sexta-feira, 31 de outubro de 2014

UM LULA MAIS PERTO DO GOVERNO


Seja ou não candidato do PT para 2018, convém que Lula esteja mais presente na retaguarda 
da presidenta reeleita.

A RECOMENDÁVEL PARCERIA
Mino Carta, extraído da Carta Capital:

Ao entrevistar a presidenta Dilma no domingo 19 de outubro, eu a percebi serena e firme, solitária, contudo, como que perdida naquele imenso Alvorada. Confesso que Brasília me assusta com seus cenários stalinistas-mussolinianos, fruto de uma arquitetura que repele o ser humano, de sorte a isolar cada um em perfeita solidão, mesmo sem dar-se conta deste triste destino.
Reencontrei a presidenta no vídeo, na noite do domingo seguinte, 26, a celebrar a vitória recém-conquistada. Desapareceu a impressão de uma semana antes. Firme, serena, e algo mais, decisivo: a consciência da liderança. E ouvi um discurso de estadista. Não pratico a retórica, apenas a sinceridade.
Muito me tocaram as duas referências emocionadas que do palco Dilma fez a Lula, cujo desempenho na fase final da campanha foi determinante. Creio que a estreita parceria Dilma-Lula nos próximos quatro anos será garantia de êxito, a despeito das dificuldades previsíveis, ao menos na primeira metade do segundo mandato. Geradas tanto pela crise internacional quanto pela situação interna.
Desde a eleição de 2010 até hoje, a discrição do criador em relação à criatura ficou patente aos olhos de todos. Como se o antecessor quisesse deixar a ribalta toda para a sucessora. Não é por acaso que, a partir de 2011, Lula não comparece às festas anuais de CartaCapital, bem como de muitos outros eventos nos quais Dilma surge como personagem principal.
Neste segundo mandato da presidenta, tendo a imaginar que as coisas mudem, a permitir que o extraordinário talento político do ex-presidente aproveite ao previsível empenho na recuperação dos esquecidos e ainda atuais ideais petistas e, em geral, na prática do diálogo proposto por Dilma. Abertura em todas as direções, em busca de um consenso o mais amplo possível.
Minhas dúvidas dizem respeito ao fanatismo do Apocalipse que se estabeleceu nos mais diversos recantos oposicionistas com o apoio frenético da mídia nativa, entregue, até o último instante, à manobra golpista. Esta animosidade feroz conspirou contra a razão, com o nítido resultado de precipitar um tsunami de mentiras e sandices já bem antes do início da campanha eleitoral.
Nunca imaginei que lá pelas tantas recordaria o professor Alexandre Correia. Da boca dele ouvi o ditame intransponível do direito da sua especialidade, o romano: in dubio pro reo. Não há acusação alguma de todas as formuladas pela oposição contra o governo, amparada em provas, inclusive aquelas surgidas das delações premiadas. Trata-se de um processo em andamento com desfecho previsível a médio ou longo prazo. O professor Alexandre, bianco per antico pelo, como diria Dante, ficaria pasmo. E este é apenas um dos exemplos da delirante precipitação oposicionista, alimentada, sobretudo, pelo ódio de classe.
Temo aqui um possível complicador para a ação de um governo que propõe não somente o diálogo, mas também a participação popular por vias diretas. Tudo quanto favorece a democracia apavora a casa-grande. De todo modo, é também por sua capacidade de mediação que Lula é importante na busca da aproximação aos habitantes da área do privilégio. O ex-presidente tem uma tradição como conciliador de interesses aparentemente díspares que vai desde a presidência do sindicato até a Presidência da República.
Não sei se Lula, ao contrário do que divulga impávido um jornalão, pretende ser candidato em 2018. Soa hoje como solução natural e ideal para o PT. Resta ver se ele quer, e como decorrerão os próximos quatro anos. Seria este, em todo caso, um excelente motivo para que Lula estivesse mais presente na retaguarda da presidenta reeleita.
______________________________________________

AÉCIO CAPRILES ...QUA...QUA...QUA...


Ministro João Otávio de Noronha diz que pedido de auditoria no sistema eleitoral feito ontem 
pelo coordenador jurídico do PSDB, deputado Carlos Sampaio, ao TSE, não apresenta fatos 
que possam ameaçar o processo eleitoral e tem potencial para arranhar a imagem do País; "O 
problema é que não estão colocando em xeque uma ou duas urnas, mas o processo eleitoral. É 
incabível. Se você colocar em xeque o sistema eleitoral, aponte o fato concreto que vamos 
apurar", afirmou corregedor-geral da Justiça Eleitoral; PSDB de Aécio Neves alega não estar 
pedindo recontagem dos votos nem questionando resultado que deu vitória a Dilma.

Jornal GGN - O PSDB, partido do senador Aécio Neves, apresentou na quinta-feira (30) um pedido ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de instituição de uma "comissão especial" para apurar se houve possíveis fraudes nas urnas durante o segundo turno presidencial.
Na visão do PSDB, essa comissão deve ser formada por integrantes dos partidos políticos com o objetivo de prestar contas à população, que estaria, segundo alega a agremiação, desconfiada dos resultados em função da suposta vulnerabilidade das urnas eletrônicas.
No último domingo (26), Aécio foi derrotado por Dilma Rousseff (PT) por uma diferença de 3 pontos. Petistas já criticaram a iniciativa dos tucanos, argumentando que o PSDB tenta um terceiro turno, incorformado com a reeleição apertada de Dilma. Reportagens mostraram que Aécio liderava a contagem de votos até que a apuração no Sudeste e Sul encerrou-se, e abriram-se as urnas do Norte e Nordeste. Foi quando Dilma virou o cenário e chegou a 51% dos votos, deixando o adversário na casa dos 48%.
Em entrevista ao Estadão, o deputado Arlindo Chinaglia (PT) considerou lamentável a postura do PSDB. Para ele, o partido se orienta por boatos - muitas pessoas postaram imagens ou vídeos nas redes sociais, levantando suspeitas de fraude nas urnas - e não se preocupa em buscar provas antes de recorrer ao TSE. "O partido desrespeita o TSE. Uma representação dessa é negar a lisura dos ministros", disparou. O Tribunal ainda não se manifestou sobre a representação.
Menos de 24 horas depois de apresentada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a tentativa do PSDB de ganhar as eleições no tapetão foi contestada pela Justiça Eleitoral. Pedido feito ontem pelo coordenador jurídico do partido, deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), para que houvesse uma auditoria especial no sistema eleitoral foi descrito como "incabível" nesta sexta-feira 31 pelo ministro João Otávio de Noronha, corregedor-geral da Justiça Eleitoral.
Sampaio argumenta, em texto divulgado ontem, que fez "um pedido de auditoria no sistema, com o acompanhamento do TSE e de técnicos indicados pelos partidos, para evitar que esse sentimento de que houve fraude continue a ser alimentado nas redes sociais", depois de anunciado o resultado das urnas no último domingo 26, dando vitória à presidente Dilma Rousseff no segundo turno da disputa.
"O que ele [Sampaio] não apresenta são fatos que possam colocar em xeque o processo eleitoral. Está colocando ampassã. Isso não é sério, então, não me parece razoável", comentou o ministro. "O problema é que não estão colocando em xeque uma ou duas urnas, mas o processo eleitoral. É incabível. Se você colocar em xeque o sistema eleitoral, aponte o fato concreto que vamos apurar", completou.
Sampaio disse ainda que a representação trata de uma tentativa de defesa do próprio TSE, pois "milhares de eleitores" estariam questionando a postura do tribunal. "O que eu pretendi unica e exclusivamente foi evitar que milhares de eleitores continuassem a colocar em xeque a postura do TSE", afirmou. Esse sentimento de desconfiança "não é saudável para a democracia", disse ele.
_______________________________________

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Dilma no SBT.

Lula: Veja foi o melhor panfleto da campanha do Aécio

ACUADO PELA CRISE HIDRICA, CALIFA DO TUCANISTÂO PEDE AJUDA AO BRASIL


O Califa do Tucanistão Geraldo Alckmin, diz que aceita a ajuda oferecida pela presidente 
reeleita, Dilma Rousseff, para conter a crise de água que afeta o Estado. Na manhã desta quarta-
feira, ele afirmou que encaminhará pleitos ao governo federal – como exemplo citou o 
financiamento de projeto de interligação das represas.

Alckmin acusa o governo federal do Brasil de priorizar a “água de represa paulista para a produção de
energia elétrica”. Segundo ele, protocolos internacionais defendem que o abastecimento de pessoas e
de animais deve estar à frente de outras necessidades.
As afirmações do Califa do Tucanistão são em resposta às declarações da presidente brasileira reeleita
em entrevista exclusiva ao Jornal da Band. A Presidenta do Brasil criticou o Califa Tucano e disse que
o governo Brasileiro se colocou à disposição para ajudar a diminuir o problema no começo de 2014 e
que teria contribuído com qualquer obra de emergência.
“O Califa optou por um processo, digamos assim, mais tradicional: optou pela licitação”, disparou 
a presidente do Brasil. “Uma série de investimentos que deveriam ter sido feitos não foram”, disse na
entrevista.
O Tucanistão enfrenta a maior crise hídrica da história. O volume do Sistema Cantareira, reservatório
que abastece 9 milhões de pessoas, atingiu 3% e a Companhia de Saneamento Básico do Estado do
Califado Tucano (Sabesp) precisou utilizar a segunda cota da reserva técnica – o chamado volume
morto, que fica abaixo dos dutos de captação – para manter o abastecimento.
____________________________________________________

Os bastidores de como o jn deu o Golpe da Veja


O jn ficou em dúvida: abater a Dilma com 32 ou 64 punhaladas.

Como se sabe, o ansioso blogueiro trabalhou na Rede Globo e deixa lá amigos diletos, leais e discretos.
Como se sabe, a Veja começou a surrupiar os votos indecisos da Dilma na quinta-feira quando montou
a trampa que a Carta Capital denunciou.
A capa do detrito sólido de maré baixa foi postada na internet a partir de quinta-feira e não deu tempo 
de o jn tratar dela naquele dia.
Na sexta-feira, o jn também não deu nada: o que levou o Conversa Afiada a dizer que o jn amarelou
observação também da Fel-lha, que não se fez de rogada e também deu curso ao sórdido Golpe da 
Veja.
Tão sórdido quanto impune, como desconfiam o Janio de Freitas e o Fernando Brito.
Mas, no sábado, a edição do jornal nacional apunhalou Dilma pelas costas e reproduziu a capa da
Veja, o que, para os eleitores indecisos, era a ratificação do que tinham visto nas redes sociais.
Como denunciou o Azenha, o jn fez o que o blogueiro ansioso não se cansa de dizer: transformou o 
detrito sólido de maré baixa em Chanel #5.
Mas, poderia ter sido muito pior, amigo navegante.
Muito pior.
Aquele passarinho saiu de Brasília e pousou na varanda aqui de casa, num galho da jabuticabeira cheia 
de bolinhas pretas, irresistíveis.
Pousou e contou:
- Amigos da Presidenta Dilma souberam que o jn ia dar a capa da Veja enrolada numa “matéria” 
sobre a “liberdade de imprensa”- ou seja, para condenar a manifestação na porta do prédio da 
Editora Abril;
- Os amigos ponderaram que, em nome de algum verniz de imparcialidade, seria conveniente 
mostrar que a Presidenta Dilma, em Porto Alegre, condenou veementemente a manifestação;
- E mais, que a Presidenta Dilma, no horário eleitoral de sexta-feira de manhã, tinha repelido a 
matéria da Veja como “terrorismo” que seria punido com ação judicial;
- Os amigos da Presidenta Dilma falaram com dois super-chefes do jornalismo da Globo: um 
homem e uma mulher;
- a mulher foi a mais enfática defensora da tese de incluir as duas “falas” da Presidenta;
- o homem aceitou o acordo e “não rompeu a corda”, me disse o passarinho textualmente, depois de 
saborear uma jabuticaba.
- aí, o ansioso blogueiro perguntou: mas, e os filhos do Roberto Marinho, aqueles que não tem 
nome próprio ?
- “Não há o menor indicio de que tenham participado da negociação”, foi a reposta.

Não têm nome próprio e não mandam.
Ah, se o Dr Roberto soubesse disso …

Em tempo: como se vê, o estrago que o jn nacional amancebado com a Veja poderia fazer … fez.
Talvez por isso, o “homem” da direção do jornalismo tenha sido tão “generoso”…
Porque com a Globo é assim: a Dilma será apunhalada pelas costas, sempre: com 32 ou 64 facadas.
Foi com 32 …

Em tempo 2: pensando bem … No caso, se o “homem” e a “mulher” resolvessem escancarar a 
parcialidade e abater a Dilma com 64 punhaladas (pelas costas) ficaria tão falso que comprometeria a 
“credibilidade”. Se é que se pode empregar essa palavra no mesmo ambiente em que respira o jn …

Paulo Henrique Amorim
______________________________________________

Com ou sem decreto, Dilma deve assegurar participação social



Dilma deve assegurar participação social como política de governo

Por Helena Sthephanowitz, na RBA

Uma frase genial do antropólogo, escritor e político Darcy Ribeiro retrata o momento vivido com a
derrubada pelo Câmara dos Deputados do decreto que cria a Política Nacional de Participação 
Nacional (PNPS). Ele costumava dizer que havia fracassado em muitas tentativas de superar a pobreza, 
as carências educacionais e o subdesenvolvimento nacional, mas detestaria estar no lugar dos que o 
venceram.
As palavras caem como luvas na votação do projeto de autoria de dois deputados do DEM, Mendonça 
Filho (DEM-PE) e Ronaldo Caiado (DEM-GO), para derrubar o Decreto 8.243/2014, da presidenta 
Dilma Rousseff.
O Projeto de Decreto Legislativo (PDC) 1.491, de 2014, de Mendonça Filho e Caiado, quer suspender 
a criação do PNPS e impedir a ampliação do espaço da sociedade de intervir nas decisões 
governamentais.
A proposta de derrubada do decreto presidencial – que agora segue para votação pelo Senado – tem 
cheiro de chantagem do PMDB, maior partido da base, em tese, aliada da presidenta depois do PT. O 
presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN) se elegeu deputado pela primeira vez em 1971 e 
concorreu neste ano ao governo do Rio Grande do Norte. Perdeu.
A partir daí, deu diversas declarações à mídia queixando-se do fato de o ex-presidente Lula ter gravado 
depoimento em apoio ao seu adversário no segundo turno, Robinson Faria (PSD). Henrique Alves 
voltou para a Câmara retaliando, sem dar espaço para conversa ao líder Henrique Fontana do governo 
(PT-RS), que queria evitar a votação do decreto.
Depois de barrar o decreto de interesse da sociedade, Henrique Alves anunciou votação de um projeto 
de seu interesse. Ele quer votar nos próximos dias uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que 
torna obrigatório o pagamento de emendas parlamentares individuais. Chamada de PEC do Orçamento 
Impositivo, esse projeto é uma promessa de campanha de Henrique Alves quando de sua eleição ao 
comando da mesa diretora da Câmara. Quer entregar a "obra" antes de deixar o Congresso e a bancada 
do PMDB da Câmara já a definiu como uma das prioridades na negociação com o Planalto para outras 
votações.
Henrique Eduardo Alves está na lista do PMDB para comandar o Ministério da Previdência. 
Atualmente, quem ocupa a pasta é Garibaldi Alves, que voltaria a ocupar sua cadeira no Senado, e 
cotado pelos peemedebistas presidi-lo. O ímpeto peemedebista também foi um gesto político de disputa 
que passa pelo desejo de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) se eleger presidente da Câmara, com apoio da 
oposição se for preciso, e de ganhar mais espaço dentro do governo.
O decreto apenas institucionalizava como política de Estado a participação popular em caráter 
consultivo na formulação de políticas governamentais, sem tirar nenhum poder, nem invadir funções 
do legislativo.
Incluía inclusive a participação popular através da internet. É inconcebível em tempos de redes sociais 
que a política não se modernize e ouça mais o povo diretamente, dando mais cidadania e mais 
protagonismo popular.
Foi resultado do diálogo da Presidência da República com amplos setores da sociedade, conduzido 
pelo ministro Gilberto Carvalho, e que se acelerou após as manifestações de junho de 2013, que 
pediam principalmente maior participação como forma de aprimorar a representatividade dos 
governantes eleitos.
A extrema direita, capitaneada por parte da imprensa corporativa, demonizava o decreto, mentindo 
sobre seus efeitos como se levasse a uma "ditadura bolivariana" (sabe-se lá o que significa isso nas 
cabeças ensandecidas dos leitores da Veja), como se "substituísse" o Congresso Nacional por 
conselhos. Uma mentira deslavada. O decreto não toca em nenhuma atribuição do Legislativo, por 
onde têm de passar todas as leis. Não mexe em estruturas institucionais.
Na prática, com ou sem decreto, o governo pode e deve consultar a sociedade para construir políticas 
públicas. Nada impede o governo de conversar com todos os setores representativos da sociedade, 
colher sugestões, debater e até explicar efeitos colaterais nocivos que algumas reivindicações poderiam 
trazer. É até muito saudável esse processo de diálogo para amadurecer decisões.
A presidenta Dilma, que perdeu a votação na Câmara, fica do lado dos anseios populares. Ainda que a 
institucionalização da participação social seja barrada no Congresso como política de Estado, com 
Dilma reeleita essa participação deve continuar existindo, como política de governo, com ou sem 
decreto.
O que é isso, PSB?
Só PT, PCdoB, Psol e parte do PROS defenderam o decreto presidencial. Todos os outros partidos 
foram contra, inclusive PSB e PDT, confirmando sua guinada para o conservadorismo arcaico e um 
distanciamento das lutas populares. Dos 15 deputados do PSB que votaram, só Luiza Erundina (SP) 
foi contra a orientação de seu partido, que inclui entre seus companheiros o "socialista" Paulo 
Bornhausen (SC).
_________________________________________________________

CUZÂO DO SBT ANUNCIOU NO TWITTER QUE DILMA ESTAVA DESEMPREGADA

Fudeu-se !! 
Um tuíte em que Danilo Gentili, quando vazaram informações 
do TSE que davam a vitória a Aécio, anunciou que Dilma estava 
desempregada.


Desigualdade econômica está fora de controle


Jornal GGN – A Oxfam Internacional lançou hoje um relatório sobre a desigualdade 
econômica. Segundo a ONG, 70% da população mundial vive em países onde a desigualdade 
cresceu nos últimos 30 anos. A Organização afirma que apenas o patrimônio líquido dos 
bilionários da Índia é suficiente para eliminar duas vezes a pobreza absoluta do país. Os dados 
não param aí: as 85 pessoas mais ricas do mundo possuem fortuna igual à da metade mais 
pobre da população mundial. E no último ano eles ainda ficaram 14% mais ricos.

Desigualdade está 'fora de controle' e pode levar a 'retrocesso', diz Oxfam

Por Fabio Murakawa Do Valor Econômico


A desigualdade econômica no mundo está "fora de controle" e "pode levar a um retrocesso de décadas 
na luta contra a pobreza", segundo relatório da Oxfam Internacional que será divulgado hoje.
O estudo "Equilibre o Jogo: é hora de acabar com a desigualdade extrema" abre uma campanha de 
cinco anos da entidade "para pressionar líderes mundiais a transformar a retórica em prática e garantir 
condições mais justas às pessoas mais pobres".
Nele, a Oxfam cita uma série de dados. Segundo a ONG, sete em cada dez pessoas no mundo vivem 
em países onde o abismo entre ricos e pobres cresceu nos últimos 30 anos. Outro exemplo: patrimônio 
líquido dos bilionários na Índia é suficiente para eliminar duas vezes a pobreza absoluta do país.
Ainda de acordo com a ONG, com base em relatório anual da revista "Forbes", as 85 pessoas mais 
ricas do mundo detêm uma fortuna igual à soma das posses de metade da população mais pobre do 
planeta. No período de um ano, entre março de 2013 e março deste ano, a riqueza desses bilionários 
ficou 14% maior. Isso representa um aumento anual de US$ 244 bilhões - ou US$ 668 milhões por dia.
A Oxfam diz que o ritmo de alta da desigualdade vem se acentuando após a crise econômica global. 
Nos últimos quatro anos, a riqueza somada dos bilionários subiu 124%, atingindo US$ 5,4 trilhões - o 
que corresponde a duas vezes o PIB (Produto Interno Bruto) da França em 2012.
Segundo a Oxfam, o "fundamentalismo de mercado" e o que chama de "captura política pelas elites" 
são os principais fatores a contribuir para o aumento da concentração de riqueza no mundo.
"A desregulamentação econômica conseguiu promover crescimento, mas seus benefícios foram 
aproveitados por muito poucos e não chegaram aos mais pobres", disse ao Valor Simon Ticehurst, 
diretor da Oxfam Internacional no Brasil. "Além disso, há uma capacidade desproporcional dos mais 
ricos em influenciar políticas públicas."
Todo esse poder de decisão concentrado na camada mais rica da população, pelo raciocínio da Oxfam, 
dificulta a adoção de políticas públicas que propiciem a redução da desigualdade, como uma tributação 
progressiva sobre a riqueza (em vez da taxação do consumo, por exemplo) e leis que combatam a 
evasão fiscal.
Em 2013, a Oxfam estimou que o mundo perdeu cerca de US$ 156 bilhões em receitas fiscais por 
causa da alocação de ativos de pessoas ricas em paraísos fiscais. "Quando os mais ricos desfrutam de 
baixos impostos e podem se aproveitar de brechas fiscais, e quando os mais ricos podem esconder seu 
dinheiro em paraísos fiscais no exterior, gigantescos buracos são abertos nos orçamentos nacionais, que 
devem ser preenchido pelo resto de nós, redistribuindo renda ao contrário", diz o documento.
Pelos cálculos da Oxfam, 23 milhões de vidas poderiam ter sido salvas nos 49 países mais pobres do 
mundo se tivesse sido criado um imposto de "apenas" 1,5% sobre as fortunas dos bilionários do 
mundo, caso esse dinheiro fosse investido em assistência médica.
A entidade faz ainda uma relação direta entre a desigualdade e fenômenos como o aumento da 
violência. Usa, como exemplo, a América Latina, "região mais desigual e insegura do planeta". A 
América Latina, diz a ONG, reúne 41 das 50 cidades mais violentas do mundo e foi palco de 1 milhão 
de assassinatos entre 2000 e 2010.
Ticehurst, além disso, elogia o Brasil como "um dos poucos países do mundo onde houve redução da 
desigualdade nas últimas décadas. "É o único país dos Brics, um dos poucos do G-20 onde isso 
aconteceu", afirma. Ele pondera, no entanto, que apesar da "redução significativa", o país ainda está 
entre os 12 mais desiguais do mundo e os quatro mais desiguais da América Latina.
Segundo ele, os 10% mais ricos do Brasil concentram 42,9% da riqueza do país. A fatia dos 40% mais 
pobres, por sua vez, é de 10%.
Para ele, o modelo usado pelo Brasil para a redução de desigualdade deu certo, mas "não será 
suficiente para continuar a reduzir a desigualdade no país".
"A fase mais fácil já passou. A mais difícil inclui uma reforma fiscal que leve a um modelo de 
tributação mais progressivo", afirma.
______________________________________________________

A esquerda é a preferida no segundo turno do Uruguai


Tabaré Vázquez celebra resultado do primeiro turno

Carta Capital

No domingo à noite a principal rua do centro de Montevidéu ficou cheia de bandeiras vermelhas, azuis e brancas. Apesar de não chegar aos 50% mais um dos votos que a lei uruguaia exige para vencer o primeiro turno das eleições nacionais, a Frente Ampla (esquerda) foi vitoriosa. Pelas primeiras pesquisas de boca de urna, o partido do presidente José “Pepe” Mujica não só conseguiria ficar como a força política mais votada, mas também guardava a esperança de obter a maioria parlamentar. A chance foi confirmada na segunda-feira 27, quando o primeiro escrutínio lhe outorgou 47,8% dos votos à Frente Ampla e a maioria nas duas câmaras legislativas.
No próximo domingo de 30 de novembro, o Uruguai de 2,9 milhões de pessoas habilitadas a votar terá segundo turno entre o candidato da esquerda, Tabaré Vázquez (presidente entre 2005 e 2010), e o candidato do Partido Nacional (direita), Luis Lacalle Pou. As pesquisas das últimas semanas antecipavam essa possibilidade, mas se esperava que o Partido Nacional conseguisse mais votos dos que finalmente teve: 30,9%. O candidato do Partido Colorado (direita), Pedro Bordaberry, ficou fora do segundo turno e, com menos votos do que teve nas eleições passadas, já anunciou o seu apoio ao seu antigo rival. “Estou convencido que a maioria dos uruguaios sente que há que mudar as políticas de segurança e educação. E eu acho que a pessoa que vá conseguir essas mudanças é Lacalle Pou. Vou trabalhar cada hora para que ele ganhe”, disse no domingo à noite. Mas a soma dos votos colorados (12,9%) e do Partido Nacional - uma possibilidade no segundo turno - não atinge os conquistados pela Frente Ampla.
Além de a lei uruguaia não permitir a possibilidade de reeleição presidencial, o atual presidente Mujica encabeçou uma lista para o Senado. As eleições do domingo 26 o confirmaram como o legislador mais votado na Frente Ampla. Desta forma, se entregasse a Presidência, Mujica poderia ter ficado como presidente em exercício no caso que o presidente eleito e o vice-presidente ficarem fora do país. Segundo pesquisas, Pepe tem uma popularidade de 62%; ele foi eleito no segundo turno de 2009.
“Nos comprometemos a procurar consensos políticos e sociais. Haverá diálogo, respeito às outras forças políticas e tolerância. Além das maiorias, o caminho será a procura desse encontro”, disse Vázquez no domingo à noite.
Nos últimos dez anos no governo, a Frente Ampla sempre teve maioria parlamentar, o que lhe permitiu aprovar leis como a legalização da maconha ou a permissão do aborto. No caso da lei que regula o mercado da maconha, o governo Mujica impôs disciplina partidária aos seus legisladores obrigando-os a aprovar a norma. No governo Vázquez a maioria parlamentar lhe permitiu fazer mudanças importantes no país, como uma reforma tributária, da saúde pública ou a criação do Ministério de Desenvolvimento Social encarregado da assistência aos mais pobres.
A esquerda também venceu em 14 dos 19 departamentos que dividem ao Uruguai, o que pode ser um indicador para as eleições dos governos locais do ano que vem. No total, a Frente Ampla conseguiu a mesma percentagem de votos que nas últimas eleições de 2009. Essa é a primeira vez nos últimos 60 anos que um partido ganha a maioria parlamentar três governos consecutivos.
Contudo no mês de fevereiro, quando assumirem os novos legisladores, o Parlamento uruguaio terá pequenas mudanças. Unidade Popular, de esquerda radical, terá um deputado e o Partido Independente, de militantes socialdemocratas, terá um senador além dos dois deputados que tinha até agora.
Vázquez, médico, ex presidente, de 74 anos, terá só um rival no segundo turno do mês de novembro. Luis Lacalle Pou é a figura surpresa neste ano eleitoral: com 41 anos é o candidato mais jovem em disputar a Presidência, só tem experiência como deputado, é filho do ex-presidente Luis Lacalle (1990-1995) e iniciou a campanha com 7% das intenções dos votos.
“Não é tirar a Frente Ampla, não é ter ou não ter as maiorias. Isso se trata de chegar até o governo. Os resultados não são os que eu tinha desejado, mas a possibilidade de ser governo fica intata”, disse Lacalle Pou no domingo à noite.
Mas, depois de mais de dez anos de crescimento econômico, os programas dos candidatos não refletem diferenças importantes. As discrepâncias na economia giram em torno da inflação (8,36% no mês de setembro) e o déficit fiscal (3,3% do PIB no mês de agosto). O Partido Nacional, mais liberal, propõe recortar gastos e tirar impostos, enquanto a Frente Ampla assegura que não é possível dessa forma manter programas sociais e propõe acrescentar tributações ao capital e as exportações. Também há diferenças na educação e a segurança. Os dois partidos, no entanto, querem explorar possibilidades fora do Mercosul.
___________________________________________________

Como a Veja surrupiou oito pontos da Dilma em SP


O jornal nacional conferiu veracidade ao que o eleitor tinha visto nas redes sociais.

A situação da Dilma não era boa na cidade de São Paulo.Mas, como observa o prefeito Haddad, o 
resultado não precisava ser tão ruim: poderia ser parecido com o de 2010.
E, como diziam a Vox e o DataCaf, ela, nacionalmente, poderia ter uma vantagem de um a três pontos 
percentuais a mais.
O que aconteceu ?O que aconteceu na cidade de São Paulo reflete, em maior escala, talvez, o que pode 
ter acontecido pelo Brasil afora.
O ambiente político na cidade de São Paulo estava, em 2014, muito mais radicalizado.
Os blocos PT e PSDB se fecharam, digamos assim, em fortalezas muito mais “concretados”, 
impermeáveis.
Havia um grupo de oito a dez pontos percentuais que podia ir pra lá como prá cá.
Um grupo que não rejeitava os dois candidatos e não tinha se decidido.
Aí, pesavam contra a Dilma dois pontos: a “corrupção” e o temor de que ela não fosse capaz de dar o 
salto na Economia.
Uma semana antes da eleição, porém, do debate da Record em diante, ela subiu, cresceu nesse grupo 
indeciso.
Porque ela pode ser mais programática e o eleitor desconfiou não do que o Aécio Never falava, mas do 
que não falava.
Quer dizer, do programa que não apresentava.
Ela pode ter conseguido, entre segunda e terça da semana da eleição, algo entre nove e dez pontos 
desse grupo.
Aí, saiu a Veja na quinta à noite, nas redes sociais.
Logo em seguida, o boato de que o doleiro tinha sido envenenado, que partiu de deputado da bancada 
de Beto Richa, na Assembleia do Paraná.
O impacto da Veja começou a ser relevante nas redes sociais.
E se consolidou com a matéria do jornal nacional.
De quinta a domingo, Dilma perdeu oito pontos em São Paulo.
Votos que não tinham ido para ele, e foram.
Foi um impacto brutal – oito pontos – não pelos oito pontos, em si.
Mas, porque eram oito pontos decisivos.
O eleitor da Dilma sabia das denúncias de corrupção, mas votava nela apesar disso.
Mas, os indecisos, não.
Aí, para esses, a denúncia de Veja se tornou realidade no jornal nacional e nas redes sociais.
A penetração pelas redes sociais não foi só dos setores médios e pra cima.
Mas, na Classe C e na base da pirâmide de renda também.
Mas, aí, há uma diferença.
A informação que o leitor recebe na rede social está na fase do “pode ser ou não ser”, porque não 
houve tempo ainda de ele formar aquele núcleo de sites em que confia.
O jornal nacional, não, o jornal nacional “oficializou a verdade”.
A desconfiança em relação à Globo é altíssima.
O eleitor sabe que a Globo tem lado – é contra a Dilma e o Lula.
Ele sabe de tudo isso.
Mas, isso não significa que o jornal não noticie algumas verdades.
E aquilo que ele viu nas redes sociais pareceu verdadeiro.
E, quando o jornal nacional mostrou, a reação foi: “eu sei que o Bonner é contra a Dilma, mas isso aí é 
verdade” – pensou a maioria absoluta dos indecisos na cidade de São Paulo.
O jornal nacional não tem credibilidade, mas a corrupção na Petrobrás e a seca em São Paulo – isso 
fato, é notícia, é verdade …
As redes sociais – aí incluídos os blogs – tiveram muita relevância em 2010, 2014 – é o que demonstra 
a audiência record do Conversa Afiada – e vão ter mais ainda.
Por enquanto, além de noticiar, os blogs e as redes sociais tem o papel de confirmar o que o navegante 
já acha.
É uma câmara de eco, um espelho – está vendo ? eu sabia …
O blog é um reforço.
Mas, em 2014, em São Paulo, o blog operou num espaço muito apertado, porque o eleitor já se tinha definido e não queria ouvir o outro lado.
E os indecisos eram poucos.
Qual é a saída ?
Processar a Veja, como fez a Dilma, e os criminosos que operaram com ela, como demonstra o Globo, na Carta Capital.
Outra saída óbvia é tirar poder da Globo – e viva a Ley de Medios que a Dilma anunciou ontem 
(28/10).
E criar alternativa à Globo.
Na televisão e/ou nas redes sociais.
(Essas observações foram extraídas de longa conversa com quem trabalha com o eleitor de São Paulo 
há muito tempo.)

Paulo Henrique Amorim

__________________________________________

ADVOGADO DE YOUSSEF CONFIRMA ARMAÇÃO DE VEJA


O crime eleitoral cometido pela revista Veja, que pertence a Giancarlo Civita e é comandada 
pelo executivo Fábio Barbosa e pelo jornalista Eurípedes Alcântara (à dir.), foi confirmado, 
nesta quinta-feira, por reportagem do jornal Valor Econômico, pelo próprio advogado Antônio 
Figueiredo Basto, que defende o doleiro Alberto Youssef; reportagem da semana passada diz 
que Youssef afirmou que "Lula e Dilma sabiam de tudo"; eis, no entanto, o que aponta 
Figueiredo Basto: "Não houve depoimento no âmbito da delação premiada. Isso é mentira. 
Desafio qualquer um a provar que houve oitiva da delação premiada"; caso está nas mãos de 
Teori Zavascki, ministro do STF, que pode obrigar Veja desta semana a circular com direito de 
resposta; atentado à democracia envergonha o jornalismo

247 - A situação da revista Veja e da Editora Abril, que atingiu o fundo do poço da credibilidade no 
último fim de semana, com a capa criminosa contra a presidente Dilma Rousseff, acusada sem provas 
pela publicação, pode se tornar ainda mais grave.
Reportagem do jornal Valor Econômico, publicada nesta quinta-feira, revela algo escandaloso: o 
"depoimento" do doleiro Alberto Youssef que ancora a chamada "Eles sabiam de tudo", sobre Lula e 
Dilma, simplesmente não existiu.
Foi uma invenção de Veja, que atentou contra a democracia, tirou cerca de 3 milhões de votos da 
presidente Dilma Rousseff e, por pouco, não mudou o resultado da disputa presidencial, ferindo a 
soberania popular do eleitor brasileiro.
Quem afirma que o depoimento não existiu é ninguém menos que o advogado Antônio Figureido 
Basto, que representa o doleiro. "Nesse dia não houve depoimento no âmbito da delação. Isso é 
mentira. Desafio qualquer um a provar que houve oitiva da delação premiada na quarta-feira", disse ele.
Basto também nega uma versão pró-Veja que começou a circular após as eleições – a de que Youssef 
teria feito um depoimento e depois retificado. "Não houve retificação alguma. Ou a fonte da matéria 
mentiu ou isso é má-fé mesmo", acusa o defensor de Youssef.
Com isso, a situação de Veja torna-se delicadíssima. No fim de semana, a publicação passou por uma 
das maiores humilhações de sua história, ao ser obrigada a publicar um direito de resposta contra um 
candidato – no caso, a presidente Dilma Rousseff – em pleno dia de votação.
Agora, a revista pode ser condenada a circular neste próximo fim de semana com uma capa e páginas 
internas, também com direito de resposta. A decisão está nas mãos do ministro Teori Zavascki, que 
pode decidir monocraticamente – ou levar a questão ao plenário do Supremo Tribunal Federal. Mas 
mesmo no plenário Veja tende a perder. Afinal, como os ministros justificariam o direito de informar 
uma mentira, com claras finalidades eleitorais e antidemocráticas?
Veja cometeu um atentado contra a democracia brasileira, que envergonha o jornalismo, e este crime é 
apontado pelo próprio advogado do doleiro Youssef. Os responsáveis diretos são: Giancarlo Civita, 
controlador da Abril, Fábio Barbosa, presidente da empresa, e Eurípedes Alcântara, diretor de Redação 
da Veja.
____________________________________________

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

PF suspeita de armação em depoimento de Youssef



Na Carta Capital: PF SUSPEITA DE ARMAÇÃO EM DEPOIMENTO DE YOUSSEF, DIZ 

Para a Polícia Federal, a acusação do doleiro contra Lula e Dilma pode ter sido estimulada pela defesa 
de Youssef, com intenção eleitoral, um dia antes da publicação de “Veja”
O jornal O Globo traz em sua edição desta quarta-feira 29 uma informação que pode ajudar a elucidar 
a história por trás da “bala de prata” da oposição contra Dilma Rousseff (PT), a indicação, feita pelo 
doleiro Alberto Youssef, de que a presidente reeleita e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva 
tinham conhecimento do esquema de corrupção na Petrobras. Segundo o jornal, os investigadores 
suspeitam que a declaração do doleiro pode ter sido forçada pela defesa para influenciar o resultado do 
segundo turno das eleições.
A Polícia Federal investiga como o depoimento de Youssef vazou e, segundo a reportagem do Globo 
indica, suspeita da ação da defesa do doleiro. De acordo com o jornal, Youssef prestou depoimento na 
terça-feira 21, como vinha fazendo normalmente, e não citou Lula ou Dilma. Na quarta-feira 22, diz o 
jornal, um dos advogados de Youssef pediu para “fazer uma retificação no depoimento anterior”. No 
interrogatório, afirma o Globo, o advogado “perguntou quem mais, além das pessoas já citadas pelo 
doleiro, sabia da fraude na Petrobras”. Youssef disse, prossegue o jornal, “acreditar que, pela dimensão 
do caso, não teria como Lula e Dilma não saberem”. A retificação acabou exatamente neste trecho.
No dia seguinte, a quinta-feira 23, antecipando sua circulação semanal em um dia, Veja publicou as 
declarações de Youssef a respeito de Lula e Dilma. Segundo a reportagem da revista, o doleiro não 
apresentou provas e elas não foram solicitadas.
A suspeita da PF levanta uma questão temporal curiosa. Enquanto a retificação do depoimento de 
Youssef teria ocorrido na quarta-feira, segundo O Globo, Veja afirmou em nota que sua APURAÇÃO 
“COMEÇOU NA PRÓPRIA TERÇA-FEIRA, mas só atingiu o grau de certeza e a clareza necessária 
para publicação na tarde de quinta-feira”.
A defesa de Youssef é coordenada pelo advogado Antonio Augusto Figueiredo Basto. Por um ano, 
Basto teve um cargo de conselheiro do Conselho de Administração da Sanepar, a Companhia de 
Saneamento do Paraná. Como consta no site da empresa, ele ASSUMIU O CARGO EM 17 DE 
JANEIRO DE 2011, 16 dias após a posse de Beto Richa (PSDB) como governador do Paraná. Em 25 
de abril de 2012, a carta de renúncia de Basto foi lida em assembleia geral da Sanepar, como consta em 
ATA TAMBÉM PUBLICADA no site da companhia. No último 23 de outubro, no mesmo dia da 
publicação de Veja, Basto disse ao mesmo jornal O Globo que DESCONHECIA O TEOR DO 
DEPOIMENTO dado por Youssef na terça-feira 21.


A reportagem sobre a suspeita da PF, publicada nesta quarta-feira 29 pelo Globo, no pé da página 6
A notícia veiculada pelo Globo, apurada de Brasília e Curitiba e que não tem assinatura em sua edição 
imprensa, apenas na VERSÃO ONLINE, foi relegada à parte inferior da página 6 do periódico, uma 
escolha que chama atenção diante da repercussão que teve a capa da revista Veja.
No horário eleitoral do dia seguinte, a sexta-feira 24, DILMA ROUSSEF DISSE QUE IRIA 
quem doer”. Na Justiça, o PT conseguiu proibir a editora Abril de VEICULAR PROPAGANDAS 
DE SUA CAPA, considerada “propaganda eleitoral”, e também o DIREITO DE RESPOSTA diante 
da reportagem.
Na sexta-feira e no sábado, véspera do segundo turno, panfletos com a capa impressa de Veja foram 
distribuídos em várias cidades do Brasil. Na madrugada de sábado 25 para domingo 26 começou a 
SIDO ENVENENADO. A Polícia Federal e o hospital em que ele esteve desmentiram a informação, 
que circulou pelas redes sociais em uma velocidade impressionante, assustando a militância petista na 
reta final da votação e provocando um impacto que dificilmente poderá ser mensurado.
Também na imprensa brasileira houve repercussões. No domingo 26, um colunista da Folha de 
S.Paulo, que publicou reportagem de teor semelhante ao de Veja a respeito do suposto conhecimento 
de Lula e Dilma sobre a corrupção, acusou a TV Globo de ter “medo” ao não repercutir as denúncias 
dos dois veículos no Jornal Nacional. Em resposta, o diretor de jornalismo da Globo afirmou que as 
fontes da emissora não confirmaram “com suas fontes o sentido do que fora publicado” pela revista e 
classificaram como “distorcida” da reportagem da Folha.
(Por José Antonio Lima)
_____________________________________________________________

Aécioporto acusa Dilma de usar infâmia e mentira!


É assim o diálogo com o PSDB ...Bem que o Aloysio 300 mil avisou que não tinha trégua

No G1: EM VÍDEO, AÉCIO DIZ QUE CAMPANHA DO PT USOU ‘INFÂMIA E 

MENTIRA’

Mensagem do candidato derrotado do PSDB foi publicada no Facebook. Tucano lembrou frase 
de Eduardo Campos: ‘Não vamos desistir do Brasil’.

O candidato derrotado do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, afirmou em vídeo 
divulgado nesta quarta-feira (29) em sua página oficial no Facebook que a campanha do PT usou 
“infâmia e mentira” contra a candidatura dele ao longo da disputa pelo Palácio do Planalto. (…)
“Nós temos que nos lembrar que disputamos uma eleição desigual, com o outro lado usando como 
nunca a máquina pública, a infâmia e a mentira contra nós. Mas aconteceu, e isso a gente não pode se 
esquecer, uma outra coisa extraordinária, que foi o Brasil acordando, as pessoas indo para as ruas 
querendo ser protagonistas da construção do seu próprio destino”, declarou o senador. (…)

Em tempo: Sugestão de amigo navegante:Na Veja: “SE EU NÃO VENCER EM MINAS, NÃO 
MEREÇO SER PRESIDENTE”

No início do ano, numa conversa privada que tinha FHC como testemunha, Aécio Neves detalhou 
como seria sua campanha à Presidência – e mais especificamente sobre a torrente de votos que teria em 
Minas Gerais. Disse Aécio:
- Se eu não vencer em Minas, não mereço ser presidente.
Por Lauro Jardim

​Em tempo2, do DCM: EM CLÁUDIO, AÉCIO TEVE 81% DOS VOTOS

Derrotado em Minas Gerais, estado que governou durante oito anos e pelo qual foi eleito senador, 
Aécio Neves (PSDB) conseguiu 81,14% dos votos da cidade de Cláudio, município no interior de 
Minas onde construiu, quando era governador, um aeroporto no terreno desapropriado de seu tio-avô e 
a 6 quilômetros de um sítio de sua família.
O município foi onde ele teve, proporcionalmente, o quarto melhor desempenho no Estado.
O aeroporto, que teve um custo de R$ 13,9 milhões, ainda não tem licença da Agência Nacional de 
Aviação Civil para operar e é alvo de investigações do Ministério Público Federal e estadual por 
suspeita de improbidade administrativa.

Em tempo3: o Aécio Never só conhece a Zona Sul do Rio. Porque lá na Zona Norte a gente 
aprende que o bom cabrito não berra. Dá nisso, playboy.
_____________________________________________

Sem reforma política a democracia é uma chantagem


É o que afirma o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, sobre o fato 
de deputados terem derrubado ontem na Câmara o decreto presidencial que ampliava a 
participação popular em conselhos de gestão de políticas públicas; "Nada mais anacrônico, 
nada mais contra os ventos da História, nada mais como uma tentativa triste que se colocou 
contra uma vontade irreversível do povo brasileiro que é a participação social", criticou.

Por Fernando Britto

Não se deve atribuir maior importância, em si, ao episódio deprimente proporcionado ontem pela
Câmara dos Deputados.
“Derrotar” o Governo, dois dias depois da reeleição, numa matéria carregada de simbolismo 
democrático como a que previa a criação de conselhos de ampla representação para debater e 
aperfeiçoar as medidas que, de outra forma, o próprio governo poderia decidir sozinho não é, como 
dizem os transtornados, qualquer “bolivarianismo”, até porque, de forma rudimentar, já se faz isso no 
país há décadas, notadamente depois que a Conferência Nacional de Saúde formatou o SUS, nos anos 
80.
Se alguém tiver dúvida, leia o decreto presidencial que causa esta polêmica e procure um traço, ali, de 
“ditadura do proletariado”. Decreto, aliás, porque só regulamenta algo que é leia há 11 anos.
Mas não tente interpretar este processo pela razão, porque razão é o que menos há nele.


Lobistas e Chantagistas dominam 
o congresso hoje.

O que o episódio revela, isto sim, é a luta – e as deformações – de estruturas políticas que, eleitas para 
legislar, pretendem se adonar de toda a política e do Executivo para o qual não se elegeu.
O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (o personagem da foto), derrotado nas eleições do 
Rio Grande do Norte, transformou a cadeira que ocupa na República em arma de sua frustração 
pessoal, forçando a votação da medida por deputados ao final de mandato, muitos deles derrotados 
também, num Legislativo cuja legitimidade encolheu nas urnas.
Em condições normais, a opinião pública, a imprensa e as instituições políticas do país estariam, agora, 
condenando a transformação da nossa casa de leis em instrumento de “vingança eleitoral” de um chefe 
político do Rio Grande do Norte batido nas urnas.
Mas a saúdam como “derrota” do Governo, porque é este o caminho que escolherão para a sabotagem 
institucional da vontade popular.
Mãos é preciso ser dos mais atentos leitores de jornal para perceber, por exemplo, que há uma 
desabrida campanha para conduzir o ínclito e admirável Eduardo Cunha à presidência da Casa, alguém 
com que os nossos “éticos e moralistas” se identificam, com certeza, nos padrões de ética e moral.
É nele, não em Aécio ou Serra no Senado, que apostam as fichas para ganhar o jogo fora das urnas.
Talvez aí fique mais fácil compreender porque a reforma política é a pedra de toque da democracia no 
Brasil e porque tanto se opõem ao plebiscito proposto por Dilma, querendo que haja apenas um 
referendo.
No plebiscito, o povo escolhe a a “forma da reforma”.
No referendo, apenas diz sim ou não ao que os deputados e senadores decidirem.
Se disser sim, talvez tudo piore. Se disser não, tudo fica como está…
É preciso que, com muito tato e habilidade, se tente desmontar esta tendência de usurpar o poder do 
povo em decidir, pelo voto, quem e como deverá governar.
Porque este será, pelo menos por algum tempo, o caminho do golpismo dos derrotados.
Mas, ao mesmo tempo, é preciso fazer claramente este combate político na opinião pública, para que o 
autoritarismo não se oculte atrás de uma “democrática” subversão do Legislativo.
Quem acha que a vitória eleitoral torna desnecessário que o governo Dilma melhore sua base no 
Parlamento e avance com uma força cega à institucionalidade está errado.
E quem acha que é só objeto de acordos, arranjos, cargos e cooptações e não de um processo 
permanente de comunicação com o povo, que não pode cessar com o fim da campanha eleitoral, mais 
errado ainda está.
Uma multidão de 600 deputados e senadores, de vaga identificação partidária e praticamente 
encobertos pelo anonimato em suas decisões, não será uma casa da democracia.
Mas uma reunião de interesses pessoais, eleitorais e materiais que, sem exposição à luz, termina por ser 
uma assembléia de chantagens contra a vontade do povo.
_____________________________________________________

Haddad: Veja e boatos roubaram votos da Dilma em SP



O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad considera que a votação da Presidenta Dilma Rousseff na
capital paulista foi prejudicada pela última edição da revista Veja, que trouxe denuncias sobre suposta
corrupção na Petrobras. O petista condenou a forma como a publicação foi distribuída em pleno
processo eleitoral.
“A última semana foi muito atípica. Nós tranquilamente superaríamos os 40% na cidade de São Paulo.
A edição da Revista Veja, a distribuição gratuita nos metrôs, trens e terminais, o rumor, que vamos
apurar e punir, de que a Prefeitura tirava as revistas das bancas e, por fim, o boato da morte por
envenenamento do doleiro delator”, denunciou Haddad nesta terça-feira (28) em entrevista a Paulo
Henrique Amorim na TV Afiada.
E continuou: “Nosso tracking diário apontava algo em torno de 40 e 41%. Comparado com os 46% de
2010, não teria revelado nenhum problema. A cidade foi tomada por uma comoção nos últimos quatro
dias antes da eleição”, declarou o prefeito.
Ainda nesta terça, ao SBT Brasil, a Presidenta Dilma defendeu uma regularização econômica dos
meios de comunicação no Brasil ao afirmar que o “direito de resposta é democrático e deve ser
regularizado.
Abaixo, trechos da entrevista de Haddad ao Conversa Afiada:

ELEIÇÃO DE 2014 E VOTAÇÃO DA DILMA EM SÃO PAULO:

A última semana foi muito atípica. Nós tranquilamente superaríamos os 40% na cidade de São Paulo.
Nosso tracking diário apontava algo em torno de 40 e 41%. Comparado com os 46% de 2010, não
teria revelado nenhum problema.
Na última semana, sobretudo a partir de quinta, três ou quatro episódios dramáticos para a cidade.
A edição da Revista Veja, a distribuição gratuita nos metrôs, trens e terminais, o rumor, que vamos
apurar e punir, de que a Prefeitura tirava as revistas das bancas e, por fim, o boato da morte por
envenenamento do doleiro delator.
Cidade foi tomada por uma comoção nos últimos quatro dias antes da eleição.
Em quatro dias,é natural termos caído de 40% para 36% na capital. Mesmo assim, tivemos o mesmo
percentual de Belo Horizonte.
Afetou o humor da cidade.

IMPRENSA:
Vi hoje várias reportagens e vi um cartaz muito significativo: ‘eu quero que a imprensa fale, mas não
quero que ela me cale’
O problema não é o que a imprensa diz, é o que ela não publica.

CONSTRUÇÃO DE CAMINHO PELA ESQUERDA EM SÃO PAULO:
Temos que reafirmar nossa agenda, de uma cidade para todos
Já há uma compreensão, sobretudo da juventude, que é a reapropriarão dos espaços públicos. Isso tem
a ver com as praças WiFi, a iluminação LED, tem a ver com a coleta seletiva.
Tem uma agenda progressista que a juventude se apropria.
A cidade não pode cair de novo de optar pelo retrocesso.

CRISE DA ÁGUA NO ESTADO:
Ela (a crise) tem elementos desconhecidos da população e dos gestores.
Se desde 2011 há essa ameaça e a imprensa não divulgou?
Um relatório só foi divulgado na segunda-feira depois do primeiro turno, com o (Geraldo) Alckmin já
reeleito (para governador)
Eu acho que a condução pela Sabesp e pela agência estadual reguladora Arsesp (Agência Reguladora
de Saneamento e Energia) merece criticas.
Causa estranheza ninguém saber o nome do presidente dessa agência reguladora.
Todos os prefeitos da região metropolitana buscam informações.
Já há desabastecimento que a imprensa tem noticiado
Reuniões da Sabesp com a prefeitura foram marcadas e remarcadas
Todos exigem transparência. Queremos saber sobre o planejamento da Sabesp
Queremos manter o assunto na grande política, mas dando uma resposta satisfatória à população

REELEIÇÃO DE DILMA E RENEGOCIAÇÃO DA DÍVIDA:
A Dilma fez muito por São Paulo com o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), como obras
de drenagem, mobilidade urbana, Minha Casa Minha Vida. Estamos com um cardápio de obras muito
importante. Um pacote de R$ 14 bilhões.
Mas isso nada valerá sem a aprovação da renegociacao da dívida. Precisamos aprovar no Senado o PL (Projeto de Lei) de troca do indexador da dívida de São Paulo perante a União.
Agora é a hora de promover a redenção da cidade de São Paulo.
São 176 cidades na mesma situação e alguns Estados
O resultado da eleição no Rio Grande do Sul tem a ver com isso.
A renegociacao da divida não é questão partidária, é federativa.
A União não pode receber dos entes federados um juro superior ao que ela paga para rolar a dívida que
ela assumiu de Estados e municípios.
No fundo, estamos financiando a União.
A Presidenta é a favor do projeto de lei que muda, que está na mão de Renan Calheiros (PMDB –
Presidente do Senado)

PT NACIONAL:
O PT é cada vez menos paulista.
Somos partidos nacionais, como o PMDB
Temos um aprendizado de sete eleições presidenciais
Tem que elogiar a campanha do PSDB que assumiu o legado do Fernando Henrique Cardoso, ex-
presidente pelo PSDB. Foi um avanço

DIVISÃO DO BRASIL:

Não existe essa divisão.
A Dilma foi eleita com 56% dos votos em 2010. Agora, beirou os 52%.
Sempre haverá o contraditório.
Obama ganhou no laço, Hollande também.
Natural da democracia é ter uma disputa acirrada em torno de projetos e visões de mundo.
_________________________________________________

Dilma defende Ley de Médios e direito de resposta


"O que Lula quiser eu apoiarei”

A Presidenta Dilma Rousseff defendeu, para o seu segundo mandato, uma regulamentação econômica dos meios de comunicação no Brasil.O tema, que já havia sido discutido durante a campanha pela reeleição, volta a tona após a última edição da revista Veja sobre as denuncias de corrupção na Petrobras em meio ao processo eleitoral.
“Como qualquer setor, a mídia tem que ter regulações econômicas. Vou discutir bastante antes de fazê-la. Direito de resposta é democrático e deve ser regulamentado”, afirmou ao SBT Brasil nesta terça-feira (28).

Abaixo, outras frases de Dilma:
A prioridade com os EUA é vasta. Abarca questões econômicas, acordos bilaterais, tributações, e parceria em inovação.

Marcamos de nos encontrar no G-20, na Austrália. Vamos tomar todas as medidas para continuar nossas relações estratégicas.

Na pauta, questões econômicas, bitributação, acordos comerciais, questões contraditórias resolvidas, como o caso do algodão.

Caso Petrobras:
A direção da Petrobras foi técnica. Passei a não deixar indicação política dentro da Petrobras. Vai continuar assim.

Sobre CPI da Petrobras: “Tudo que for investigação, pode ser feito. O governo não vai criar nenhum obstáculo

Não trato de corrupção só em eleição. Serei atenta aos desdobramentos da Petrobras. Temos oportunidade de acabar com a impunidade

Fui vítima de uma vazamento seletivo estranhíssimo. A acusação não é feita, a prova não é mostrada.

Crise hídrica em São Paulo:
Foi feito pelo Gov. de SP uma avaliação de que se não houvesse investimento, haveria crise hídrica.

Sugeri a ele que tomasse medidas emergenciais. Financiamos este projeto do S. Lourenço e agora liberamos R$ 1,8 bi

A questão é mais grave. Água é responsabilidade do Estado. Na hora que o Gov. SP pedir, o Gov. Federal está pronto pra ajudar

No Nordeste, todos os estados têm obra para garantir segurança hídrica. Passamos pela maior crise da seca dos últimos 70 anos

Economia:
Tenho um bom diálogo com todos os setores. Vou fazer reunião com vários setores

Eu não vou hoje dizer sobre a indicação ao Ministro da Fazenda, mas antes do final do ano, deixarei bem claro

A desoneração da folha de pagamento é uma forma do Brasil melhorar a produtividade do trabalho

Reduções de impostos foram conjunturais. Desoneração da folha não tem nada a ver com melhoria da situação da economia americana.

O país tem que ter uma escolha: não vejo contradição entre superávit primário e desoneração.

Diálogo no segundo mandato:
Estou aberta ao diálogo com Aécio e Marina. Vou chamá-los para uma conversa

Tenho que ter disposição e abertura. É necessário que criemos pontos de união. Quero união, mas que as pessoas mantenham divergências

O que Lula quiser ser, eu darei apoiarei

Darei total apoio à criminalização da homofobia. É um processo civilizatório. A violência é uma barbárie

Como qualquer setor, a mídia tem que ter regulações econômicas. Vou discutir bastante antes de fazê-la. Direito de resposta é democrático e deve ser regulamentado

Mais cedo, a Presidenta afirmou que não deixará “pedra sobre pedra” nas denúncias feitas sobre corrupção na Petrobras. A petista disse que o combate à corrupção será rigorosa:

“Quantas CPIs quiserem instalar, vejo com tranquilidade. A investigação vai trazer esclarecimentos importantes sobre a Petrobras. Doa a quem doer, não deve ficar pedra sobre pedra. O Brasil tem a responsabilidade de não permitir a impunidade desta vez”, declarou ao Jornal da Band.

Abaixo, outras frases da Presidenta:
Obama me disse que era bom descansar.

Não tem como seguir o conselho do Obama (de descansar mais de três dias).

Diálogo:Toda eleição implica em uma divisão, mas você tem que pressupor que, por trás disso, tem um conjunto de posição em que as pessoas queriam definir um futuro melhor para o país.

A disposição para o diálogo é essencial

Esse diálogo tem que abranger a maior parte dos setores organizados e isso inclui os que foram oposição.

Convidarei todos para fazer essa conversa. O diálogo é isso.

Fui eleita por parte do eleitorado, mas serei presidenta de todos brasileiros. Esse diálogo tem que abranger todos os setores

O diálogo é com a oposição, com setores produtivos, bancos e representações da sociedade, movimentos sociais.

Ninguém participa de um processo eleitoral sem que esteja em debate a mudança, a melhoria da vida do povo

Economia:
Os investidores mantém grau de confiança no Brasil muito expressivo. Somos um dos países q mais atrai investimentos externos

O Brasil tem setor financeiro sólido. Na Europa, há desconfiança sobre a robustez dos bancos

Temos todas as condições de nos recuperar da crise. Temos reservas e situação equilibrada no Brasil

O Brasil está passando por uma situação ainda difícil, mas temos todas as condições para sair dela se todos nós nos dermos as mãos e tivermos como claro objetivo a retomada do crescimento econômico.

Nós não atribuimos a conta da crise para o povo brasileiro. Mantemos menores taxas de desemprego da história

O que favoreceu o governo foi que nessa crise não atribuímos a conta para o povo brasileiro como sempre foi atribuído.

Mantemos hoje no Brasil uma das menores taxas de desemprego da nossa história: 4,9%

O Mercado é assim, ele flutua.

O Brasil, hoje, tem condições de sair desse processo de baixo crescimento.

Temos um mercado interno robusto, pq milhões de brasileiro foram para a classe média

Somos um país que tem proteção externa. Ninguém sofre como crescia há uma década atrás por não ter reserva. Temos e ela nos protege.

Reforma Política:
Durante a campanha, vi uma ânsia imensa pela reforma política

Vi um movimento muito grande de vários segmentos pela reforma política. Recebi documento com cerca de 7 milhões de assinaturas.

A discussão deve ser interativa. A forma como vai ser, não sei. Mas é muito difícil que não tenha consulta popular. .

Tem que ter negociação sobre as questões importantes para futuro do País. Temos que discutir como encarar as reformas fundamentais.

Crise da água em São Paulo:
Uma série de investimentos deviam sido feitos (pelo gov. de SP) e não foram

O Nordeste passou pela pior seca dos últimos anos. Nós colocamos caminhões-pipa e fizemos um milhão de cisternas

Há um diagnóstico do próprio gov. de SP sobre a situação da segurança hídrica, em que se elenca uma série de investimentos que não foram feitos

A responsabilidade constitucional pela água é de estados ou municípios. No caso da cidade de São Paulo, é do estado.

Garantimos o financiamento para que as obras ocorressem. O governo de São Paulo optou por uma licitação da Adutora de S. Lourenço

O Nordeste passou pela pior seca dos últimos 70 anos. Quase 6 mil carros-pipa e 1 milhão de cisternas foram feitas

Tenho abertura absoluta, já nos oferecemos, financiei. Esse é um problema tão grave que afeta toda população brasileira.

Caso Petrobras
Quantas CPIs quiserem instalar, vejo com tranquilidade. A investigação vai trazer esclarecimentos importantes sobre a Petrobras

Doa a quem doer, não deve ficar pedra sobre pedra. O Brasil tem a responsabilidade de não permitir a impunidade desta vez.

Fator previdenciário:

Tenho responsabilidade com a previdência. Sempre tive abertura pra discutir o tema.

69% de todos os aposentados tiveram ganho real acima da inflação. Hoje, os aposentados também foram beneficiados
________________________________________________

terça-feira, 28 de outubro de 2014

"Não interessa que não seja a nossa opção, é a regra", disse Clube Militar



Jornal GGN - Depois dos pedidos de imediata intervenção militar de internautas descontentes com a 
reeleição de Dilma Rousseff na página do Exército Brasileiro, pelo Facebook, o Clube Militar se 
manifestou: "Não interessa que não seja a nossa opção. É a regra", afirmou em nota.
As publicações dos eleitores de Aécio Neves no site pediam "socorro", exigindo que a instituição se 
manifestasse. "Nos livre do PT antes que instaurem o comunismo", pedia uma delas.
"Cadê vocês? Estão a favor do povo ou contra? Até quando vamos ter que conviver com a corrupção? 
Por que não fazem nada? Vocês são cúmplices? Não vão manifestar contra a corrupção? Por quê? Por 
quê?", questionou um internauta. 
"E o dia de derrubar o PT quando vai ser? Estamos sendo divididos e os senhores nem sequer um pio 
dão, quanto mais um pronunciamento à nação. Acordem", defendeu outro.
"Socorrooo salvem o País, todo sabemos que essa eleição foi uma fraude", disse a eleitora, utilizando a 
hashtag #IntervençãoMilitarJá. 
Diante da pressão provocada pelas pessoas, o Clube Militar manifestou apoio às indignações: "Perder 
nunca é um fato facilmente aceitável, mas faz parte do jogo e da vida. Derrotar-se é que não é aceitável. O Brasil é nosso. A Democracia, caminho que defendemos ardorosamente, estabelece isso. A maioria 
decidiu", completou.
"Devemos exercer a nossa cidadania, exigindo do Governo a postura que consideramos correta, a 
transparência que até hoje foi sonegada, a competência que o País necessita, enfim, vamos fiscalizar.
Temos um Congresso e outras Instituições. Não vamos baixar a cabeça. Vamos continuar lutando pelo 
Brasil, cada um fazendo a sua parte", disse o Clube, representando o Exército.
______________________________________

Tucano que “envenenou” doleiro se orgulha disso


Faz parte do conglomerado Richa no Paraná …

    Saiu no site da CBN de Curitiba: DEPUTADO DIZ QUE NÃO SE ARREPENDE DE 
    ESPALHAR BOATO SOBRE ENVENENAMENTO DE YOUSSEF

    No sábado, véspera das eleições, na sua página no Facebook, o primeiro secretário da Assembleia Legislativa do Paraná, afirmou que o doleiro, delator do caso da Petrobras, havia morrido.
    Plauto Miró postou ainda: “há suspeitas de que a causa seja envenenamento”. O parlamentar também pediu votos para o então candidato à presidência Aécio Neves.
    Nesta segunda-feira, o deputado disse que deu como certo o falecimento de Youssef com base em conteúdo das redes sociais e afirmou que não se arrepende de ter ajudado a espalhar o boato.
    No twitter, uma dia antes dos eleitores irem às urnas, o presidente da Assembleia, o tucano Valdir Rossoni também levantou a hipótese de envenenamento de Alberto Youssef. Ontem, o chefe do legislativo paranaense tentou se justificar.
    O petista Tadeu Veneri comentou a atitude dos colegas parlamentares. Para o governador Beto Richa , a onda de boatos é natural em uma disputa acirrada.
    Alberto Youssef, acusado de operar o esquema de lavagem de dinheiro na Petrobras, foi internado no Hospital Santa Cruz no último sábado, depois de desmaiar na carceragem da Polícia Federal em Curitiba. O quadro dele é estável. Não há previsão de alta.
    Clique aqui para ouvir no site da CBN.

    Máfia dos Alvarás: novo capítulo no combate à corrupção pelo governo Haddad


    Jornal GGN - Quando tomou posse em 2013, Fernando Haddad, prefeito de São Paulo pelo PT, criou 
    no município a Controladoria-Geral para apurar crimes que possam ter acontecido ou ainda aconteçam 
    na esfera pública. O grupo de inteligência da CGM mantém, desde então, uma lista de servidores sob 
    observação, com o objetivo de identificar casos de enriquecimento ilícito.

    Cíntia Alves

    Sem explorar a importância do movimento de Haddad e da própria Controladoria, o Fantástico, na 
    noite de 26 de outubro, veiculou uma reportagem revelando um dos nomes dessa lista: Roberto Torres, 
    engenheiro e funcionário da Secretaria Municipal de Licenciamento, suspeito de participar de um 
    esquema de extorsão de comerciantes em situação irregular, paralelamente à CPI dos Alvarás da 
    Câmara Municipal de São Paulo.
    Proposta após o episódio da boate Kiss, a CPI instaurada em fereveiro de 2013 foi presidida por seu 
    idealizador, o vereador Eduardo Tuma (PSDB) - sobrinho do famigerado Romeu Tuma. O vereador 
    foi acusado pelo Fantástico de manter em seu gabinete um assessor parlamentar que integrava o 
    esquema de extorsão. Seu nome é Antônio Albertino Pedace.
    Nesta terça-feira (28), o vereador tucano [foto] informou, por meio da assessoria de imprensa, que 
    exonerou Pedace no dia imediatamente posterior à reportagem da Rede Globo. Ele diz que o 
    funcionário foi notificado e recebeu, ainda, uma intimação para prestar esclarecimentos formais de sua 
    conduta na CPI. Ao Fantástico, Tuma negou conhecimento acerca da atuação do próprio funcionário.


    Em nota, Eduardo Tuma disse que “abriu processo criminal contra Marcos Peçanha, por fazer menção 
    não autorizada, ilegal, do presidente da CPI”. Peçanha é um engenheiro-arquiteto ligado a Torres, que 
    cobrou R$ 13 mil de um comerciante para expedir um termo indicando que a situação irregular desse 
    empresário havia sido resolvida e que, portanto, não havia necessidade de investigação no âmbito da 
    CPI.
    Era exatamente assim, segundo o Fantástico, que o esquema funcionava: o assessor de Tuma e o 
    servidor Roberto Torres tinham acesso aos comerciantes com alguma pendência junto à Prefeitura. 
    Eles abordavam o dono do estabelecimento e pediam documentos. Na entrega dos ofícios, 
    mencionavam que a situação seria resolvida mais facilmente se houvesse pagamento de propina a um 
    técnico que pudesse dar baixa nos processos. O técnico indicado era Peçanha. Este, por sua vez, 
    sugeria que parte dos R$ 13 mil ajudaria a pagar outras pessoas metidas no crime. Gravação publicada 
    pela Globo mostra o momento em que ele diz que Eduardo Tuma receberia um “presente” para 
    viabilizar o esquema. Tuma nega e quer acareação com o engenheiro.
    Em maio deste ano, o controlador-geral do município Mário Spinelli - ex-funcionário da Controladoria-
    Geral da União - informou que constavam na listava da CGM mais de 60 servidores suspeitos de 
    corrupção e de outros crimes. Entre eles, 36 têm patrimônio milionário - alguns precisariam trabalhar 
    até 400 anos para acumular os bens que possuem. O Fantástico apurou que nos últimos cinco anos, o 
    servidor Roberto Torres registrou mais de 15 imóveis de alto padrão em seu nome, no centro de São 
    Paulo. 
    O Ministério Público e a Câmara de São Paulo investigam, agora, os envolvidos na Máfia dos Alvarás.
    Máfia do ISS, o primeiro episódio
    A descoberta da Máfia dos Alvarás é um segundo capítulo na trajetória de combate à corrupção em 
    São Paulo, iniciada após a posse de Fernando Haddad. Meses após a criação da Controladoria-Geral 
    do Município, em outubro de 2013, funcionários da prefeitura - herdados das gestões José Serra 
    (PSDB) e Gilberto Kassab (PSD) - foram presos por participação na chamada Máfia do ISS, o 
    primeiro caso de destaque na mídia.
    A estimativa é de o esquema tenha causado rombo de 500 milhões de reais nos cofres públicos. Ele 
    consistia em abatimento irregular de dívidas de ISS (Imposto Sobre Serviços) para grandes empresas. 
    Passivos de 480 mil reais, por exemplo, teriam sido resolvidos por 12 mil reais em propina para os 
    funcionários públicos.
    No mês seguinte à prisão dos envolvidos na Máfia do ISS, Haddad anunciou o envio de projeto de lei 
    à Câmara para criar a carreira de controlador municipal. Com a aprovação da matéria, o prefeito teria 
    condições de abrir concurso para 100 vagas de auditor municipal de controle interno. Os escolhidos 
    serão treinados e cedidos à Controladoria. A ideia é triplicar, até 2015, o tamanho da CGM.
    Balanço
    Um balanço feito pela Folha de S. Paulo em maio deste ano - um ano após a criação da CGM, portanto 
    - informa que a Controladoria já identificou casos de corrupção que movimentaram 20 milhões de reais 
    nas áreas de educação, esportes e serviços.
    Naquele mês, o órgão estava funcionando com 122 servidores, mas apenas 40 atuam efetivamente em 
    fiscalização. O orçamento da secretaria é de 9 milhões de reais.
    ________________________________________________________

    Vazou: às 19:30 de domingo, Aécio recebeu telefonema que dizia que ele já era o novo presidente

    Viralizou a informação de que por volta das 19:30 de domingo o apartamento de Andreia Neves em 
    Belo Horizonte estava em festa. Segundo o que emergiu, naquela hora Aécio recebeu um telefonema 
    em que alguém lhe dizia que já estava com mais da metade dos votos válidos e já poderia ser 
    considerado Presidente da República.
    Sua filha Gabriela, sempre de acordo com o relato, fora as pressas para BH assim que soube que o pai 
    abrira uma larga vantagem por volta das 17:40.
    FHC ao tomar conhecimento da notícia já estava com tudo pronto para ir para Belo Horizonte.
    No apartamento de Andreia o clima era de êxtase: abraços de parabéns pela sala e selfies com o novo 
    presidente.
    A festa foi subitamente interrompida as 19:32. Dilma tinha virado.












    Depois do choque de realidade
    ____________________________________________________________________

    DEPOIS DA SACANAGEM DE AÉCIO, SÓ AGORA, APÓS A ELEIÇÂO, ESTADÂO ESCLARECE QUEM É O IRMÂO DA DILMA



    Adepto da filosofia budista e ex-hippie, Igor Rousseff, advogado de 67 anos que agora tenta criar 
    tilápias, é o único irmão da presidente reeleita. Ele mora há quase duas décadas na pequena e bucólica 
    Passa Tempo, cidade no interior de Minas Gerais com cerca de 8 mil habitantes e duas dezenas de 
    cachoeiras. Ontem à noite ele recebia, em sua pequena casa com portão baixo de madeira e um fusca 
    verde na garagem, amigos que entravam sem bater para cumprimentá-lo pela vitória da irmã.
    Igor estava com Valquiria Faleiro, de 47 anos, chefe do setor de contabilidade da prefeitura de Passa 
    Tempo, sua mulher desde 2006. Ele voltou no sábado de Brasília para poder votar na irmã. Durante a 
    semana, com Dilma em seus últimos compromissos de campanha, resolveu ficar com a mãe de 91 
    anos, que está doente, no Palácio do Planalto. Lá assistiu, sozinho em um quarto de hóspede, ao último 
    debate presidencial. Menos de 24 horas depois estava no centrinho de Passa Tempo de chinelos e 
    bermuda, comprando uma caixinha de cervejas no único mercado da cidade.
    “Achei que era fantasma e não me enxergavam”, disse ao ser abordado pela reportagem do Estado no 
    fim da tarde de sábado, tentando ironizar as acusações, feitas pela campanha de Aécio Neves (PSDB), 
    de que teria sido funcionário fantasma da prefeitura de Belo Horizonte entre 2003 e 2009. Em seguida, 
    aceitou conceder entrevista exclusiva no “puxadinho” com churrasqueira que construiu no quintal de 
    casa. “Demorei quatro anos pra fazer esse ‘puxado’, pedreiro aqui tá muito caro. Custa R$ 120 por dia 
    de serviço”, contou.
    Aposentado há dois anos, Igor busca incrementar a renda com um projeto para tentar entrar no 
    mercado de criação de tilápias. “Tem gente que vende por R$ 50 o quilo do filé da tilápia. Estou com 
    outro colega em um negócio que pode render 300 toneladas (por mês)”, afirma. Antes, ele ocupou 
    funções diversas – já foi desde controlador de voo em São José dos Campos a porteiro de hotel de luxo 
    em Quebec, no Canadá.
    ______________________________________

    PMDB ELEGEU MAIOR NÚMERO DE GOVERNADORES



    A eleição de ontem (26) formatou o novo quadro estadual da Federação brasileira. Na correlação de 
    forças que dará sustentabilidade ao Governo Federal, os partidos aliados da presidente Dilma elegeram 
    os governadores de 19 dos 27 estados, portanto, o Planalto estará sustentado por 70,37% dos 
    governadores.
    O PMDB elegeu o maior número de governadores (7), dois a mais que em 2010. O PT continuou com 
    o mesmo número e o PSDB perdeu 3 governadores. 

    Abaixo o quadro dos estados a partir de 2014:



    > Governadores eleitos ou reeleitos
    Abaixo os governadores que tomarão posse em 01 de janeiro de 2014. Onze governadores se reelegeram dos 18 que tentaram a reeleição, o que é a menor taxa de reeleição desde 2002. O que foi eleito com maior percentual de votos (61,21%) foi José Ivo Sartori (PMDB-RS), seguido por Waldez Goes (PDT-AP), com 60,58%:
    Shot 016

    Sem água, moradores da Zona Sul de SP reativam poços dos anos 90


    Sebastião de Souza tem uma riqueza no quintal de casa, e está todo prosa. Em tempos de seca e de crise no abastecimento de água, o antigo poço, há anos tampado por pedra e placas de madeira, voltou a ter valor. A água proveniente do lençol freático é retirada com um baldinho preso a fios. “Olha só, é geladinha e transparente. Não tem gosto”, diz o morador do Jardim Maracá, bairro localizado no extrema zona Sul da cidade de São Paulo.
    O poço é remanescente do bairro. Juarez Sanches, de 24 anos e filho de Sebastião, conta que em 1998, com a chegada a água encanada na região do Capão Redondo, técnicos passaram nas casas pedindo para que os poços fossem aterrados. A última análise da água, realizada pela Cetesb ainda nos anos 1990, dizia que a água era potável.

    De lá para cá, muita coisa mudou. Novas casas foram construídas e a família avalia se deve usar a água do poço. Juarez evita beber a água. “Vou experimentar só um pouquinho, mas sei lá se ela é potável ainda, né?”, diz e dá um gole mirrado. A esposa de Sebastião, Claudinei Sanches diz que nunca vai beber. ”Nem sei de onde vem isso aí. Está há tanto tempo fechado”, disse.
    Embora pareça uma riqueza, o receio da família de Sebastião em beber a água faz todo o sentido. Poços antigos, mesmo que no passado tenham sido classificados como de água potável, podem com o tempo e a urbanização terem sido contaminados por esgoto.
    “A água proveniente do lençol freático é água recarregada da chuva, se tiver sujeira ou contaminação no solo vai para esta água também. Fora isso, se houver esgoto perto ocorre a contaminação. A distância ideal depende do solo”, explica o , engenheiro hídrico e professor da Universidade Mackenzie, Antonio Eduardo Giansante.
    ________________________________________________