental saber cozinhar”, aconselhou a presidente durante a conversa no avião.
Para ela, além de garantir a qualidade da comida, o trabalho na cozinha ajuda a matar o tempo e pode funcionar como terapia. No regime semiaberto ao qual estão submetidos os petistas, é possível ser selecionado para trabalhar na cantina da cadeia.
“Os presos comuns e os carcereiros eram nossos aliados”, disse. Na ditadura, os carcereiros costumavam comprar livros encomendados pelos presos políticos. Assim como os outros detentos muitas vezes transportavam bilhetes trocados entre os homens e mulheres detidos por se opor ao regime militar.
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Por que Aécio Neves está censurando seus perfis fakes nas redes sociais


Aécio Boladão

Por : Kiko Nogueira

Aécio Neves entrou na Justiça contra perfis nas redes sociais que, em tese, o ridicularizam. Seus advogados querem identificar os usuários que estão criando as páginas. Uma das baixas foi o “Aécio Boladasso”, sátira a favor inspirada na Dilma Bolada, que é uma sátira a favor da presidente. “Aécio Boladão” e “Aécio Bolagato” continuavam na ativa.
A ação afirma que “todos os perfis e páginas foram criados recentemente, em datas muito próximas, e possuem conteúdo muito similar, o que denota a criação seriada de perfis ilícitos, os quais, inclusive, foram altamente difundidos nas mídias digitais”.
Nem Twitter nem Facebook teriam fornecido, por enquanto, informações sobre os criadores das contas. Segundo a assessoria do pessedebista, a iniciativa foi inspirada na das ministras Gleisi Hoffmann e Maria do Rosário. O senador é “pessoa pública e respeita os perfis de humor ou que trazem críticas a suas atividades ou posições políticas, mas vem sendo vítima de campanha de calúnia na internet por parte de pessoas que violam a legislação do País e as regras de funcionamento das redes sociais, com a utilização de técnicas proibidas e conteúdos considerados ilegais”.
Por que ele está partindo para cima dos perfis fake?
Porque é assim que ele opera. Em setembro, Aécio incorporou à minirreforma eleitoral a penalização de quem postar conteúdos agressivos ou ofensivos. Na sua proposta, o autor responderá criminalmente e a Justiça Eleitoral será acionada para retirá-la da Internet.
De acordo com um especialista em informações ouvido pelo DCM, é intimidação pura e simples. “A ideia é criar uma prática incriminadora da opinião do cidadão comum, considerado adversário”, diz. “Foi o que aconteceu, por exemplo, em Goiás, onde o governador Marconi Perillo processou jornalistas e blogueiros de oposição. Um deles foi condenado a pagar 200 mil reais por causa de uma frase que era, na verdade, de um agente da Polícia Federal”.
Ele prossegue: “Interpelam-se os gestores das redes sociais, alegando-se supostos ‘crimes de opinião’. Com a confirmação do IP dado pela empresa, começa o inferno da pessoa. Processos, ameaças…


Essa página ainda está no ar

Ninguém está livre disso. Basta que um juiz considere a frase ou piada caluniosa”. Haveria, também, um esquema de espionagem ativo. “A espionagem acabou se tornando comum para achacar e intimidar”, disse o especialista.
Em Minas, o Novojornal teria sido submetido a escutas telefônicas. Segundo o diretor Marco Aurélio Carone, foi por causa da “linha editorial independente, não se sujeitando a determinações da censora oficial Andréa Neves”. (Andréa é irmã de Aécio, eminência parda, seu braço direito e esquerdo). O registro “.com.br” foi cassado em 2008, medida que só foi revogada quatro anos e meio depois. Andrea Neves, conta Carone, ligou para anunciantes, avisando que “eles estariam patrocinando um jornal contra o Governo de Minas”.
No caso das redes, vai ser difícil sua turma controlar um ambiente tão caótico e criativo. “Aécio Boladão” já transformou, por exemplo, em “Aécio Bolado”. “Chegay Tucanada, acharam que tinham me matado né?? Nãaaaaaaaaaaao, os petralhas não me acharam”, escreveu ele no Twitter. “Se dirigir não beba, se for beber me chama”. A zoeira, ela não tem limites.
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Resultados das eleições em Honduras foram alterados, diz observador da União Europeia


Leo Gabriel: "houve pessoas que não puderam votar porque apareciam como mortas e houve 
mortos que votaram". Segundo Leo Gabriel, delegação europeia teve fortes discussões internas 
para elaboração de relatório.

Na terça-feira (26/11), a Missão de Observação Eleitoral da União Europeia (MOE-UE) apresentou à imprensa internacional um informe preliminar sobre as eleições em Honduras. Apesar de evidenciar “sérios indícios de tráfico de credenciais e outras irregularidades”, somado a um “claro desequilíbrio na visibilidade dos distintos partidos nos meios” e “a falta de transparência no financiamento da campanha eleitoral”, a missão disse ter uma avaliação positiva “tanto da transparência da votação como com respeito à vontade dos eleitores” no pleito.
O informe afirmou também que “o sistema de transmissão das atas de votação garantiu a todos os partidos políticos uma ferramenta confiável de verificação dos resultados divulgados pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral)” e felicitou as autoridades eleitorais por terem alcançado “uma maior transparência” com relação às eleições passadas.
Esses elementos, fundamentais no texto difundido pela MOE-UE, contrastam com as fortes denúncias de irregularidades apresentadas pelo partido Libre (Liberdade e Refundação) e o PAC (partido anticorrupção) que, juntos, somam quase 50% dos votos contados. Os candidatos dos respectivos partidos, Xiomara Castro e Salvador Nasralla, não aceitaram os resultados divulgados pelo TSE e dizem ter provas de uma suposta fraude. Com 80% das atas contadas, o TSE já declarou que o candidato do Partido Nacional, Juan Orlando Hernández, “é o ganhador das eleições” com 35.26% dos votos. Em segundo lugar ficou Xiomara, com 29.14%.
Leo Gabriel, jornalista austríaco e integrante da MOE-UE, afirmou em entrevista exclusiva a Opera Mundi que houve intensa discordância entre a imensa maioria dos membros da missão com o informe preliminar preparado. Segundo ele, essas diferenças sobre o que aconteceu em 24 de novembro desataram uma forte discussão interna. No entanto, os cálculos políticos e os interesses comerciais prevaleceram e se preferiu fechar os olhos ante a evidente alteração dos resultados e a violação da vontade expressada nas urnas pelo povo hondurenho.
Opera Mundi: Qual é a sua avaliação sobre as eleições em Honduras?
Leo Gabriel: Tivemos a oportunidade de observar as eleições a partir das mesas de votação e chegamos a conclusões diametralmente opostas às da equipe central da MOE-UE, com respeito à suposta transparência da votação e da apuração. Desempenhei meu trabalho de observador no departamento de Cortés, um dos mais populosos a nível nacional, e me dei conta desde o princípio de que esse processo eleitoral estava alterado.

OM: Quais foram as irregularidades observadas?
LG: Constatei um sem número de inconsistências no padrão eleitoral. Houve pessoas que não puderam votar porque apareciam como mortas e houve mortos que votaram. Também foi evidente a grande desorganização nas mesas de votação, onda a aliança oculta entre os pequenos partidos e o Partido Nacional originou a compra e venda de votos e credenciais.
Durante a transmissão dos resultados não houve nenhuma possibilidade de averiguar até onde as atas eram enviadas e recebemos informações fidedignas acerca do desvio de pelo menos 20% das atas originais até um servidor ilegal, que as ocultou.
Falar de transparência frente a tudo o que aconteceu naquele domingo é uma piada e acredito que, acima de tudo, nós observadores precisamos ser honestos e refletir sobre o que de verdade vimos.
OM: Por que, então, a equipe central da MOE-EU está dizendo em seu informe que a votação e a recontagem foram “transparentes”?
LG: Alguns deles acreditam de verdade no que diz o TSE, mas há uma razão política e econômica mais profunda. O golpe de Estado de 2009 afetou e desprestigiou a imagem de Honduras no mundo, desacelerando a execução do Acordo de Financiamento firmado entre a União Europeia e a América Central (AdA UE-CA). Apresentar um processo eleitoral limpo e transparente serve à UE para limpar a imagem de Honduras no mundo e colocar em marcha esse projeto comercial.
OM: Soube que o conteúdo do informe preliminar originou uma forte discussão interna na missão da UE.
LG: Na reunião geral de avaliação, a maioria dos colegas que observamos as eleições “in loco”, no terreno, coincidimos sobre as irregularidades que acabo de explicar. Ninguém defendeu o conteúdo do informe e o conceito de transparência do processo e isso se chocou com a intransigência da equipe central da MOE-UE, que não quis ceder nem um milímetro sequer. Lhes propusemos discutir a fundo o tema, tomando em conta o que havíamos visto e sugerindo mudanças ao texto, mas isso foi negado rotundamente.
OM: Você acredita que os resultados do TSE não refletiram o que de verdade o povo hondurenho expressou nas urnas?
LG: Acho que o TSE tirou os resultados da manga seguindo um cálculo político bem definido.
OM: Ou seja, já tinham tudo preparado?
LG: Sim, porque esses resultados não têm nenhum fundamento e a rapidez com que obtiveram os primeiros dados demonstra isso. No entanto, tenho a esperança que os partidos que estão denunciando uma fraude tenham a capacidade e a vontade de apresentar, de maneira sistemática e em todo o país, todas as cópias das atas, comparando-as com os dados divulgados pelo TSE. Dessa forma, a verdade virá à luz.
OM: Isso seria um golpe muito forte para a credibilidade das missões de observação.
LG: Claro. O que me pergunto é: como é possível que a equipe central da MOE-UE não tenha sequer mencionado em seu informe que há partidos, que representam quase 50% dos votos escrutados, que não estão reconhecendo os resultados e que denunciam graves irregularidades ou uma fraude?
OM: Qual sentido tem, então, essas missões de observação?
LG: O exemplo de Honduras não é generalizável, porque há outros exemplos onde as missões da UE jogaram um papel relevante e encararm a falta de transparência em processos eleitorais. Aqui prevaleceram atitudes políticas, econômicas, comerciais e até partidárias.
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ESCOLA QUE PEITOU JATENE É CAMPEÁ DO ENEM


Durante intervalo das aulas, alunos comentam
sobre a boa colocação da escola no Enem(Foto: Joab Ferreira/G1)

Apenas um dia após o confronto verbal entre um grupo de alunas da Escola Rio Tapajós com o governador Simão Jatene, vem a notícia de mais uma vitória de um dos mais antigos educandários locais. A Escola São Francisco tem a melhor média no Enem entre escolas estaduais do Pará, obtendo a nota geral de 508,80 no Enem 2012.
Mas a notícia traz também uma preocupação: no ranking nacional
entre públicas e privadas, está na 5.814ª posição.
A Escola Diocesana São Francisco, localizada em Santarém, oeste do Pará, foi a escola estadual paraense com o melhor desempenho no Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) 2012. Ela obteve a nota média de 508,80. Mesmo com essa posição, a escola São Francisco figura apenas na posição de número 5.814 no ranking nacional, entre escolas públicas e privadas. O Pará ocupa o 11º lugar.
A escola São Francisco é mantida pela diocese de Santarém, que oferece a estrutura física, e pela Seduc, que fornece os recursos humanos. A instituição sempre figura entre as primeiras colocadas. No Enem 2012, 80% dos alunos do ensino médio fizeram a prova. Em Linguagens e Códigos, a nota foi de 502,68. Em Matemática, 504,34. Ciências Humanas, 524,67. Ciências da Natureza, 483,48 e Redação, 575,49. Para chegar a nota final, é necessário fazer a média das quatro competências avaliadas (redação não é contabilizada).
Veja mais aqui no G1 Santarém
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BOMBA: O ESTADO DE SAÚDE DE GENOINO

Genoino precisa de cuidados.

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

EXCLUSIVO!!. EX PREFEITA DE SANTAREM MARIA DO CARMO FOI ASSALTADA EM BELEM.


A Promotora de Justiça Maria do Carmo ex prefeita de Santarém.

NO BLOG DO EDNEI SILVA

Na noite dessa quinta feira por volta das 19 horas na Capital da Estado Belém Pará
Segundo informações recebidas através de fontes na Capital do estado
A ex prefeita de Santarem na noite de ontem por volta da 19 horas ao chegar em frente sua casa foi abordada por bandidos que acabaram levando seu carro um Fiat Palio do Ano 2013 Semi Novo.
Segundo relatos ela não reagido a o assalto Fez certo e entregou o seu carro a os bandidos
que levaram apenas seu veiculo e graças a deus a deixaram viva.
Agora ela pede ajuda para tentar identificar os elementos para que eles possam pagar por seu
crime de assalto e posteriormente ela consiga recuperar seu veiculo.
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Simão Pedro (PT-SP) vai processar José Aníbal e Edson Aparecido, secretários de Alckmin



No Blog da Cidadania

Na última quinta-feira, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, concedeu entrevista coletiva para rebater acusações da cúpula nacional do PSDB contra si e contra o deputado estadual Simão Pedro (PT-SP) por terem aberto investigação na Polícia Federal sobre um esquema de corrupção envolvendo a multinacional Siemens e autoridades de governos do PSDB em São Paulo.
Segundo o pré-candidato a presidente pelo PSDB Aécio Neves e os secretários do governo de São Paulo José Aníbal e Edson Aparecido, a autodenúncia que a alemã Siemens fez ao Cade e as investigações na Suíça envolvendo pagamento de propina pela francesa Alstom, na verdade seriam uma armação do PT, numa reedição do “escândalo dos aloprados”.
A mídia deu imensa cobertura às acusações dos tucanos ao PT, mas ocultou ou minimizou a reação do ministro da Justiça e as explicações dele e de quem lhe remeteu cartas-denúncia enviadas ao ombudsman da Siemens, na Alemanha, e a autoridades brasileiras: o deputado Simão Pedro.
Diante disso, o blog foi ouvir o deputado petista. Após a entrevista que você lerá a seguir, assista à íntegra da entrevista coletiva dada pelo ministro José Eduardo Cardozo na última quinta-feira, na qual rechaça o que chama de tentativa de tucanos de desviar o foco das investigações e, ainda, anuncia processos que moverá contra membros do partido adversário.

Blog da Cidadania – Deputado Simão Pedro, o senhor é o autor da denúncia ao Ministério da Justiça do esquema de corrupção envolvendo a alemã Siemens e governos do Estado de São Paulo durante as gestões do PSDB desde 1998. É isso mesmo?
Simão Pedro – Veja bem, Eduardo, eu protocolei duas representações no Ministério Público de São Paulo de forma oficial, como deputado. A primeira foi em fevereiro de 2011, quando eu denunciei esse esquema da Siemens, a utilização de empresas offshore, os acertos que essas empresas faziam – a Siemens, a MGE – para burlar as licitações pagando comissões. Foi nessa representação que eu anexei a carta de uma pessoa que estava por dentro desse esquema.
Depois, em 2012, pouco mais de um ano depois, eu fiz nova representação ao MP-SP denunciando um outro esquema envolvendo a Siemens, mas aí, também, envolvendo a Alstom, incluindo as reformas dos trens das linhas 1 e 3 do metrô de São Paulo. Agora com superfaturamento, burla da concorrência com acertos entre as empresas.
Agora, já deputado licenciado, recebi, das mesmas pessoas que fizeram as primeiras denúncias, um conjunto de documentos que incluía cópia daquela carta ao ombudsman da Siemens e entreguei tudo ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para que ele pudesse analisar, verificar se havia veracidade e se havia relação entre aqueles papeis e as investigações que o Ministério Público e a Polícia Federal já estavam fazendo.
Blog da Cidadania – Por que o senhor entregou o segundo lote de documentos ao Ministério da Justiça e não ao Ministério Público? Talvez o senhor tenha sentido que, no Ministério Público de São Paulo, a investigação não andou?
Simão Pedro – Provavelmente foi isso. Os promotores do MP-SP diziam que tinham dificuldade de enviar a denúncia à Justiça porque, mesmo com os documentos, mesmo com cópias de documentos que mostravam a Siemens contratando lobistas e direcionando concorrências eu achei melhor entregar tudo a uma autoridade da Justiça, o ministro José Eduardo Cardozo.
Blog da Cidadania – O senhor não acha estranho que enquanto essas denúncias, com tantos elementos, foram amplamente investigadas no exterior, aqui no Brasil não tenham sido investigadas pelo MP de SP?
Simão Pedro – Isso me intriga muito e intriga até hoje toda a bancada do PT e as pessoas bem-informadas em geral: por que a Siemens fez uma devassa nos seus contratos na Argentina, nos Estados Unidos – onde o processo de punição atingiu a mais de 300 executivos –, aqui no Brasil o que a Siemens fez em toda parte não teve consequência nenhuma.
O Ministério Público de São Paulo já tinha arquivado mais de 15 processos, muitos deles produto de representações não só minhas, mas da bancada do PT, que tenta abrir investigações no Brasil desde 2008. E aí temos o caso do procurador De Grandis, não é, que arquivou pedidos de investigação da justiça europeia – da Suíça – envolvendo o caso Alstom.
Você vê a dificuldade que temos para investigar denúncias de corrupção aqui em São Paulo… Foi preciso a Siemens procurar o Cade para se autodenunciar, fazendo com que os casos denunciados pelo PT e arquivados pelo Ministério Público fossem reabertos, porque, do contrário, nada teria acontecido.
Blog da Cidadania – De quem o senhor recebeu os documentos que enviou ao Ministério da Justiça?
Simão Pedro – Não posso dizer porque, na condição de parlamentar, muitas pessoas me procuram. Por isso, nessa condição me reservo o direito ao sigilo da fonte, assim como fazem os jornalistas.
Blog da Cidadania – O PSDB afirma que as cartas em português e em inglês que o senhor enviou ao MJ e que denunciam o escândalo são o mesmo documento, mas os tucanos o acusam de ter inserido, por conta própria, trechos na versão em português que não constam na versão em inglês. Como o senhor responde a isso?
Simão Pedro – Vou encaminhar uma ação judicial por difamação caluniosa contra os secretários do governo Alckmin José Anibal e Edson Aparecido porque eles afirmaram que eu burlei documentos. Também vou fazê-lo contra esse advogado do Heitor Teixeira porque ele disse que eu “lavo” documentos. Eu não vou tolerar essas calúnias.
Tudo isso é desespero. Eles querem esconder o sol com a peneira. Desviar o foco. Eu venho denunciando problemas no metrô desde 2006. Eduardo, eu denunciei, em maio de 2006 – fiz uma representação – dizendo que ia acontecer uma tragédia na linha 4 do metrô de São Paulo. Infelizmente, nada se fez e, em 2007, houve uma tragédia.
Denunciei, em fevereiro de 2011, esse esquema da Siemens, dizendo que havia um esquema de pagamento de propina, ninguém deu bola e, neste ano, a própria Siemens procurou o Cade para se autodenunciar. Ou seja: as minhas representações têm sido encaminhadas e têm dado resultados.
Blog da Cidadania – Tenho, agora, uma pergunta um pouco longa, mas é necessário que assim seja. Após a entrevista coletiva do ministro Cardozo, na última quinta-feira, quando ele afirmou, como o senhor diz, que são dois documentos distintos, endereçados a pessoas diferentes, o deputado Carlos Sampaio, líder do PSDB, contra argumentou, em entrevista ao Jornal Nacional, que o protocolo do material enviado ao MJ cita “tradução” de carta em inglês.
Disse Sampaio:
“Foi o próprio ministro que recebeu esse documento e ele tem clareza de que é uma tradução, porque, no índice que o denunciante entregou para ele, está escrito ‘documento original’ e, embaixo, ‘tradução’. Isso o ministro não explicou”.
Em resposta, o ministro Cardozo deu a seguinte declaração:
“O sumário consta ‘tradução’. Por que consta tradução? Eu não sei. Não sei nem quem fez. É a Polícia Federal quem vai apurar. Será que aqui ia vir uma outra carta? Será que não vinha? O que é? O que será? Eu não sei, está aqui. Agora, o que está aqui e o que eu recebi, não é tradução. São duas cartas distintas, dirigidas a pessoas diferentes, com conteúdos diferentes e alguns aspectos iguais”
Supostamente, quem elaborou esse “índice” ou “sumário” foi o senhor, o denunciante. Por que o índice da documentação diz “documento original e tradução”?
Simão Pedro – Isso foi apenas um erro da pessoa que fez a denúncia e que preparou a entrega da documentação e tentou organizar o material. Há informações parecidas nos dois documentos, mas são dois documentos diferentes. O primeiro, em inglês, dirige-se ao ombudsman da Siemens na Alemanha. O segundo, o denunciante dirige-se às autoridades brasileiras. É um outro documento baseado no documento ao ombudsman da Siemens. Apenas isso.
Sabe o que é isso? Eles estão tentando achar um carrapato na vaca e, por causa dele, matar o animal, é isso o que os tucanos querem fazer.

Coletiva de imprensa do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo

JEFFERSON OBTÉM PRIVILÉGIO NEGADO POR JB A GENOINO


O presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, deu a Roberto Jefferson, delator 
do chamado "mensalão", um benefício não concedido a José Genoino. Antes de decidir se ele irá 
ou não para a prisão, uma junta médica irá examiná-lo. em relação a José Genoino, classificado 
como 01 no sistema de execuções penais criado por Barbosa, não houve piedade: cadeia 
primeiro.

Leia abaixo o noticiário da Agência Brasil:

Brasília – O presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, determinou hoje (29) que uma junta médica avalie o estado de saúde do presidente licenciado do PTB, Roberto Jefferson. Ele foi condenado a sete anos e 14 dias de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, em regime semiaberto, na Ação Penal 470, o processo do mensalão.
Uma junta médica do Instituto Nacional do Câncer, do Rio de Janeiro, deve ser composta em 24 horas. Segundo Barbosa, os médicos deverão esclarecer se Jefferson pode cumprir a pena em uma penitenciária ou deve cumprir prisão domiciliar. No ano passado, Jefferson passou por cirurgia para a retirada de um tumor no pâncreas.
Segundo Barbosa, o regime domiciliar pode ser concedido ao condenado, mas ele deverá provar a gravidade da doença. “Considerando o relatório médico apresentado pelo sentenciado nos embargos de declaração, que dá conta de tratamento por “neoplasia maligna da cabeça do pâncreas”, à qual se seguiram “incremento de deficiência nutricional crônica de que era portador” e “episódios intermitentes de febre aferida”, mostra-se condizente com as finalidades da execução penal o pronto exame do pedido feito pelo sentenciado Roberto Jefferson, antes de dar início à execução da sua pena”, decidiu o presidente.
Na fase de julgamento dos recursos contra as condenações, a defesa de Jefferson pediu ao Supremo que a pena fosse substituída por prisão domiciliar, mas o pedido não foi analisado. Para Barbosa, "as formalidades legais" não foram observadas.
Na época, a defesa de Jefferson fez a solicitação alegando questão humanitária: “Requere-se ao menos, tendo em visto ao gravíssimo estado de saúde em ele se encontra que, por uma questão legal e, acima de tudo, humanitária, seja substituída por sanções restritivas de direito, sob pena de, no seu caso, a eventual execução da pena corporal num estabelecimento prisional transformar-se em verdadeira pena de morte”.
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Cenas censuradas pela Globo: "Cocaína em helicóptero de deputado e senador, não tem dono"?



Sob intensas críticas nos blogs, nas redes sociais e com a manifestação do "Farinhaço na Assembléia", a TV Globo finalmente desenterrou a notícia da apreensão do helicóptero dos Perrella com meia tonelada de pasta base de cocaína, e falou sobre alguns detalhes que todo mundo que acessa a internet já sabia.
O Jornal Nacional mostrou até o "Farinhaço", onde manifestantes espalharam farinha na porta da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, simulando carreiras de cocaína e levaram helicópteros de brinquedo, em protesto contra o deputado estadual Gustavo Perrella (SDD-MG) e seu pai, o senador Zezé Perrella (PDT-MG), amigos e aliados do Senador Aécio Neves (PSDB-MG).
Um dos alvos do "Farinhaço" era justamente a blindagem da mídia, pois a apreensão do helicóptero demorou três dias para ser noticiada no Jornal Nacional, enquanto todos os outros noticiários mais sérios, mas de menor audiência, noticiaram logo no primeiro dia.
Mas a Globo não falou que os manifestantes exigiam apuração de quem era a cocaína encontrada no helicóptero. Exigiam apuração de escândalos anteriores envolvendo os Perrella. Também queriam a punição do deputado pela contratação do piloto para emprego supostamente fantasma na Assembléia e, caso o combustível do helicóptero pago com dinheiro público tenha sido usado para fins privados ou ilícitos, que também haja responsabilização.
Também causa estranheza o esforço da emissora em aliviar os Perrella de qualquer comprometimento, enquanto não faz o jornalismo investigativo básico de procurar saber quem era o dono da droga. A Polícia Federal, apesar de não fazer ilações irresppnsáveis, nem aplicar a presunção de culpa a ninguém, como é o correto a fazer, não descartou nenhuma linha de investigação, ao contrário do que disse a Globo.
O vídeo acima, divulgado no Youtube mostra melhor o espírito da manifestação "Farinhaço na Assembleía", com cenas relevantes e falas relevantes que a edição do Jornal Nacional censurou.
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AÉCIO DEFENDE DEMÓSTENES. O QUE DIRIA DO PERRELLA ?

Disse Aécio: “um dos mais preparados, destemidos e mais respeitados !”
O Senador Aécio faz aparte a Demóstenes – aquele que se beneficiou da generosidade de quem o senador Collor chamou de prevaricador.
E diz que o conhece profundamente: um dos mais preparados, destemidos e mais respeitados !
O que diria do Perrella ?

Jatene agrediu alunos e professores e escola não foi reinaugurada em Santarém

No Blog do Dutra

O que seria a reinauguração da escola estadual Rio Tapajós, ontem de manhã em Santarém, começou e terminou como um fiasco para o governador do Pará, Simão Jatene, e o prefeito Alexandre Von, ambos do PSDB.
O momento mais quente foi a discussão de três alunas concluintes já preocupadas como vestibular, que encararam o governador exigindo melhorias tanto na parte física como na estrutura pedagógica.
O diretor, Prof. Aloizio Bentes, deu declaração à TV Tapajós, apoiando as meninas.
Conforme relato do professor Ormano Sousa na sua página no FB, “o governador Simão Jatene perdeu a compostura com alunos da escola Rio Tapajós após discurso de reinauguração do prédio. Os alunos falaram que não gostariam apenas de uma reforma de pintura, mas estruturais, falaram das aulas de educação física, quando são expostos ao sol quente na quadra que foi construída pela própria comunidade escolar, dentre outros pontos. Jatene tentou argumentar, mas alunos insistiram em ser ouvidos. Jatene esbravejou e deixou o pátio da escola”.

Veja aqui as imagens: https://www.facebook.com/photo.php?v=10200112693178495
O governador falou que a escola teria sido "depredada", conforme as palavras dele, pela falta de conservação, e que os professores, por isso, não estariam cumprindo com o seu papel de educadores. Em nenhum momento Jatene foi hostilizado pelos alunos, nem por ninguém presente, mas as meninas que se colocavam sobre uma pequena mureta, onde os alunos sentam nos horários de intervalos na área coberta, onde o fato ocorria, rebateram, dizendo que os alunos não eram vândalos e que uma reforma que pensavam para a escola não era somente de pintura de paredes, de pintura de telhas para mostrar tudo novo.

Presente na ocasião, Ormano atendeu a pedido deste blog e faz o seguinte relato mais completo:

1. Jatene está em visita a Santarém no programa do Propaz. Foi à Escola Rio Tapajós com a intenção de inaugurar a reforma do prédio. Na realidade, a reforma se resume, praticamente, a uma pintura geral. Como é natural, as paredes já estavam sujas, e, para fazer o bonito junto ao governador, a 5ª URE (Unidade Regional de Ensino) determinou que as aulas fossem suspensas por dois dias para repintura interna. Ontem, durante todo o dia, sem preparar o terreno, as áreas arborizadas foram tapetadas de grama, ficou uma maravilha... para inglês ver. No primeiro sol quente, a grama vai morrer por falta de adubo. Ele não chegou a inaugurar. A cerimonial mudou o discurso e disse que a visita era apenas para verificar como estavam sendo feitas as reformas das escolas e ali seria um modelo para que ele visse.
2. O evento foi pouco prestigiado. Como não houve aula no dia anterior, para liberar para a repintura e outros "retoques", os alunos não compareceram hoje (ontem) também, pois sabiam que não haveria aula pela manhã, somente tarde e noite seriam normais, como ocorreu, realmente. Havia poucos alunos. Poucos professores. Somente os que tinham horário a cumprir. Logo cedo a Profª Marinete Lima, que é a segunda pessoa na 5ª URE, "convidou" os professores presentes para um mutirão de limpeza com uns poucos alunos que ali estavam. Ninguém atendeu o "convite". No momento da chegada do governador, além desses já citados estava o pessoal da comitiva, o prefeito Alexandre Von e assessores, além do pessoal da imprensa. A TV Tapajós mostrou a cena em que três alunas concluintes do 3º ano discutiram com Jatene, talvez pelo fato de ter repercutido a nota que lancei no FB.

3. Eram três alunas do 3º ano. Elas - detalhe - ainda estavam com camisas do Flamengo festejando a vitória do time na Copa do Brasil. Ouviram atentamente o discurso inflamado do governador. Jatene detonou a escola e os alunos. Citaram a necessidade de ter uma quadra decente - a que existe foi construída pela própria comunidade escolar, sem nenhum centavo da Seduc. (A escola recebeu, no dia em que completou 15 anos, dia 3 de outubro passado, um comunicado informando da autorização da cobertura da quadra, mas sem projeto pronto nem verba orçada - promessa, portanto). Jatene disse que "não há dinheiro que cubra todas as necessidades da escola". As meninas insistiram em apontar necessidades, salas quentes, laboratórios e espaços pedagógicos sem funcionar por falta de pessoal. O governador, que já estava bravo, saiu esbravejando, dando as costas, deixando as alunas falando sozinhas. O diretor, Prof. Aloizio Bentes, deu declaração à TV Tapajós, apoiando as meninas. Acho que isso poderá "feder" pro lado dele.

4. O governador deixou a área coberta e se dirigiu para umas salas próximas para mostrar à imprensa, quando constatou carteiras mal conservadas. Voltou a dizer que má conservação de material tira a possibilidade de investir em outros setores. É oportuno dizer que os espaços que estão climatizados - secretaria, sala dos professores, auditório, biblioteca, foram por investimento da própria escola, por projetos e iniciativas, como festivais que a escola promove.

5. Ele permaneceu no local por cerca de meia hora ainda. Talvez orientado por assessores, ele tentou reverter o clima de tensão com uma rápida conversa com professores e alunos presentes, mas apenas algo unilateral sem nenhuma promessa. Mas foi ratificado a ele a necessidade de investir nos espaços da escola.

6. Não houve reação dos professores, a não ser nesse momento em que ele conversou com alguns, porque vários já haviam saído. Eu já não estava mais quando ele conversou com o pequeno grupo.

O diretor está no cargo por eleição. Portanto, qualquer tentativa de tirá-lo vai de encontro às prerrogativas legais. Ele se manteve bastante neutro, como é o perfil dele. Uma visão de ótica. As meninas estavam num plano superior a Jatene. E elas mostraram autoridade. Nada havia sido previsto. Foi azar do Jatene ter chamado os alunos de vândalos.
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A alma de Joaquim Barbosa é mais branca que a de Thurgood Marshall, o primeiro negro da Suprema Corte Americana



por : Jura Passos

Joaquim Barbosa foi o primeiro negro brasileiro a se tornar juiz do Supremo Tribunal Federal.
Thurgood Marshall foi o primeiro da Suprema Corte americana.
Ambos vieram de famílias humildes e tiveram dificuldades para poder estudar.
É possível que Marshall tenha servido de inspiração para a nomeação de Barbosa, mas as semelhanças param ai.
O currículo acadêmico de Barbosa é superior ao de Marshall. Toca piano e violino, fala alemão e francês, além de português e do inglês de Marshall. Fez pós graduação na faculdade de direito da Sorbonne na rua Assas, em Paris, homenageada no nome da empresa que fundou em Miami, a Assas JB Corporation.
Marshall nunca fez pós graduação, nunca foi bolsista, acadêmico, funcionário público, nem empresário. Sempre foi advogado dos negros pobres americanos e uma águia nos tribunais americanos em defesa de seus pares.
Se Rui Barbosa foi o águia de Haia, Marshall foi a águia negra de Washington.
Nos tempos do colégio, o pai de Marshall – ajudante de um clube granfinos – gostava de ouvir julgamentos no tribunal e discutir os casos com os filhos.
Ele, o pai e o irmão mantinham debates acirrados sobre qualquer coisa. Costumavam discutir cinco noites por semana na mesa de jantar.
No colégio foi um aluno acima da média e usava seu talento como debatedor para apresentar os trabalhos escolares. Também costumava aprontar e, como castigo, foi obrigado a decorar toda a Constituição americana.
Ingressou na Lincoln University – uma universidade para negros da Pennsylvania – e foi membro da Alpha Phi Alpha – primeira associação masculina de estudantes negros dos EUA – como Martin Luther King e Jesse Owens, o velocista que obteve quatro medalhas de ouro nas olimpíadas de Berlin, deixando Hitler mais revoltado que Malcolm X.
Após formar-se em literatura americana e filosofia, Marshall decidiu tornar-se advogado. E foi rejeitado pela faculdade de direito da Universidade de Maryland por ser negro.
Novamente ingressou numa escola para negros, a Howard University. Seu mentor foi o vice-reitor Charles Hamilton Houston, formado em Harvard, que só era vice por que era negro também.
Formado em direito com louvor, começou a advogar para a Associação Nacional para o Desenvolvimento das “Pessoas de Cor” – a NAACP, em Baltimore. Seu primeiro grande caso foi Murray v. Pearson, em que defendeu outro estudante negro barrado como ele pela faculdade de direito da Universidade de Maryland. E venceu, aos 27 anos.
Hoje, a biblioteca da escola de direito da Universidade de Maryland tem o nome dele.
Em 1940, aos 35, obteve a primeira vitória na suprema corte e tornou-se conselheiro chefe da NAACP pelos próximos 25 anos. Em Chambers v. Florida conseguiu reverter uma sentença de morte da Flórida contra um jovem negro acusado de matar um branco após uma confissão forçada pela polícia.
Em Brown v. Topeka ele acabou com a segregração racial nas escolas.
Até hoje ele é o recordista em número de vitórias pelos direitos civis e a igualdade racial na suprema corte americana.
Após uma série de vitórias nos tribunais que sedimentaram a jurisprudência da igualdade de oportunidade racial nos EUA, Marshall foi nomeado por John Kennedy para a corte nacional de apelos, contra a vontade da bancada democrata sulista.
Nenhuma de suas 98 sentenças foi revertida pela corte suprema.
Lyndon Johnson nomeou-o procurador geral da União em 1965, no auge do movimento negro pelos direitos civis. Em seguida, forçou a demissão de um dos juízes da Suprema Corte nomeando seu filho como procurador geral de justiça. Com isso, abriu a vaga que desejava para colocar Marshall na corte suprema e torná-lo seu primeiro membro afrodescendente.
Ele, no entanto, preferia ser chamado de “crioulo” (negro).
Marshall colaborou na redação das constituições de Ghana e da atual Tanzania.
Ao se aposentar em 1991, aos 82 anos, ele lamentou que seu sucessor – Clarence Thomas – seria nomeado por George Bush Sr.
“Thurgood” é uma redução de thoroughgood – completamente bom.
Lula e Lyndon Johnson acertaram ao decidir equilibrar a composição social das cortes supremas do Brasil e dos EUA, deixando-as com uma cor mais parecida com a do povo.
A pele de Barbosa é muito mais negra do que a de Marshall.
Mas a alma – e o currículo -, não.
Ninguém percebeu: nem Frei Betto, nem Thomas Bastos, nem Lula.
Será que Dirceu percebeu?
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Mentiras, escândalos, velhice: a história por trás da renúncia de Bento XVI



Publicado originalmente na BBC Brasil

Em fevereiro deste ano, o agora papa emérito Bento 16 chocou o mundo quando se tornou o primeiro pontífice a renunciar em quase 600 anos. Mas a atenção rapidamente se voltou para a sua sucessão, e a consequente eleição do argentino Francisco.
Em meio ao episódio dramático, uma pergunta nunca foi totalmente respondida – por que Bento 16 renunciou?
Em sua declaração oficial de renúncia, o papa Benedito creditou sua saída à fragilidade de sua idade avançada e às exigências físicas e mentais do cargo, mas sempre houve a suspeita de que algo não havia sido contado. A minha apuração confirmou isso.
Fui visitar o cardeal nigeriano Francis Arinze em seu apartamento, com vista para a Praça de São Pedro, no Vaticano. Arinze é uma das figuras mais importantes da Igreja Católica atualmente e conhece o Vaticano como ninguém. Ele foi, inclusive, ainda que por pouco tempo, considerado um provável sucessor do papa Bento 16. Além disso, Arinze era um dos poucos cardeais a quem o alemão contou pessoalmente a notícia de iria renunciar.
Levantei o assunto dos escândalos que precederam o anúncio bombástico do papa e, em particular, o vazamento dos documentos papais, conhecido como Vatileaks, pelo ex-mordomo de Bento 16, Paolo Gabriele. Isso poderia ter contribuído para a renúncia do então pontífice? A resposta de Arinze foi inesperada.
“É legítimo especular e dizer “talvez”, porque alguns de seus documentos foram furtados secretamente. Claro que poderia ser uma das r
“Talvez ele tenha ficado tão triste ao tomar conhecimento de que seu próprio mordomo, em quem tinha confiança, vazou tantas cartas que um jornalista poderia escrever um livro. Não esperava que ele estivesse contente com isso”.
No Vaticano, membros jovens e ambiciosos da Igreja são aconselhados a “ouvir muito, ver tudo e não dizer nada”. O fato de que uma figura tão importante dentro da Igreja não siga à risca tal cartilha é minimamente surpreendente.
Na essência, o papa Bento 16 era um acadêmico, um téologo e um intelectual. “Para ele, o inferno seria participar de uma semana de treinamento sobre como melhor gerir a Igreja”, ironiza uma fonte.
O azar do agora pontífice emérito foi ascender ao trono de Pedro em um momento em que havia um vácuo de poder, no qual um número considerável de integrantes de meio escalão da Cúria, a máquina administrativa da Igreja, se tornaram “pequenos Bórgia” (em alusão à família espanhola-italiana de mesmo nome que produziu três papas, lembrados por seu governo corrupto e ganância pelo poder).
Essa última declaração veio da figura mais importante da Igreja atualmente, o próprio papa Francisco, conhecido por não medir suas palavras. “A corte é a lepra do papado”, disse ele certa vez. O argentino descreveu a Cúria como narcisista e egoísta. Foi a mesma Cúria com a qual Joseph Ratzinger teve de lidar.
Intrigas e interesses
No período que antecedeu à morte do papa João Paulo 2º (1920-2005), o coração da Santa Sé foi dominado por intrigas e brigas internas. Essa foi a justificativa para o ex-mordomo do papa, Paolo Gabriele, tornar público documentos confidenciais.
Mas Gabriele afirmou que sua relação com o papa Bento 16 era como “a de um pai com um filho”. Sendo assim, por que ele agiu de forma a constranger o homem de quem era tão próximo?
“Ele disse que havia visto muitas coisas ruins acontecendo dentro do Vaticano. Em um dado momento, ele afirmou que havia chegado a seu limite”, disse a mim a advogada de Gabriele, Cristiana Arru, enquanto agarrava as contas de seu rosário, em sua segunda entrevista pública.
“E então ele buscou uma saída para tudo isso. Ele diz que viu mentiras sendo contadas. Meu cliente pensou que o papa não estava sendo informado sobre alguns assuntos importantes que estavam acontecendo.”
Gabriele foi considerado culpado de “furto qualificado” e passou três meses sob custódia antes de ser perdoado pelo Papa. Mas isso não foi o fim de tudo. O líder da Igreja convocou um inquérito sobre o caso.
Três cardeais foram incumbidos de produzir um relatório de 300 páginas, a ser mantido a sete chaves. Mas um importante jornal italiano informou que havia conseguido ter acesso a parte de seu conteúdo. O resultado? Vazamentos ainda mais embaraçosos, desta vez com rumores sobre a existência de uma rede de sacerdotes homossexuais que exercia “influência inadequada” dentro do Vaticano.
As dores de cabeça continuaram a incomodar o papa alemão. O estopim ocorreu com o episódio envolvendo o presépio anual montado na Praça de São Pedro durante o Natal.
Durante anos, acordos fechados no Vaticano foram superfaturados. Quando um delator tentou reformar o sistema, funcionários da corte papal conveceram o pontífice a “promovê-lo” a um cargo a 6,5 mil quilômetros de Roma.
Episódios semelhantes ocorreram no Banco do Vaticano, durante anos uma fonte de manchetes constrangedoras para a Igreja Católica. A instituição financeira havia sido criada para ajudar as ordens religiosas e as fundações em transferir dinheiro para partes distantes do mundo.
Mas quando uma proporção considerável das transações é feita em dinheiro e está sendo enviada para regiões politicamente instáveis do planeta, não é preciso ser um gênio para prever que algo possa dar errado.
Parece que os funcionários do banco tomaram decisões importantes sem informar o Papa. Quando o conselho da instituição demitiu seu presidente reformador, Ettore Gotti Tedeschi (convenientemente no dia em que a notícia da prisão de Gabriele recebia toda a atenção da imprensa), o pontífice foi um dos últimos a saber do ocorrido. Posteriormente, disse, por meio do seu secretário, que ficou “muito surpreso”. Tedeschi era um membro da Opus Dei (organização católica dedicada à evangelização) e pensava que estava próximo do papa, mas, no final, isso não o protegeu.
Mudança
Será que tudo isso foi um fardo muito grande para um Bento 16 envelhecido? A resposta talvez esteja nas palavras do porta-voz do Vaticano, o padre Federico Lombardi. Disse ele: “A Igreja precisava de alguém com mais energia física e espiritual que seria capaz de superar as adversidades e os desafios de governá-la neste mundo moderno em constante mudança”.
Na minha avaliação, a Igreja Católica tem agora uma grande oportunidade para seguir em frente e enfrentar os desafios do século 21. Muitas vezes vista como remota, sua liderança agora precisa debater questões polêmicas como a contracepção e casamento gay. A reforma chegou na esteira do escândalo. Isso é algo que não passou batido pelo cardeal Arinze.
“O que você tem de se lembrar”, diz ele , “é de que muitas vezes Deus escreve certo por linhas tortas.”
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Zezé Perrella, a cocaína e o sobrenome roubado


Zezé Perrela e sua mulher, Renata Bessa.

por : Kiko Nogueira

Para onde ia a cocaína apreendida no helicóptero da família Perrella? Segundo a Polícia Federal, para a Europa. Os 450 quilos foram avaliados em 10 milhões de reais. Com o refino, pode chegar a dez vezes isso. É a maior apreensão já ocorrida no Espírito Santo, a segunda maior do ano.
É uma operação milionária. O piloto avisou que receberia 60 mil pelo transporte. Quatro pessoas acabaram presas e foram levadas à Superintendência da PF, em São Torquato, Vila Velha. A polícia investigava a área. O sítio, que valeria 300 mil, teria sido comprado por cerca de 500 mil por um laranja, o que despertou a desconfiança da comunidade.
O “grande” traficante, no Brasil, é visto ainda como o sujeito que mora no morro, tem cara de mau, torce para o Flamengo e vive numa “mansão” (a cada invasão de favela aparece uma jacuzzi vagabunda que os telejornais classificam como “uma das mordomias” de Pezão, Luizão, Jefão ou seja lá quem for).
A possível ligação de dois políticos, pai e filho, com uma apreensão desse tamanho mostra que o tráfico vai muito além disso. O deputado estadual Gustavo Perrella (filho de Zezé), num primeiro momento, declarou que a aeronave fora roubada. Depois surgiu uma troca de mensagens com o piloto. Ele vai depor na PF, bem como sua irmã. O advogado Antonio Carlos de Almeida Castro (o Kakay), diz que o SMS vai provar que seu cliente não sabia de nada. A Folha deu que Gustavo usava verba pública para abastecer a aeronave. O piloto, aliás, era funcionário da Assembleia.
Os Perrellas dão um enredo mafioso clássico. José Perrella, ex-presidente do Cruzeiro, empresário, senador, já foi indiciado por lavagem de dinheiro na venda do zagueiro Luizão, em 2003. Um inquérito da PF e outro do Ministério Público de Minas investigam também ocultação de patrimônio.
Segundo o “Hoje em Dia”, sua mais recente declaração de bens ao TRE falava em apenas 490 mil reais. Só a fazenda Morada Nova, a 300 quilômetros de Belo Horizonte, está avaliada em 60 milhões de reais.
Em matéria de sinais exteriores de riqueza, ainda possui uma Mercedes CL-63 AMG, que custa em torno de 300 mil reais. Sua casa, no bairro Belvedere, o mais caro de BH, estaria avaliada em 10 milhões. Gustavo, por sua vez, é dono de uma Land Rover e um BMW, dos quais só o último foi declarado à Justiça.
Zezé Perrella chegou a BH com os seis irmãos nos anos 70, vindo do interior do estado. Vendiam queijo e lingüiça da roça. Seu enriquecimento foi fulminante, especialmente depois de entrar para a política em 1998. Naquele ano, declarou ter 809 mil reais. Na eleição seguinte, perto de 2 milhões. E então um milagre aconteceu: em 2006, seu patrimônio, no papel, caiu para 700 mil. Até chegar aos 490 mil. Um helicóptero como o usado na apreensão de coca sai por 3 milhões. Não há hipótese de ele sair do chão sem que o dono saiba.
O caso dos Perrellas tem os contornos de uma história da máfia até pelo nome italiano. Mas até mesmo aí existe um problema: ele foi, digamos, “emprestado”.
Perrella é o sobrenome de um imigrante do sul da Itália, Pasquale, que começou vendendo banha de porco em Belo Horizonte no início do século passado. A banha servia para conversar alimentos. O negócio prosperou e seus descendentes criaram um frigorífico que se tornaria famoso. Em 1988, o frigorífico foi vendido para José de Oliveira Costa, nosso Zezé, que fez um acordo para passar a assinar Perrella, registrado em cartório. Parte dos netos e bisnetos de Pasquale se arrepende amargamente de ver agora o nome do velho envolvido em crimes. Em fevereiro, a empresa foi acusada de adulterar carnes.
No ano passado, Zezé Perrella escreveu um artigo para o jornal “O Estado de Minas”. Um bom trecho:
A corrupção tem sido, infelizmente, uma constante da política e da administração pública brasileira, além da participação de segmentos privados.
É um fenômeno mundial, no qual alguns países, como o nosso, se destacam pelo grau de incidência e, ainda maior, de impunidade. Mesmo que os escândalos sejam comprovados. Isso resulta na descrença da sociedade na preservação dos valores morais e éticos próprios de uma civilização.
É tempo de um basta definitivo e a oportunidade se aproxima.
Repetindo: é tempo de um basta definitivo e a oportunidade se aproxima.


Pasquale Perrella, ao centro, com a família: sobrenome cedido a Zezé com venda do frigorífico

JATENE PERDE A RAZÃO E BATE BOCA COM ALUNOS



No Blog do Nelson 

A balburdia do bate-rebate de acusações, entre o Governador Simão Jatene e alunas, aconteceu nesta quinta feira (28) em Santarém, no evento oficial do governo do Pará de reinauguração da Escola Estadual Rio Tapajós, com muitos convidados presentes.
As alunas reclamaram para o Governador sobre o que elas chamaram de "maquiagem", pois há mais de 15 anos a escola não passava por reformas e a que foi feita recente, deixou muito a desejar, ao ponto das alunas se manifestarem diante de Simão Jatene.
O Governador ao invés de usar o bom senso e ouvir com habilidade as alunas, resolveu ir para o 'telequete' e acusou os estudantes de destruírem o patrimônio público.
Jatene com o dedo em riste passou a acusar generalizadamente os alunos de destruírem o patrimônio público, entrou em diversas salas da Escola e visivelmente descontrolado, reclamava dos estudantes de não cuidarem bem do patrimônio público, não reconheceu em nem um momento haver falhas na reforma da escola.
O Diretor da escola Rio Tapajós, Professor Aluízio Bentes, confirmou para a imprensa local de que os alunos realmente foram prejudicados pela reforma mal feita na escola e disse que comunicou o Governo, reivindicou junto as autoridades, mas ninguém o ouviu.
O que ficou da cena exibida pela TV Tapajós - Globo Local foi um despreparo de uma autoridade que comanda um Estado gigantesco com problemas muito mais graves que este, de repente perder a compostura e partir para a gritaria verbal sem sentido. (Com informações do G1 Santarém - VEJA A MATÉRIA DA TV AQUI
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quinta-feira, 28 de novembro de 2013

CARDOZO CONTRA-ATACA: VAI PROCESSAR OS ASSALTANTES DE TRENS


Ministro da Justiça pretende acionar criminalmente e por danos morais as pessoas que o 
ofenderam no caso da investigação do cartel do Metrô paulista; "Todos, sem exceção, os que me 
chamaram de vigarista, de membro de quadrilha, de sonso, e outras adjetivações 'tão elegantes', 
serão processados criminalmente", Cardozo afirmou que irá ao Senado e à Camara falar sobre 
as denúncias envolvendo o PSDB na próxima terça-feira; é guerra!

Agência Brasil

Brasília - O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse nesta quinta-feira 28 que processará criminalmente e por danos morais as pessoas que o ofenderam no caso de investigação do Metrô de São Paulo. No entanto, o ministro não especificou os nomes de quem pretende acionar judicialmente. "Todos, sem exceção, os que me chamaram de vigarista, de membro de quadrilha, de sonso, e outras adjetivações 'tão elegantes', serão processados criminalmente".
"O ministro de Estado da Justiça não pode aceitar ser chamado de 'vigarista' e 'sonso', no sentido de dissimulado. [Não pode] aceitar ser chamado de membro de quadrilha e não reagir, ele não defende seu cargo, porque esse é um cargo de Estado. Acusar um ministro de vigarista é inaceitável e atinge o próprio cargo", ressaltou, em entrevista coletiva.
Leia mais em Aníbal ameaça processar Cardozo: "é um sonso"
Cardozo disse que irá na próxima terça-feira (3) ao Senado Federal e na quarta-feira (4) na Câmara para falar sobre as denúncias de irregularidades em licitações para obras do metrô de São Paulo envolvendo políticos do PSDB.
Ontem (27), o PSDB ingressou com representação contra o ministro na Comissão de Ética Pública. O partido acusa Cardozo de ter usado informações falsas para incriminar adversários do governo e do PT. Durante a entrevista coletiva, o ministro subiu o tom ao reiterar que a polêmica desvia o foco do assunto principal.
"Querem uma cortina de fumaça em relação aos fatos. Parece que se tem perdido um pouco a dimensão de que essa investigação que ocorre relativo às obras do metro não é apenas brasileira, é mundial e está diretamente relacionada ao que ocorre em vários países do mundo. Temos vários países que já investigaram e já puniram o cartel", disse. "Acho inaceitável, seja que pretexto for, seja para tentar desviar a atenção de uma investigação séria, seja para intimidar, que pessoas atinjam a honra com tão baixo nível".
Cardozo informou que mais de 30 terabites de informações já foram encaminhados pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) ao Ministério Público Federal. O documento contém informações detalhadas sobre as investigações com fotografias, contrato, planilha, tabelas, matérias de jornais que falam de outras operações feitas pela Polícia Federal. "Há muitos fatos narrados, se são procedentes ou não, é isso que vamos investigar", disse o ministro.
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Deputado Gustavo Perrella usava verba pública para abastecer helicóptero apreendido com cocaína


Público toma escadarias da Assembleia Legislativa de Minas Gerais para protestar contra caso 
do helicóptero do pó; aparelho do deputado estadual Perrellinha (Solidariedade) foi apreendido 
com 450 quilos da droga; combustível e piloto eram pagos com verbas da casa; Jornal Nacional, 
de William Bonner, é discreto sobre o fato; por que globais querem esconder essa notícia?

O deputado Gustavo Perrella usou parte da verba indenizatória a que os deputados estaduais têm direito mensalmente na Assembleia Legislativa de Minas Gerais para abastecer o helicóptero da empresa, apreendido no domingo passado com 445 quilos de cocaína.
Nas prestações de contas apresentadas ao Legislativo Estadual, foram gastos neste ano ao menos R$ 11.253,44 com combustíveis para aeronaves.
O mais recente registro de compra é de 1º de outubro. A prestação de contas do mês de novembro ainda não está disponível. Após o encerramento do mês, o deputado tem até três meses para apresentar as notas fiscais cujos valores são reembolsáveis, segundo informou a Assembleia, por meio da sua assessoria.
O advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, que trabalha para Gustavo Perrella e para o pai dele, o senador Zezé Perrella, disse que o uso da aeronave da Limeira Agropecuária pelo deputado ocorre “uma, duas vezes por mês”. Ele disse ainda que “em 90% das vezes em que o helicóptero era usado para atividade profissional”.
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Anselmo:Colares “Chapa derrotada tenta golpe contra reitoria eleita”


Professor Anselmo Colares diz que chapa vencedora será homologada.

Saiu no O Impacto

Acadêmicos e funcionários da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) passam por um dilema, após a consulta universitária realizada no dia 18 deste mês, para a escolha da nova Reitoria. Durante o pleito, duas chapas concorreram ao maior cargo administrativo da instituição, entre elas, uma formada pelos professores Aldo Queiroz e Kátia Corrêa, denominada de “Orgulho de Ser Ufopa”. A outra formada pelos professores Raimunda Monteiro e Anselmo Colares, intitulada “Gestão Participativa com Excelência”. Após ser derrotada nas urnas na consulta universitária, a chapa do professores Aldo Queiroz entrou com um processo na Justiça contra os vencedores Raimunda Monteiro e Anselmo Colares. A chapa “Orgulho de Ser Ufopa” alega que várias irregularidades ocorreram no dia da votação, como a compra de votos. Já o vice-reitor eleito, professor Anselmo Colares, declarou que a chapa “Orgulho de Ser Ufopa” está tentando dar um golpe para anular a eleição da Ufopa. Veja a entrevista na íntegra:

Jornal O Impacto: Em sua opinião, os funcionários e acadêmicos que votaram na professora Raimundinha podem ficar tranqüilos que não terá nenhum problema para a homologação da nova reitoria da Ufopa?
Professor Anselmo: Essa é a nossa convicção, uma vez que temos consciência que de nossa parte fizemos tudo correto. Por mais que um ou outro simpatizante da chapa, no dia da consulta universitária estivesse portando slogan da campanha, isso também aconteceu do outro lado. A gente entende como uma manifestação natural em qualquer eleição. No geral, consideramos que a própria Justiça analise que simpatizantes tenham votado usando a camisa com o slogan da chapa, o que hoje é bastante aceito. O que não se aceita é o aliciamento, que são atos que ultrapassam essa manifestação. Temos consciência que isso não ocorreu, principalmente porque a eleição foi acompanhada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Subseção de Santarém. Em todos os municípios a Polícia Militar se fez presente. Em Santarém a Polícia Federal também acompanhou. Em cada secção eleitoral havia fiscais de ambas as chapas. Para completar, a eleição aconteceu em uma instituição, onde as pessoas são totalmente esclarecidas e tem uma formação que não lhes permite se deixar levar por um pedido de voto de última hora. Acreditamos que todo mundo que compareceu para votar já tinha clareza e consciência da sua escolha.
Jornal O Impacto: A contestação da chapa “Orgulho de Ser Ufopa” pode ser entendida como um golpe?
Professor Anselmo: Estamos classificando dessa forma, porque dá a impressão que o objetivo é protelar, no sentido de ganhar tempo porque não há nenhuma chance, sustentação jurídica ou provas que realmente possam comprometer o processo de homologação da chapa “Gestão Participativa com Excelência”. Para se ter uma idéia, uma das acusações que faz parte do processo é um papel que sequer tem a assinatura da pessoa que fez a acusação. Existe apenas o primeiro nome e, não está por extenso e não é assinado. Há algumas fotografias anexadas ao processo como se pessoas estivessem fazendo boca de urna, mas não configura que possa causar qualquer prejuízo, uma vez que a foto foi tirada muito longe do local onde estava acontecendo a votação.
Jornal O Impacto: Qual o próximo passo para que a nova Reitoria possa tomar posse?
Professor Anselmo: O ritual é o seguinte: Há a necessidade de acontecer uma reunião no Conselho Superior Universitário (CONSUN), que é constituído de 22 pessoas: O reitor, o vice, os pro-reitores, os diretores de institutos, três representantes dos professores, três representantes dos técnicos e três representantes dos estudantes. O CONSUN deve reunir para homologar o resultado e formalizar a lista tríplice a ser enviada ao Ministério da Educação (MEC). Como somente duas chapas participaram da eleição, a lista tríplice deverá conter um terceiro nome, que o CONSUN terá liberdade de escolher. Isso faz parte das regras democráticas e o CONSUN deve fazer essa lista a partir do resultado da consulta. O primeiro nome da lista deve ser da professora Raimunda Monteiro, o segundo do professor Aldo Queiroz e um terceiro nome para completar a lista tríplice, que vai ser encaminhada ao MEC, onde o Ministro da Educação, Aloizio Mercadante, terá a liberdade de fazer a escolha entre os três nomes. Historicamente, já há mais de 10 anos que o reitor escolhido pelo MEC é o mais votado na consulta universitária.
Jornal O impacto: Qual seria a data prevista para acontecer a posse da nova Reitoria?
Professor Anselmo: Quando foi aprovado o regimento eleitoral havia um calendário, onde a reunião do CONSUN deveria ter ocorrido no dia 25 de novembro, para que o novo Reitor e vice tomassem posse ainda neste ano. Agora não sabemos quando a nova Reitoria deverá tomar posse por causa da outra chapa que está tentando levar à Justiça o processo. A posse poderá retardar um pouco, mas também é possível que o MEC analise a questão, intervenha e chegue à conclusão de que deverá encerrar a antiga gestão da Ufopa e dar posse à nova Reitoria.
Jornal O Impacto: Enquanto ocorre o processo, o professor Seixas Lourenço continua na reitoria da Ufopa?
Professor Anselmo: Sim. A gente não tem nenhum elemento que diga o contrário. A não ser que o próprio MEC considere um quadro de instabilidade, que por enquanto não há, mas não se sabe qual será a reação das categorias formadas pelos técnicos, os estudantes e os professores. Afinal de contas, essas pessoas votaram, escolheram um candidato e podem reagir de uma forma até imprevisível, caso a vontade delas não seja respeitada.
Jornal O Impacto: Os acadêmicos podem ficar tranqüilos que no momento a Ufopa não está sem representante?
Professor Anselmo: A Ufopa tem um Reitor que está no exercício de sua função e tem uma nova Reitoria que já foi eleita. O que não falta são representantes, mas temos que finalizar o processo, para que comesse a gestão de fato a partir do que foi a decisão da comunidade acadêmica.
Jornal O Impacto: A partir do momento que a nova Reitoria tomar posse, quais serão os principais objetivos a serem colocados em prática?
Professor Anselmo: Se a nomeação for ainda neste ano, temos que cuidar do orçamento para não comprometer nenhuma atividade para o próximo ano. Também ainda não há a definição de nomes da equipe. Vai caber a Reitora tão logo seja empossada, a nomeação dos pro – reitores e dos diretores dos institutos. A gente ainda não tem definição sobre isso e, é provável que alguns ainda fiquem por certo períodos até que aconteçam eleições nesses outros locais. Nas pro-reitorias ainda serão escolhidos aqueles que vão desenvolver as atividades. Entre as principais ações, vamos manter a Universidade funcionando regularmente.
Jornal O Impacto: Nos campi do interior serão nomeados novos diretores?
Professor Anselmo: Nesses campi, por enquanto, com exceção de Oriximiná, nos outros municípios existem apenas técnicos por conta de ainda não ter cursos instalados. Isso ainda vai ser em médio prazo. Depois cada campus deverá ser constituído como unidade, com professores, técnicos e estudantes. Nesses termos justificaria a existência de um coordenador.
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CUT VAI CONTRATAR DELÚBIO


Dirceu, Genoino e Delúbio em Brasilia, fazendo Politica. E Delúbio vai fazer o que sabe.

A CUT nacional decidiu contratar Delúbio Soares como assessor sindical para trabalhar na sede da CUT nacional, no setor SUL, em Brasília.
O salário será de R$ 4.500 por mês.
(O que dará para ele continuar a fumar charutos cubanos, o que irrita muito os colonistas do PiG).
Delúbio já foi Tesoureiro de CUT nacional.

Em tempo: A CUT tem 23 milhões de trabalhadores afiliados.

Paulo Henrique Amorim
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O PT VAI TIRAR GENOINO DA PAPUDA


A Polícia Civil é que está lá dentro e sabe que o Genoino não pode ficar na Papuda.

Terça-feira da semana que vem, a bancada do PT, liderada pelos deputados André Vargas, do Paraná, e José Guimarães, do Ceará, vai apresentar à mesa da Câmara dos Deputados o pedido de aposentadoria imediata do deputado José Genoino, condenado no mensalão (o do PT), pelo simples fato de ter sido presidente do PT.
A base do argumento de Vargas e de Guimarães é o laudo do IML, que tem fé pública.
O laudo do IML considerou que Genoino não pode ficar na Papuda.
É um laudo da Polícia Civil, a Polícia Judiciária e, portanto, aquela vive lá dentro e sabe o que se passa dentro da Papuda.
Para efeitos previdenciários – como o da aposentadoria – o que conta é o laudo do IML.
O PT não aceita o laudo acadêmico dos médicos da UNB reunidos por Joaquim Barbosa e nem o da Câmara, que ficou em cima do muro, mas, enfim, teve que reconhecer que Genoino tem uma bomba relógio dentro do peito.
Se a mesa da Câmara não aceitar o procedimento proposto, o PT não vai deixar votar a cassação do mandato.
O próprio laudo da Câmara exige 90 dias para reavaliar a situação de Genoino.
Dentro desse prazo, calcula o PT, a Câmara não pode apreciar a cassação.
E, depois disso, o PT quer ver quem vai votar pela cassação.
Já que o voto será aberto.
Como se sabe, o Vovô Tancredo perguntou ao netinho: meu filho, o Barbosa tira ou traz votos ?

Paulo Henrique Amorim
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Honduras: do golpe ao Estado policial?



Os resultados da eleição presidencial em Honduras, realizada no domingo 24, ainda não são oficiais, 
mas tudo indica que o conservador Juan Orlando Hernández será o próximo presidente do país. 
Hernández fez uma campanha centrada no combate ao crime, cujos altos índices tornaram Honduras o 
país mais violento do mundo segundo a ONU, a eleição de Hernández pode consolidar em Honduras 
um Estado policial que vem sendo gestado desde 2009, quando o então presidente Manuel Zelaya foi 
deposto por um golpe cívico-militar.
Integrante do establishment que assumiu o País após a queda de Zelaya, Orlando Hernández, apoiador do golpe de 2009 e atual presidente do Congresso, baseou sua campanha no combate ao crime. Prometeu “fazer o que for preciso para recuperar a paz e a tranquilidade” e colocar “um soldado em cada esquina”. 
Hernández ainda apresentou um projeto para criar uma Polícia Militar em Honduras e quer mudar a Constituição do país para autorizar o Exército a realizar buscas nas casas de suspeitos e investigar crimes. 
Entre os nove candidatos a presidente, o conservador foi o único a não assinar um documento público que pedia a criação de uma força policial profissional, civil e não militar, que respeite direitos humanos e transparência. Para seus rivais na eleição, entre eles Xiomara Castro, mulher de Zelaya e apoiada por Luiz Inácio Lula da Silva, essas são medidas que abrem espaço para novas violações do Estado de direito em Honduras.
Piora o temor dos críticos o fato de Orlando Hernández ter mostrado disposição para ir longe ao cumprir suas promessas. Em dezembro passado, liderou um “golpe técnico” que afastou, ao mesmo tempo, quatro juízes da Suprema Corte que avaliavam como inconstitucional o expurgo realizado por Porfirio Lobo na polícia hondurenha. Ao contrário do que pensavam muitos, o golpe de 2009 não serviu para instaurar a democracia em Honduras, mas pode ter ajudado a torná-la inviável.
Zelaya: "se necessário, o povo defenderá nas ruas a sua vitória nas urnas"
“Exigimos que se respeite a decisão do povo de que Xiomara Castro seja a sua presidenta. Não importa o que façam, porque esse processo se iniciou e ninguém vai pará-lo”, afirmou o coordenador do Partido Livre (Liberdade e Refundação), Manuel Zelaya. Junto a centenas de militantes, o ex-presidente destacou durante coletiva de imprensa nesta segunda-feira (25) em Tegucigalpa que, “se necessário, o povo defenderá nas ruas a sua vitória nas urnas”.
Deposto por um golpe militar patrocinado pelos EUA em 2009, Zelaya enfatizou que “as urnas falaram em defesa de uma mudança profunda” e denunciou que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) age em função dos interesses da oligarquia vende-pátria, representada pelo candidato Juan Orlando Hernández, do Partido (Anti) Nacional.
“O Tribunal não está contabilizando 1.900 atas, cerca de 400 mil votos, de zonas em que o Partido Livre ganhou amplamente. Estamos prontos para comparar as atas que temos com as que chegaram do TSE. Que eles demonstrem o contrário, que perdemos. Nunca poderiam fazê-lo”, acrescentou Zelaya, aplaudido de pé.
Segundo Zelaya, a disposição do Partido Livre não é a de “conclamar a sublevação, mas de garantir direitos, que não se negociam”. “Por que o Tribunal aparta 20% das urnas em seu resultado? Basta ter um mínimo de inteligência para explicar”, condenou o ex-presidente, com a militância respondendo em coro: “vamos às ruas!”.
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